Operação Ponto FinalOperação Ponto Final foi uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada em 3 de julho de 2017. A operação é um desdobramento da Operação Lava Jato. Foram cumpridos dez mandados de prisão,[1] tendo como um dos alvos o empresário Jacob Barata Filho, preso na operação.[2] Barata integra o quadro societário de mais de 25 empresas do ramo de transportes no Rio de Janeiro e, por isso, é conhecido como "rei do ônibus", e é acusado de pagar mais de 270 milhões de reais em propina para agentes públicos, incluindo o ex-governador Sérgio Cabral.[3][4] Em troca de propinas e financiamento de campanha, eram concedidos pelo governador vantagens tributárias aos empresários, como a isenção de 50% no pagamento de IPVA para ônibus de serviço público em 2014.[5]As ações criminosas contavam com o apoio do doleiro e operador financeiro Álvaro Novis, que posteriormente tornou-se colaborador da Justiça, e alguns dos principais donos de empresas de ônibus ligados à Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor).[3] Em 2017, múltiplos envolvidos foram presos pela operação, incluindo Jacob Barata Filho. Alguns deles foram soltos posteriormente por decisão de Gilmar Mendes. [6][7] Em 2018, a PF deu sequência a operação e cumpriu um mandado de condução coercitiva contra Alexander Luiz de Queiroz Silva, além de três mandados de busca e apreensão.[8] Em agosto de 2018, Barata Filho, em depoimento, admitiu ter feito pagamentos aos deputados Jorge Picciani e Paulo Melo, ex-presidentes da Assembleia Legislativa, além de outro agentes públicos.[2] Nesse mesmo ano, Sérgio Cabral foi preso e teve sua prisão preventiva mantida pelo STJ em 2021.[9] Em 2020, em nova fase da operação, a Polícia Federal fez buscas na empresa Costa Verde Transporte.[10] Foram rastreados, ao longo da operação, 260 milhões de reais em pagos em propinas a políticos do Rio de Janeiro.[7] Ver tambémReferências
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