Os Escravos
Os Escravos é o título de um dos livros de poemas do escritor brasileiro Castro Alves, com temática centrada no drama da exploração dos escravos. AnáliseAfrânio Peixoto registra que esta obra deu a Castro Alves, então o maior poeta lírico e épico do Brasil pelos livros Espumas Flutuantes e Hinos do Equador, o "renome de nosso único poeta social", e também como "poeta dos escravos" e "poeta republicano", no dizer de Joaquim Nabuco, e ainda o "poeta nacional, se não mais, nacionalista, poeta social, humano e humanitario", no dizer de José Veríssimo.[1] Peixoto ressalta que a obra propaga a causa abolicionista. Registra que seus primeiros versos pela libertação dos cativos datam de 1863, quando contava somente dezesseis anos de idade; a maioria deles, contudo, é de dois anos mais tarde, 1865, quando são publicados, declamados e divulgados em todo o país, antecedendo autores como Tavares Bastos e dando o prenúncio da geração que traria a luta pela causa antiescravidão como um dos ideais a ser perseguido e somente alcançado duas décadas depois.[1] José de Alencar, então, registrara, no artigo "Um Poeta" publicado em 22 de fevereiro de 1868, no Correio Mercantil: "Palpita em sua obra o poderoso sentimento de nacionalidade, essa alma que faz os grandes poetas, como os grandes cidadãos".[1] Ruy Barbosa, no seu "Elogio de Castro Alves", de 1881, diz que o poeta nestes versos
Foi, no dizer de Euclides da Cunha, o "batedor avantajado dos pensamentos de seu tempo".[1] Referências |