Norberto de Araújo
Norberto Moreira de Araújo, igualmente conhecido como Norberto de Araújo (Lisboa, 21 de março, 1889 — 24 de novembro, 1952) foi um jornalista, tradutor e escritor português. BiografiaPrimeiros anos e formaçãoAos 14 anos, tendo já perdido os pais, emprega-se na Imprensa Nacional, tendo recebido um prémio no final da sua aprendizagem.[1] Terminou um curso liceal, e entrou no Curso Superior de Letras.[1] Carreira profissional e artísticaEntrou na carreira jornalística com o apoio de Luís Derouet, director da Imprensa Nacional, que ficou impressionado com duas conferências que Norberto de Araújo realizou naquela instituição.[1] Torna-se redactor no jornal O Mundo, passando, pouco depois, para o diário A Manhã, onde se distinguiu como jornalista.[1] Em seguida, transitou para o Diário de Notícias, onde fez várias reportagens em Itália após a Primeira Guerra Mundial.[1] Posteriormente, passou para o Diário de Lisboa, tendo continuado a fazer reportagens no estrangeiro.[1] Acompanhou o presidente António José de Almeida numa visita ao Brasil, e, em 1935, acompanhou Óscar Carmona a Espanha[1] (presidente durante o Estado Novo, de quem viria a receber o grau de comendador da Ordem Militar de Cristo). Cobriu, igualmente, a visita de D. Amélia ao Panteão de São Vicente.[1] Como escritor, celebrizou-se pelas obras sobre a cidade de Lisboa, como as Peregrinações de Lisboa e o Inventário de Lisboa [2] (1944-1956), tendo produzido várias marchas populares.[1] Escreveu, igualmente, um livro de versos durante a sua juventude.[1] Também se encontra colaboração da sua autoria no semanário Goal [3] (1933) dirigido por Alves Redol, na revista Ilustração [4] (1926-), no semanário Repórter X [5] (1930-1935), na Revista Municipal [6] (1939-1973) publicada pela Câmara Municipal de Lisboa e no Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas [7] (1941-1945). No cortejo histórico dos festejos do VIII centenário da Tomada de Lisboa aos mouros,a letra da Grande Marcha do Centenário, que, no ano de 1947 foi cantada por Amália Rodrigues, foram seus autores Raul Ferrão e Norberto Moreira Araújo.[8] Últimos anos e falecimentoFoi sepultado em 25 de Novembro de 1952, no Cemitério do Alto de São João.[1] Deixou um filho, Marius de Araújo[1] e duas filhas Ernestina e Maria Gabriel[9]. Bisavô do investigador Português, Miguel Bastos Araújo. HomenagensFoi condecorado com os graus de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (28 de junho de 1919) e da Ordem do Mérito Civil de Espanha, Comendador da Ordem Militar de Cristo (4 de março de 1941), da Ordem da Instrução Pública, e da Ordem de Isabel a Católica, Cavaleiro da Ordem de Leopoldo da Bélgica, e Grande Oficial da Ordem da Casa da Itália.[1][10] Obras
Referências
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