Durante a pré-venda, o filme bateu vários recordes. Em duas semanas vendeu mais de 2 milhões de ingressos e bateu também o recorde de salas de cinema ocupadas no Brasil, cerca de 1.000 salas, algo inédito no Brasil.[5][6][7]Os Dez Mandamentos se tornou o filme com maior bilheteria do cinema brasileiro com 11,215 milhões de ingressos vendidos, superando Tropa de Elite 2: o Inimigo agora É Outro, que era o recordista até então.[8] Entretanto, diversas fontes da mídia brasileira noticiaram que igrejas adquiriram uma grande quantidade de ingressos que não foram totalmente repassados semanas após o lançamento do filme, que ocorreu em 28 de janeiro de 2016. Portanto, o número de espectadores é uma incógnita.[9]
As resenhas dos críticos especializados foram, em geral, negativas. Entre os vários fatores que geraram desagradamento estão: o cenário, o roteiro, o som e o mau uso de câmeras lentas; a narrativa, o elenco e a edição também foram criticadas. Os principais elogios da crítica foram para os efeitos especiais em cenas de ações.
Enredo
A adaptação cinematográfica da novela homônima, conta a saga de Moisés guiando o povo hebreu para a terra prometida. O enredo conta com a adaptação de quatro livros da Bíblia que contam essa trajetória: Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Acolhido pela filha do faraó ainda bebê, Moisés cresce como príncipe do Egito, mas volta-se contra sua família adotiva em favor do sofrido povo de Israel, que por ele deverá ser conduzido à libertação. Com sua coragem ele desafiou um rei, mas foi com sua fé em Deus que ele salvou seu povo. As pragas do Egito, a jornada para a Terra Prometida e toda a emoção do maior fenômeno dos últimos anos com cenas inéditas e um final exclusivo para o cinema.
Adaptação cinematográfica baseada na Bíblia e na telenovela Os Dez Mandamentos da Rede Record, um dos maiores fenômenos de audiência dos últimos tempos da televisão brasileira.
Segundo alguns críticos o filme segue mesmo roteiro do filme Os Dez Mandamentos (1956) de Cecil B. DeMille onde a luta se dá entre o povo Hebreu monoteísta contra a repressão do tirano faraó do Egito politeísta.[10]
O filme é uma adaptação da novela Os Dez Mandamentos, produzida e exibida pela Record de 23 de março a 23 de novembro de 2015, sendo a primeira novela bíblica produzida a nível mundial[13] e que quebrou recordes de audiências e liderou por várias noites o Ibope no horário nobre.[14] Após os últimos capítulos da primeira temporada em 2015, a emissora anunciou o filme em 19 de novembro de 2015.[14]
Divulgação
A RecordTV fez uma parceria com a Paris Filmes e divulgou em novembro de 2015, durante o término da exibição de um capítulo da trama e nas redes sociais que a novela de grande audiência Os Dez Mandamentos ganharia uma versão cinematográfica, divulgando a data de lançamento para 28 de janeiro de 2016.[15] O trailer oficial do filme foi lançado na última semana de dezembro, e foi compartilhada pelos fãs nas redes sociais, que ficaram na expectativa para a estreia do filme.[16]
No dia 1 de janeiro de 2016 a rede de cinema Cinemark disponibilizou a pré-venda dos ingressos para o filme.[23] Em 7 de janeiro já haviam sido vendidos mais de 401 mil ingressos.[24]
A Igreja Universal do Reino de Deus divulgou o filme e fez solicitações em seus cultos para que seus fiéis comprassem ingressos do filme e doassem para outas pessoas.[25] Em Recife uma única pessoa comprou 22.700 ingressos por R$ 220 mil, segundo o site UOL.[26] O site Universo Online também informou que, apesar dessa estratégia, os jornalistas observaram salas vazias na estreia do filme em São Paulo.[27] Em uma primeira nota no seu site oficial, a IURD negou veementemente as informações e classificou-as como acusações, afirmando ainda que a igreja jamais obrigou ninguém a praticar qualquer ato e criticou duramente o site.[28] Em outra nota a IURD também negou as informações do UOL sobre lugares vagos em sessões esgotadas, afirmando que não eram de pré-venda e sim comercializados de forma avulsa.[28]
