Myersiella microps
Myersiella microps é uma espécie de anfíbio da família Microhylidae. É a única espécie descrita para o género Myersiella.[1] Trata-se de uma espécie endêmica do Brasil, encontrada em florestas úmidas da Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.[2] Apesar de classificada como menos preocupante pela IUCN, a espécie tem sofrido declínio populacional, principalmente por conta de perda e fragmentação de habitats.[3] Nomenclatura e taxonomiaA espécie foi descrita por André Marie Constant Duméril e Gabriel Bibron em 1841 como Engystoma microps.[4] