Narses (general de Justiniano) Nota: Para outros significados, veja Narses.
Narses (479 — Roma, 574) foi, ao lado de Belisário, um dos grandes generais a serviço do imperador bizantino Justiniano (r. 527–565) durante a chamada "Reconquista" que ocorreu durante o seu reinado. NomeNarses é a forma helenizada e latinizada do nome. Em armênio, ocorre como Nerses. A atestação mais antiga do nome ocorre nos Feitos do Divino Sapor, uma inscrição trilíngue do reinado do xainxá sassânida Sapor I (r. 240–270). Em parta é registrado como Narsēs e em pálavi como Narsē. O nome deriva do avéstico Nairyō saŋha-, que literalmente significa "o de muitos discursos", ou seja, o mensageiro divino.[1] VidaNarses era um armênio romanizado da nobre família Camsaracano, que afirmava descender da dinastia real dos arsácidas. Ele, que era eunuco, passou a maior parte de sua vida sem desempenhar cargo importante no palácio dos imperadores em Constantinopla. De acordo com o historiador André Agnelo, Narses estava presente quando Belisário capturou Roma em 536.[2] Ele tinha 74 anos em 552, quando o desconfiado Justiniano destituiu Belisário de sua campanha contra os ostrogodos na península Itálica e o substituiu por Narses. Apesar de sua idade, ele provou ser tão enérgico e habilidoso quanto seu predecessor, embora a história tem geralmente creditado a Belisário a maior habilidade. Ele lançou outra campanha contra os ostrogodos, derrotando finalmente seu formidável rei Tótila na Batalha de Tagina. Em 553 o exército no seu comando derrotou os remanescentes do exército ostrogodo na Batalha do Monte Lactário. Em 554 expulsou os francos e alamanos, que tinham vindo ajudar os ostrogodos, de volta sobre os Alpes. Mais tarde, os ostrogodos sobreviventes se renderam a ele e a península Itálica foi reintegrada ao Império Bizantino. Narses permaneceu na Itália como prefeito (governador), mas sua administração foi impopular. Depois da morte de Justiniano, seu sobrinho Justino II (r. 565–578) o retirou do cargo e ordenou seu retorno a Constantinopla. Narses renunciou ao posto, mas recusou-se a deixar a Itália, e aposentou-se em uma vila próximo a Nápoles. Os últimos anos de sua vida são envoltos em dúvidas. Muitas fontes daquele tempo dizem que Narses secretamente encorajou a invasão da Itália pelos lombardos em 568, como vingança contra Justino II, que o removeu do cargo. Ainda assim, Narses, com 90 anos, ofereceu seus serviços ao imperador novamente. Quando Narses morreu, mais de metade da Itália tinha caído nas mãos dos lombardos. Referências
Bibliografia
|