Em abril de 2016, cerca de 11,204 milhões de ingressos haviam sido vendidos para Os Dez Mandamentos, fazendo da obra o maior público do cinema nacional de toda a história.[29] Contudo, a Folha de S.Paulo ressalta que a lista da Ancine menciona público e não bilhetes comercializados, ao passo que várias sessões de Os Dez Mandamentos tiveram poltronas vazias mesmo com todos os ingressos vendidos.[30]O Globo acrescentou que bilhetes podiam ser recebidos em cultos da IURD.[29] Após duas semanas, a arrecadação era R$42 milhões,[31] chegando a R$115 milhões em abril.[32]
Crítica
O filme teve uma má recepção da crítica especializada, que reprovou sua narrativa, interpretações dos atores, edição de cenas e adaptação em duas horas de duração dos 176 capítulos da telenovela de sua origem. Escrevendo para o site especializado em cinema CinePop, Renato Marafon deu ao filme 1 estrela e meia em uma classificação que vai até 5, dando ênfase às "cenas desconexas e a falta de foco nos personagens principais" e ressaltou as "gírias modernas" usadas pelo roteiro em uma produção sobre o Antigo Egito.[33] Renato Hermsdorff, do site AdoroCinema, também deu ao filme uma avaliação de 1 estrela e meia em 5, dando destaque a adaptação da telenovela em um filme, escrevendo que "personagens entram e saem de cena em um ritmo alucinante, sem que o espectador familiarizado com o folhetim tenha instrumentos para poder compreender exatamente o que se passa", e contestou o ponto de vista técnico do filme como "baseada no exagero e, paradoxalmente, pobre [...] Dos cenários ao figurino, tudo lembra um grande desfile de carnaval".[34] O jornal Folha de S.Paulo, em sua versão online escrita por Inácio Araújo, criticou a narrativa, roteiro, elenco e edição do filme, mas elogiou as cenas de ação, "em particular as com efeitos especiais", mas também criticou o uso de câmera lenta nestas.[35] Giovanni Rizzo, do Observatório do Cinema, deu ao filme uma classificação de 1 estrela em 5, dizendo que "a mixagem de som é mal trabalhada e algumas vezes o áudio estoura e é impossível entender o que algum personagem diz".[36] Roberto Sadovski, escrevendo uma resenha em seu blogue no UOL, fez duras críticas ao filme, como a falta de contexto em partes importantes como as relações entre Moisés e o Faraó, e a "pobreza visual e da inadequação de elenco e cenários".[37]
Edição especial
No dia 24 de março de 2016, foi exibido uma edição especial de Páscoa durante a Semana Santa. O título foi nomeado como ''Os Dez Mandamentos - O Filme: Edição Especial de Páscoa''. O filme teve uma versão estendida com cinco minutos de acréscimo, mostrando as cenas inéditas da segunda temporada da novela e os símbolos sagrados da Páscoa (ou Pessach, que significa ''passar por cima'', em hebraico). Como o sangue que passavam nas ombreiras das portas para evitar a entrada do anjo destruidor, segundo a ordem de Deus descrita na Bíblia e os pães ázimos e as ervas amargas. Para os cristãos, a Páscoa é celebrada a Sexta-feira Santa que é a crucificação de Jesus e o domingo, que é o dia da ressurreição.[38]
Lançamento em DVD e Blu-ray
Os Dez Mandamentos foi lançado em DVD e Blu-Ray pela Paris Filmes enquanto o filme ainda estava em cartaz nos cinemas, em 12 de abril.[39]
Aparição do filme na TV aberta
No dia 4 de dezembro do mesmo ano, iniciando a programação especial de fim de ano, foi ao ar na emissora pela primeira vez na TV. A repercussão nas redes sociais foi imediata durante a exibição, repetindo o mesmo sucesso que aconteceu no cinema, e alcançando o pico de 13 pontos, marcando média de 10 pontos, e com share de 18%.[40]
↑«Universal pede dinheiro a fiéis para lotar cinemas de Os Dez Mandamentos». UOL. Consultado em 19 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em 19 de janeiro de 2016. A reportagem do Notícias da TV presenciou um pedido de "oferta" para a compra de ingressos no templo da avenida João Dias, em Santo Amaro (zona Sul de São Paulo), na última terça-feira (12). Durante o culto, os obreiros (ajudantes) entregavam um envelope com o logotipo de Os Dez Mandamentos, enquanto os pastores pediam para os fiéis depositarem a quantia que pudessem para ajudar na "causa". O envelope com o dinheiro podia ser devolvido no mesmo dia ou na próxima reunião.