Paialvo
Paialvo[1] é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Paialvo do Município de Tomar, freguesia com 22,26 km² de área[2]. Igreja Nova de Paialvo actualmente conhecida simplesmente por Paialvo foi vila e sede de concelho até 1836. Além da sede, a Freguesia de Paialvo é constituída pelas localidades: Bexiga, Carrascal, Carrazede, Casal Barreleiro, Charneca da Peralva, Curvaceiras, Delongo, Fontaínhas, Mouchões, Peralva, Soudos e Vila Nova. Formação e AdministraçãoAté 1769, a freguesia de Igreja Nova de Paialvo fazia parte do termo de Torres Novas. Através do alvará de 2 de maio de 1769, foi elevada a concelho sob a administração de Lourenço da Câmara Coutinho, almotacé-mor do reino. De 1789 até à extinção do concelho, o território foi doado ao 1.º e 2.º condes de Linhares. O concelho foi dissolvido pelo decreto de 6 de novembro de 1836, tornando-se uma freguesia do concelho de Tomar. Relações EclesiásticasOriginalmente, a freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Paialvo pertencia ao arciprestado de Torres Novas até à dissolução do Isento de Tomar. Atualmente, faz parte da diocese de Santarém, no arciprestado de Tomar. História ArquivísticaOs documentos originais da freguesia estiveram sob custódia da igreja paroquial até 1859. O decreto de 19 de agosto de 1859 ordenou que os registos paroquiais fossem arquivados nas Câmaras Eclesiásticas, mantendo os duplicados nas paróquias. Mais tarde, o decreto de 18 de fevereiro de 1911, que implementou o registo civil obrigatório, transferiu os documentos para as Conservatórias do Registo Civil. Em 1916, foi criado o Arquivo dos Registos Paroquiais, anexo ao Arquivo Nacional, posteriormente movido para várias localizações até se estabelecer no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em 1990. O Arquivo Distrital de Santarém começou a funcionar em 1974, com alguns documentos ainda em posse do Arquivo Distrital de Lisboa. Origem do TopónimoA lenda sugere que o nome Paialvo deriva de uma figura histórica chamada Paio Alves. A cidade romana de Concórdia, situada perto de A-De-Longo, estendia-se até à Ribeira de Beselga e os seus habitantes eram conhecidos como Concordenses. Alvará de 1454O alvará de 1454, emitido pelo Infante D. Henrique, permitia aos moradores de Paialvo pagar as primícias em Santarém, onde vendiam os seus produtos. O alvará determinava que os moradores que lavrassem em Santarém pagassem as suas primícias lá, sem serem constrangidos a pagar em Tomar. ConfrariasA freguesia abrigava duas confrarias: a Confraria de Paialvo e a Confraria de Bexiga, ambas criadas em 1502. Estas confrarias promoviam a ajuda mútua entre os confrades, especialmente em tempos de necessidade. Foral e Extinção do ConcelhoPaialvo recebeu seu foral em 1500, ganhando autonomia com Câmara, Cadeia e Pelourinho. Embora legalmente extinto em 1836, o concelho de Paialvo continuou a operar até fevereiro de 1837. Após a extinção, a freguesia passou a fazer parte do concelho de Tomar. Documentos do concelho foram perdidos num incêndio após serem depositados na Câmara de Torres Novas. Autonomia e ExtinçãoA freguesia de Igreja Nova de Paialvo, outrora com 361 fogos e 1019 habitantes em 1757, viu sua igreja construída em 1774. A área ocupada pela freguesia manteve-se a mesma desde o século XVIII. Originalmente parte do concelho de Torres Novas, passou para Tomar após a dissolução do concelho em 1836. SenhorialidadeEntre 1798 e 1857, Paialvo foi um território senhorial. O título de Conde de Linhares foi criado em 1798 pelo Príncipe Regente D. João, com o senhorio concedido a D. Rodrigo Domingos de Sousa Coutinho. O último donatário foi D. Vitório Maria Francisco de Sousa Coutinho, falecido em 1857[3]. DemografiaA população registada nos censos foi:[4]
PatrimónioA freguesia possui ainda sete capelas e a Igreja Matriz. Referências
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