País do Desejo
País do Desejo é um filme luso-brasileiro[1] de 2011 dirigido por Paulo Caldas. Ele conta a história de um padre que é contra alguns dogmas da igreja e acaba sendo excomungado, e que se apaixona por uma pianista com graves problemas de saúde. O filme foi gravado em Pernambuco e é baseado em um caso real acontecido em 2009. O longa foi exibido pela primeira vez, em 2011, em um festival de cinema na Itália. O consenso obtido pela crítica foi que, embora tenha boas ideias, as tramas e os personagens não conseguem ser bem desenvolvidos.[2][3][4][5][6] EnredoRoberta (Maria Padilha), uma pianista clássica bastante conhecida, está em um concerto quando sua doença renal crônica começa a afligi-la então ela recebe assistência médica no hospital onde Cesár (Gabriel Braga Nunes) trabalha, conhecendo também seu irmão, padre José (Fábio Assunção), que começa a se apaixonar por ela. Em meio a isso, o padre, que busca pela razão e está cheio de dúvidas, se posiciona a favor do aborto de uma menina de doze anos que foi estuprada por seu tio e fica grávida de gêmeos. No entanto, o bispo (Nicolau Breyner) excomunga a garota junto de sua mãe e do médico que o realizou, mas não o estuprador, irando o padre, que também recebe alguns dias de exclusão.[2]
Elenco
ProduçãoInicialmente a produção se chamaria Amor Sujo, o que foi mudado em maio de 2010,[8] mesmo mês em que começaram as gravações em Recife e Olinda, que duraram cinco semanas.[7][9] O filme é baseado no caso ocorrido em 2009 de uma menina que foi estuprada por seu padrastro em Alagoinha, no estado do Pernambuco,[10] e abortou o feto.[11] Em País do Desejo, Maria Padilha tocou piano, o que foi pedido por Caldas dois meses antes da gravações, que sabia que ela já havia estudado na adolescência.[12] A fim de se preparar para o papel, Fabio Assunção se encontrou com vários homens que abandonaram o celibato para se casarem.[13] Paulo Caldas comentou que fez o filme com a intenção de provocar a igreja.[11] Lançamento e recepçãoO filme foi exibido pela primeira vez em junho de 2011 no Festival de Cinema de Taormina, estreando no Brasil em 8 de agosto de 2011, durante o 39º Festival de Gramado.[14] No mesmo ano, em novembro, também foi exibido na 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo,[12] estreando no circuito de cinema português em 26 de janeiro de 2012[11] e no Brasil em 25 de janeiro de 2013, em nove salas.[7][15] País do Desejo recebeu criticas geralmente negativas dos críticos especializados.[16] Alysson Oliveira do Cineweb criticou o filme por não conseguir explorar tudo o que a trama oferece e não explorar o potencial dos protagonistas—Maria Padilha e Fábio Assunção—, fugindo do foco principal com "cenas, personagens e situações sem muito a dizer".[7] Natália Bridi do site Omelete elogiou o fato de País do Desejo fugir dos arquétipo de filmes "pão e circo", mas concluiu que "a ideia de Caldas, contudo, é maior que sua capacidade de execução", dizendo que o longa "ora mostra seu empenho para criar 'imagens fortes', ora revela um desenvolvimento preguiçoso, com diálogos artificiais e personalidades rasas."[5] Daniel Schenker do jornal O Globo disse que o roteiro precisa de uma "construção mais refinada", criticando algumas falas que "batem na tela de maneira artificial" e os personagens "postiços ou quase destituídos de função."[6] Ana Carolina Garcia, do SRZD.com, e Roger Lerina, da Zero Hora, criticaram a fotografia e a direção de arte, com ela também dizendo o mesmo sobre a montagem, o figurino e o roteiro.[4] Referências
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