Pós-crescimentoO pós-crescimento, também chamado por alguns autores por decrescimento, é um conceito da economia baseado na procura por modelos sociais e econômicos os quais o bem-estar humano não esteja atrelado à necessidade do crescimento econômico indefinidamente, tal qual funciona a economia capitalista.[1][2][3] Surgido na França na década de 1970, essa corrente de pensamento tem como premissa básica que, em um planeta de recursos finitos, as economias e as populações não podem crescer infinitamente.[3][4][5] Dentro de uma perspectiva global do futuro para o dilema dos limites ao crescimento,[6] os adeptos do pós-crescimento defendem que o conceito está em sintonia com as questões prementes do Terceiro Milênio – como a poluição, a pobreza e o desenvolvimento.[3] Embora reconheça que o crescimento econômico pode gerar efeitos benéficos até certo ponto, mas para além de certo ponto (tendo como padrão US$ 25.000 PIB/per capita de Richard Wilkinson e Kate Pickett, no livro The Spirit Level), é necessário a busca de outros indicadores e técnicas para aumentar o bem-estar humano.[4][5][7] Um dos principais apoiadores do pós-crescimento, o advogado estadunidense James Gustave Speth acredita que, como o crescimento do PIB sem limites é tão insustentável quanto o da população, países já desenvolvidos começarão a fazer a transição de um mundo onde crescer deixará de ser uma meta para uma sociedade em que ampliar a qualidade de vida das pessoas e do ambiente será a a maior ambição coletiva das nações.[1][2] Isso significará sociedades menos consumistas (especialmente de bens materiais), com jornadas de trabalho menores sem uma correspondente perda renda salarial, e prioridade para fontes de energia renováveis. Speth defende que empresas individuais devem também crescer, com o aumento da concorrência econômica e da inovação, embora o consumo total de bens deva cair, segundo seus prognósticos.[1][2] Defensores do pós-crescimento enfatizam que o conceito não é sinônimo de "não crescimento", pois muitos indicadores precisam crescer nesse novo ambiente econômico, tais como: os rendimentos dos indivíduos mais pobres dos países desenvolvidos e dos indivíduos mais pobres e de padrão de vida razoável dos países em desenvolvimento; o acesso a serviços básicos de infraestrutura aos que atualmente não dispõem deles; as tecnologias ambientalmente sustentáveis, entre outros.[1][2] Por isso, a solução não passa simplesmente por deixar de crescer o PIB de um dia para outro, mas sim por mudar o sistema econômico de maneira a desvincular crescimento e prosperidade[3] Ver tambémReferências
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