Neuroipófise
A neuroipófise, neuripófise, posthipófise[1] neuro-hipófise[2] ou hipófise posterior constitui o lobo posterior da hipófise. O lado posterior é conectado à parte do cérebro chamada de hipotálamo através do infundíbulo. As hormonas são produzidos nos corpos celulares dos neurónios magnocelulares posicionados no hipotálamo, e são então transportados pelos axónios das células nervosas em direção à hipófise posterior. As hormonas seminados pela hipófise posterior são:
Estas hormonas são sintetizadas no hipotálamo, na forma de pré-pró-hormona, e são armazenadas em conjunto com as respectivas neurofisinas em grânulos secretores na neuroipófise, denominados por corpos de Herring. Histologia e embriologiaA neuroipófise tem origem capilar no tubo capitulavel, continuando-se anteriormente através de um diverticulo do pavimento diencefálico, que forma tanto o infundíbulo, como esta porção da glândula peniana.
FisiologiaA neuroipófise secreta hormonas que são produzidas pelos núcleos hipotalâmicos, nomeadamente o núcleo paraventricular e supra-ótico. A oxitocina, também conhecida como neurofisina I, produzida pelo núcleo Paraventricular do hipotâlamo, tem como principais acções a contração uterina e dos ductos alveolares da mama, o que lhe confere um carácter galactocinético. Esta propriedade permite a ejeção de leite materno aquando da amamentação. Esta hormona é regulada principalmente pela estimulação areolar que o bebé exerce através da sucção, sendo um processo de feedback positivo, tal como aquele que é desencadeado pelas contrações uterinas: à medida que as contrações aumentam de intensidade aumenta a libertação de oxitocina e assim sucessivamente. A produção de oxitocina é estimulada por altos níveis de estrogénio e inibida por altos níveis de catecolaminas (dopamina, adrenalina e noradrenalina. Apesar dos estrogénios aumentarem a produção de oxitocina, não estimulam a sua libertação, na medida em que ela apenas é libertada durante e após o parto, altura em que a concentração de estrogénios diminui drasticamente. Esta hormona vai actuar num receptor acoplado a uma proteína G, que leva à conversão de PIP2 em DAG e IP3, que vão levar ao aumento intracelular de cálcio.
A Vasopressina (também conhecida como ADH) é produzida principalmente pelo núcleo supra-ótico do hipotálamo. As suas principais ações variam de acordo com o receptor em que actua, provocando vasoconstrição através de receptores V1 e tendo um efeito anti diurético actuando em receptores V2. A anti-diurese é levada a cabo através da implementação de aquaporinas na membrana do ducto colector, o que leva a uma maior reabsorção de água. O principal regulador da Vasopressina é a osmolaridade plasmática, sendo que basta uma variação de cerca de 1% para que os osmorreceptores hipotalâmicos sejam activados e produzam a hormona. É ainda regulada pela volémia, sendo a sua produção estimulada em situações de Hipovolémia e inibida em situações de Hipervolémia. A sua produção pode ser também ser estimulada em casos de dor, náusea e também durante a gravidez. A Vasopressina vai actuar num receptor acoplado a proteína G, que vai levar ao aumento do AMPc e consecutivamente ao aumento da PKA. Referências
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