Maria da Conceição Martins[1] nasceu a 30 de maio de 1875, em Aldeia Gavinha, concelho de Alenquer (distrito de Lisboa), onde foi batizada a 14 de junho de 1875.[2][3][4] Foi a terceira filha de um casal de atores espanhóis de uma companhia ambulante que estavam temporariamente em Portugal sendo ele, Pedro Echevarría Martínez, de Valladolid e a mãe, Maria das Dores, de Santiago de Compostela. Após o pai ter abandonado a mãe, esta foi para Lisboa empregando-se de dia numa modista e de noite no Teatro Trindade como corista, onde utilizou o nome artístico Palmira Rey.[1]
A estreia de Palmira Bastos como atriz deu-se em 18 de julho de 1890, com apenas 15 anos, sendo o início de uma longa carreira de 75 anos de dedicação ao teatro.[1]
Palmira Bastos casou com o nome de Maria da Conceição Palmira Martins em 1 de julho de 1894, na igreja de São José, em Lisboa, com o dramaturgo e empresário teatral António de Sousa Bastos, trinta anos mais velho e já viúvo. António de Sousa Bastos viria a morrer em Lisboa, a 2 de julho de 1911.[5][1] Desta união nasceram duas filhas: Alda e Amélia.[6] Casou segunda vez em Lisboa, em 20 de julho de 1917, com o ator-tenor António Maria Monteiro de Sousa de Almeida Cruz.[6][2]
Em 1966 regista-se a última peça com que Palmira Bastos apareceu nos ecrãs de televisão. Foi As Árvores Morrem de Pé, de Alejandro Casona, tendo ficado célebre a frase "Morta por dentro, mas de pé, de pé, como as árvores" dita pela actriz de cerca de 90 anos no Teatro Avenida.[9]
Palmira Bastos morreu com o nome de Maria da Conceição Martins, a 10 de maio de 1967, no Hospital da Liga dos Amigos dos Hospitais, ao Príncipe Real (freguesia das Mercês), em Lisboa, com 91 anos, vítima de trombose cerebral e foi sepultada no Cemitério do Alto de São João.[4][10]
↑Reis, Luciano (janeiro de 2005). Divas do Teatro português. Lisboa: Sete Caminhos. p. 15. ISBN989-602-033-7
↑ abcdefCentro Virtual Camões (2003–2016). «Palmira Bastos». Refere, erradamente salvo melhor opinião, "1955" para atribuição do "Prémio António Pinheiro" pela encenação de "Para cada um a sua verdade". Instituto Camões. Consultado em 26 de março de 2016
↑Teatro Diogo Bernardes(PDF). Ponte de Lima: Arquivo de Ponte de Lima e Câmara Municipal de Ponte de Lima. 4 de março de 1999. p. 12 (pdf p.14). Arquivado do original(PDF) em 26 de março de 2016
↑Nascimento, Frederico Lopes / Marco Oliveira / Guilherme. «O Destino». CinePT-Cinema Portugues. Consultado em 23 de outubro de 2024
↑ abcPorto Editora (2003–2016). «Artigos de apoio : Palmira Bastos». Refere, erradamente salvo melhor opinião, "1962" para atribuição do "Prémio António Pinheiro". Porto: Infopédia. Consultado em 26 de março de 2016