Paulo Artaxo
Paulo Eduardo Artaxo Netto (São Paulo, 25 de janeiro de 1954) é um cientista brasileiro. É filho de Milton Netto, escrivão, e Maria Artaxo Netto, dona de casa. Casou-se com Ana Paula Freire, tendo três filhos, Carolina, Pedro e Sofia.[1] Artaxo demonstrou interesse pela ciência desde a infância. Trabalhou inicialmente como office-boy do cartório onde seu pai trabalhava, e mais tarde ocupou-se como observador meteorológico do Mirante de Sant'Anna.[2] Depois recebeu toda a sua formação acadêmica na Universidade de São Paulo, da graduação até a livre docência. Sua área de trabalho é a Física, concentrando seus interesses em temas do meio ambiente (especialmente amazônico), mudanças climáticas/aquecimento global e poluição do ar, em que é uma autoridade.[1][3] Tem desenvolvido insigne carreira na ciência brasileira e é considerado um dos mais influentes e mais citados mundialmente entre os cientistas do país.[4][5][6] Em matéria n'O Estado de São Paulo, Herton Escobar disse que "há muitas maneiras de se medir as qualidades de um pesquisador: número de trabalhos publicados, número de citações, colaborações internacionais, formação de alunos, coordenação de projetos, etc. Mas seja qual for a métrica, é praticamente certeza que o nome Paulo Artaxo aparecerá entre os melhores do Brasil — e do mundo. Referência internacional no estudo de aerossóis atmosféricos (micropartículas em suspensão, essenciais para a formação de nuvens e regulação do clima), o professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo foi recentemente apontado como um dos pesquisadores mais influentes do mundo pela empresa Thomson Reuters".[7] Foi membro da coordenação da área de Geociências da FAPESP de 2000 a 2008, e atualmente é professor sênior no Instituto de Física da Universidade de São Paulo. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e da TWAS, The World Academy of Sciences. Representa a comunidade científica no Conselho Nacional do Meio Ambiente, representa a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência no Conselho Diretor do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas – Rede CLIMA, foi escolhido presidente do Programa de Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia, um projeto de cooperação internacional, e é um dos coordenadores do Programa FAPESP de Mudanças Globais e da Rede CLIMA do Ministério da Ciência e Tecnologia. Foi um dos cientistas revisores do Primeiro Relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Recebeu um Voto de Aplauso do Senado Brasileiro pelo trabalho científico em meio ambiente na Amazônia; o Prêmio Dorothy Stang de Ciências e Humanidades, outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo; a Ordem Nacional do Mérito Científico no grau de comendador; o Prêmio Faz Diferença na categoria Sociedade/Sustentabilidade, oferecido pelo jornal O Globo, e o Prêmio Almirante Álvaro Alberto, a mais importante honraria nacional do setor de ciência e tecnologia. É Pesquisador Emérito do CNPq.[1][4][8] Recebeu também amplo reconhecimento internacional. Em suas pesquisas de pós-doutorado trabalhou na NASA, na Universidade de Harvard e na Universidade de Antuérpia, entre outras instituições. Tem vasta produção científica, com mais de 460 trabalhos e mais de 1020 papers apresentados em conferências internacionais. Seu índice H no Web of Science é 71, e no Google Scholar tem índice H de 92. Já publicou 18 trabalhos nas revistas Science e Nature. Em 2006 foi eleito fellow da American Association for the Advancement of Sciences. Faz parte da Academia de Ciências dos Países em Desenvolvimento e de oito painéis científicos internacionais, destacando-se o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), recebendo com toda a equipe do IPCC o Prêmio Nobel da Paz em 2007. Foi um dos autores principais dos relatórios do IPCC AR4, AR5 e AR6. Recebeu o Prêmio de Ciências da Terra da World Academy of Sciences, e o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Estocolmo.[1][9] Referências
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