Nova (sistema operacional)
O Nova Linux, oficialmente Nova Distribuição Cubana de GNU/Linux ou simplesmente Nova, é uma distribuição linux desenvolvida pela Universidade de Ciências Informáticas, de Havana,[1] e financiado diretamente pelo Governo de Cuba.[2] O sistema operacional foi criado com a intenção de substituir o uso de Windows no país, em parte devido às dificuldades de operação da Microsoft causadas pelo embargo dos Estados Unidos a Cuba,[3] e em parte devido à política do estado cubano de buscar soberania digital.[4] O lançamento inicial se deu em 2009, e o desenvolvimento começou ainda em 2005.[5] O Nova era originalmente baseado em Gentoo Linux,[1] mas tem o Debian como base desde a versão 2.0.[2] A logo do sistema é uma estrela de cinco pontas. HistóriaO sistema foi desenvolvido, a princípio, por iniciativa de estudantes da Universidade de Ciências Informáticas (UCI).[5] O projeto recebeu apoio da universidade e, posteriormente, atenção do governo cubano, ao qual era atrativa a ideia de migrar Cuba inteiramente para um sistema Linux.[6] Um dos principais objetivos do projeto era criar um sistema operacional adaptado às situações do povo cubano, que em sua maioria usava computadores antigos com sistemas Windows. Como resultado, o Nova Linux é leve e sua interface visual se assemelha à dos sistemas da Microsoft,[7] visando facilitar a familiarização dos novos usuários.[4][5] Em 2011, a UCI migrou 8.000 computadores para o novo sistema,[8] em conformidade com o objetivo de migrar 90% dos computadores de Cuba para um sistema de código aberto. Em 2018, o projeto foi brevemente interrompido,[1] e os usuários aconselhados a migrar para o CentOS. O desenvolvimento foi posteriormente retomado e a distribuição gratuita foi reiniciada. Em 2019, o NovaDroid entrou em desenvolvimento. Esta versão móvel do Nova Linux baseada no Android será utilizada no primeiro celular fabricado em Cuba, atualmente em fase de testes[9] CaracterísticasO Nova Linux foi desenvolvido tendo em mente as condições específicas dos usuários cubanos. Uma parte considerável do acesso a computadores no país se dá em espaços coletivos, como em escolas, centros educativos e cibercafés.[10] Grande parte dos computadores pessoais em Cuba foram comprados ilegalmente ou doados por ONGs. Esses computadores tendem a ser antigos e pouco potentes, e muitas vezes tornam difícil a utilização de sistemas operacionais destinados a computadores potentes. O sistema está disponível para arquitetura 32 e 64 bits. Existem três versões do Nova Linux[11]: o Nova Escritorio, o Nova Ligero (destinado a computadores fracos e com arquitetura 32 bits) e o Nova Servidores (para a administração de servidores). A primeira versão da distribuição era baseada em Gentoo Linux/Sabayon Linux.[2] A partir da versão 2.1, a base passou a ser Ubuntu para a versão Escritorio e Debian para a versão Ligero. O ambiente de área de trabalho usado na versão 7.0 é o KDE Plasma 5, e a maioria das versões do sistema foram baseadas em KDE, com algumas baseadas em GNOME. À exceção de alguns drivers proprietários, os programas pré-instalados no Nova Linux são software livre. A suíte de escritório padrão é o Libre Office. O cliente de e-mail padrão é o Mozilla Thunderbird e o navegador padrão é o Firefox, ambos desenvolvidos pela Mozilla. O motor de busca padrão não é o Google, e sim o Redcuba, também desenvolvido pelo governo cubano e ligado a projetos como o EcuRed e o Cubadebate. Histórico de Versões
Ver tambémReferências
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