Veiga começou seus estudos musicais desde criança no coro da Catedral Mindoniense. Com treze anos começou a ensinar solfejo na capela da catedral, e posteriormente harmonia.[2] Em 1864 mudou-se para a Corunha e ocupou o cargo de organista da Igreja de Nossa Senhora do Campo. Em 1865 foi nomeado vicepresidente da Seção de Música da Sociedade Fraternidade Juvenil. A sua dedicação a música levou-o a ganhar um prêmio em 1877 com o Orfeão Bragantino, que abandonou um ano mais tarde para fundar o Orfeão Corunhês. Em 1880 foi convidado pela Sociedade dos Jogos Florais de Pontevedra, e estréia a que seria sua obra mais emblemática, a Alborada Gallega. Dois anos depois fundou El Nuevo Orfeón, que em pouco tempo ficou conhecido como Orfeón el Eco, e que perdura na atualidade.[3][2] Em 1889 funda o chamado Orfeão Corunhês Número 4, grupo com o qual ganha a medalha de ouro e as Palmas Acadêmicas durante a Exposição Universal de Paris de 1889.[1][4] Em 1896 já estava vivendo em Madri, onde trabalha como diretor do Centro Galego e do Orfeão Matritense, ao mesmo tempo que desenvolve o ensino no Conservatório Nacional de Música. Também foi organista da Igreja de São Domingos de Betanzos e da Colegiada da Corunha.[1][3]
Morte e acontecimentos póstumos
Morreu em 1906 na cidade de Madri, e em 1912 seus restos mortais foram transferidos para Mondoñedo para ser enterrado num mausoléu dedicado pelos seus admiradores e amigos. Seis meses após sua morte, ocorre no Gran Teatro do Centro Galego da Havana a estréia d'Os Pinos, poema de Eduardo Pondal posto na música por Veiga, que tempo depois foi considerado o hino da Galiza.[1][4][3] Seu filho José Adolfo Veiga Paradís foi também compositor.