Nur Mohammad Taraki
Nur Mohammad Taraki (Gásni, 15 de julho de 1917 – Cabul, 14 de setembro de 1979) foi um escritor, jornalista, revolucionário e político afegão. Depois que o seu partido, o PDPA, derrubou monarquia do Afeganistão, na Revolução de Saur, assumiu a presidência do Afeganistão, em 1978, até ser assassinado por Hafizullah Amin, seu rival no PDPA em 1979. Vida políticaTaraki nasceu em Gásni e foi educado na Universidade de Cabul. Ele começou sua carreira política como jornalista e mais tarde juntou-se ao Partido Democrático do Povo do Afeganistão (PDPA), onde atuou como secretário-geral desde 1965 até sua morte em 1979. Taraki também serviu-se como presidente do Conselho Revolucionário de abril de 1978 a setembro de 1979. A presidência da Taraki, embora curta, foi marcada por polêmicas desde o início até o fim, com Taraki começando suas reformas econômicas, em meados de 1978. Sob Taraki levantes maciços contra o governo espalharam-se por todo o país e grande parte do exército afegão desertou e trocou alianças. Em abril de 1978, a Revolução de Saur derrubou o presidente Mohammed Daoud Khan que foi assassinado. O poder não civil do PDPA dividido em duas correntes, a Khalq ("Partido do Povo") e o Parcham ("Bandeira"). Nur Mohammed Taraki (do Khalq) se tornou o primeiro presidente da República Democrática do Afeganistão e Hafizullah Amin Primeiro-ministro. O governo Taraki lançou uma reforma agrária em 1 de janeiro de 1979, com o objetivo de limitar a quantidade de terra que uma família poderia possuir. Algumas das terras dos grandes latifundiários foram distribuídas aos camponeses pobres. Nos meses que se seguiram ao golpe, Taraki e outros líderes partidários iniciaram outras políticas que desafiaram os valores tradicionais afegãos e entrincheiraram as estruturas tradicionais de poder nas áreas rurais. Taraki introduziu a mulher na política e legislou para acabar com os casamentos forçados. Entretanto, ele governou uma nação com uma profunda cultura religiosa conservadora e uma longa história de resistência a qualquer tipo de controle governamental forte e centralizado e, como resultado, muitas dessas reformas não foram efetivamente implementadas em todo o país. O ressentimento popular com as mudanças drásticas da política de Taraki desencadeou uma onda de agitação em todo o país, reduzindo o controle do governo a uma área limitada. A força desta reação anti-reforma acabou levando à guerra civil afegã. As práticas tradicionais consideradas feudais — tais como usura, dote e casamento forçado — foram proibidas e a idade mínima para o casamento foi aumentada. O governo concentrou-se na educação de mulheres e homens e lançou uma ambiciosa campanha de alfabetização.[1] Durante os 18 meses de sua presidência os soviéticos pressionaram Taraki contra Amin, considerado demasiado radical. Então, em 14 de setembro de 1979, Hafizullah Amin toma o poder e mata Nur Mohammad Taraki, o que foi contra os planos soviéticos. Moscou decide invadir o Afeganistão em 24 de dezembro de 1979 e colocar o poder nas mãos de Babrak Karmal, mais moderado.[2] Referências
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