Parque Sólon de Lucena

Parque Sólon de Lucena
Parque Sólon de Lucena
Vista parcial do parque.
Localização João Pessoa, Brasil Brasil
Tipo Público
Área 15 hectares[1][nota 1]
Inauguração 1922
Administração Prefeitura Municipal de João Pessoa
Parque Sólon de Lucena guarnecido com iluminação de natal.

O Parque Sólon de Lucena, também conhecido como Parque da Lagoa, é um espaço público da cidade de João Pessoa, capital do estado brasileiro da Paraíba.[2] Um dos principais símbolos da cidade, o parque situa-se no centro da capital paraibana e apresenta belos jardins e uma lagoa, ao centro, com um grande espelho d'água circular cercado por palmeiras-imperiais.[3]

Sua localização centralizada, assim como seu conjunto paisagístico, o transformou num dos principais cartões postais da cidade, bem como palco de importantes acontecimentos sociais.

Características

O parque apresenta uma grande área verde, com árvores frondosas e barraquinhas de alimentação. Em sua volta há lojas e supermercados de grande porte. Há ainda pontos de ônibus,[3] restaurantes, hotéis, bancas de revistas e vários prédios de relevância histórica e cultural. É uma das principais áreas verdes da região central da capital paraibana, junto com o Parque Arruda Câmara e a Praça da Independência. Em razão de sua centralidade, a área é muito buscada para a realização de movimentos sociais, eventos culturais, campanhas educativas e de saúde, entre outras atividades correlatas, além de ser um local utilizado para a prática de esportes, como caminhada, ciclismo, corrida e skatismo.

Seus canteiros, cujas obras e conceito contaram com a participação em 1940 do célebre paisagista brasileiro Roberto Burle Marx,[1][4] têm várias espécies de árvores do bioma da mata atlântica, como ipês, pau-brasis e acácias, além de um extenso bambuzal.[1] Contudo, os ipês-amarelos são as árvores que mais chamam a atenção do público em virtude de suas tradicionais floradas, vistas de setembro e novembro de cada ano.

Atualmente, o parque sofre em virtude da intensa poluição de suas águas por dejetos e esgotos provenientes de galerias pluviais da área central da cidade. Em 2013, a prefeitura anunciou a reestruturação de todo o perímetro do parque com alguns novos atrativos, como a adição dos pedalinhos.

História

Irerê, outrora abundante, deu o primeiro nome ao logradouro.

Até o início do século XX, a região onde se situa este logradouro era um pântano conhecido como «lagoa dos Irerês», em virtude do grande número de marrecos que buscavam suas águas, para procriar e se alimentar.[1] Anteriormente, a lagoa era parte de um sítio pertencente aos jesuítas franciscanos, vindo posteriormente a ser palco do «Engenho da Lagoa». Foi na administração do governador Sólon de Lucena e do prefeito Walfredo Guedes Pereira, que esse brejo foi urbanizado (1925) e finalmente transformado em parque público. Daí, em 1924, surgiu a denominação «Parque Solon de Lucena», em homenagem ao referido governador da época.[1] Em 1940, a lagoa foi guarnecida com calçamento novo e sua fonte luminosa, iniciativa do governo de Argemiro de Figueiredo.[5]

O Atlas de centros históricos do Brasil, publicação de 2007, contém o seguinte trecho sobre a lagoa:

Ao longo da década de 1920, foram finalmente criados os serviços de saneamento e de abastecimento de água, projeto elaborado pelo escritório de Saturnino de Brito. Foi então saneada a 'lagoa dos Irerês', que bloqueava o crescimento da cidade em direção ao leste. Em seu local surgiu o parque Sólon de Lucena.[6]

Em 25 de agosto de 1975, enquanto autoridades militares promoviam passeios em uma balsa para comemorar a Dia do Soldado, ocorreu uma tragédia de grandes proporções causada pelo número excessivo de passageiros embarcados nesse veículo aquático, levando à morte por afogamento trinta e cinco pessoas, das quais vinte e nove crianças.[2][7]

Galeria

Notas

  1. Doze dos quais formado pelo espelho d'água da lagoa.

Referências

  1. a b c d e AVANZI, Roger; TANAOKI, Verônica (2004). [História do] Circo Nerino. [S.l.]: Conex. 352 páginas. ISBN 9788598813011 
  2. a b Da redação (5 de agosto de 2013). «Parque Solon de Lucena faz parte da identidade da cidade de João Pessoa». G1 – Paraíba. Consultado em 4 de maio de 2015 
  3. a b BRAGA, Carlos Fabiano (2011). O Canana. [S.l.]: Biblioteca 24 Horas. 152 páginas. ISBN 9788578938802 
  4. MONTERO, Marta Iris; BURLE MARX, Roberto (2001). Roberto Burle Marx: The Lyrical Landscape. [S.l.]: University of California Press. 208 páginas. ISBN 9780520232907 
  5. CUNHA, Magda Rodrigues da; HAUSSEN, Doris Fagundes (2003). Rádio brasileiro: episódios e personagens. [S.l.]: EDIPUCRS. 291 páginas. ISBN 9788574303918 
  6. PESSÔA, José; PICCINATO, Giorgio (2007). Atlas de centros históricos do Brasil. [S.l.]: Casa da Palavra. 270 páginas. SIBN 9788577340804 
  7. Da redação (1975). Discurso do senador Ruy Carneiro. [S.l.]: Congresso Nacional 
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