Octavio Guedes
Octavio Massa Bragnoli Guedes (Rio de Janeiro, 21 de novembro de 1966) é um escritor, jornalista e comentarista brasileiro. Ele já foi diretor de redação do jornal Extra e atualmente é comentarista político no canal de notícias pago GloboNews. Guedes recebeu dois Prêmios Esso de Jornalismo e o prêmio Awards of Excellence, da Society for News Design, todos por seu trabalho no jornal Extra.[1] Guedes coescreveu, junto de seu colega Daniel Sousa, o livro Essa República Vale Uma Nota, lançado em 2019.[2][3] Formação e carreira como jornalistaNascido no Rio de Janeiro, Guedes é formado em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF).[2] Guedes já trabalhou no Jornal do Brasil, O Globo e O Dia.[2] Em abril de 1998, Guedes participou da fundação do jornal Extra,[4] onde trabalhou como editor executivo e diretor de redação.[2] Em 2013, assumiu como âncora na rádio CBN Rio, onde já trabalhava como comentarista e ficou na rádio até 2015.[2][5] Atualmente, Guedes é comentarista político do canal de notícias pago GloboNews (e ocasionalmente na TV Globo),[6] onde faz participações nos telejornais GloboNews em Ponto, Jornal da GloboNews e Estúdio i.[7] Frequentemente Guedes chama a atenção do público por seus debates e comentários que faz ao vivo.[7][8][9][10] PrêmiosEm 2006, Guedes recebeu Prêmio Esso de Jornalismo, na categoria primeira página. A primeira página vencedora, do jornal Extra, trazia a manchete: "Eles são sem-terra, sem respeito, sem educação e sem vergonha". Foi publicada no dia 7 de junho de 2006 e intercalava as vírgulas do título com fotos sobre o quebra-quebra promovido por cerca de mil manifestantes integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra no Congresso Nacional em Brasília.[2] Em 2007, recebeu outro Prêmio Esso de Jornalismo, também na categoria primeira página, com a mesma equipe do prêmio anterior. A capa vencedora tinha na manchete: "Autoridades já fizeram até piada com a crise aérea, e quem chora somos nós", além da foto da ministra rindo em cima e abaixo a de alguém chorando sobre um balcão de embarque.[2] Em 2010, recebeu o prêmio Awards of Excellence, da Society for News Design (SND – em português: Sociedade para o Design de Notícias), na categoria Páginas/Design de notícias. A capa era uma homenagem a Michael Jackson, publicada logo após sua morte em 25 de junho de 2009, e tinha a manchete: "Michael Jackson: This is it, Finished!"[1][2]
EscritorGuedes coescreveu o livro Essa República Vale Uma Nota junto de Daniel Souza, economista e comentarista também no canal GloboNews.[11] O livro conta, através de um personagem fictício, histórias reais da república brasileira, desde a época de Marechal Deodoro até os dias atuais. O livro foi lançado em 14 de novembro de 2019 pela editora Máquina de Livros.[12][13] Polêmicas
Em janeiro de 2019, em entrevista ao SBT Brasil, o senador Flávio Bolsonaro (PSL), ao ser perguntado se iria se afastar do cargo por conta das investigações do caso Queiroz pelo Ministério Público, afirmou ser vítima de perseguição política e atacou a Rede Globo por conta de reportagens veiculadas sobre o caso.[15] Bolsonaro mostrou fotos de Guedes sentado em um restaurante com José Eduardo Gussem, procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro e com Cláucio Cardoso, promotor de justiça, e disse, sem provas, que eles estavam conversando sobre seu processo.[16] Guedes comentou sobre o caso: "Ninguém vai transformar em crime o trabalho jornalístico de apurar. Ninguém vai me intimidar com milícia digital. Eu vou continuar apurando e vou continuar sempre ouvindo os dois lados, de preferência em ambientes públicos. Isso se chama jornalismo!"[14][17] No dia 15 de março de 2019, o PSL, partido de Bolsonaro, protocolou na Corregedoria Geral do Ministério Público do Estado representações contra Gussem e Cardoso, pela atuação dos dois na investigação de Bolsonaro. As fotos de Gussem e Cardozo com Guedes foram anexadas ao processo.[18]
Em agosto de 2020, Guedes foi alvo de calúnias e fake news nas redes sociais e sites bolsonaristas,[20] ao ter um comentário seu, tirado de contexto, compartilhado pelo senador Flávio Bolsonaro e seu irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro.[21] No dia 14 de agosto, ao analisar uma pesquisa Datafolha sobre a popularidade do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, durante o telejornal GloboNews em Ponto, Guedes fez uma paráfrase de um bordão conhecido pelos norte-americanos: "é a economia, estúpido". Guedes trocou a palavra "economia" pela palavra "pobre", para indicar que a população de baixa renda seria responsável pela popularidade do presidente e disse: "Se eu tivesse que fazer uma manchete sobre isso, faria: é o pobre, estúpido". A frase foi citada nas redes sociais sem a vírgula, dando a entender que ele havia chamado pobres de estúpidos. O "estúpido" da frase dita por Guedes se refere ao interlocutor (quem ouve a fala), e não aos pobres.[22] Guedes comentou sobre o caso: "Roubaram a vírgula, sequestraram a referência e extorquiram o contexto. O pobre virou estúpido."[19][23] Em dezembro de 2020, Guedes foi citado, junto com outros 76 jornalistas e influenciadores digitais, em um relatório produzido para o governo federal, que analisava postagens em redes sociais e feitas pelos citados. Intitulado "mapa de influenciadores", o relatório classificava os jornalistas e influenciadores como "detratores", "neutros informativos" e "favoráveis" e sugeria medidas para lidar com eles. No relatório, Guedes foi classificado como "detrator".[24] Ver tambémReferências
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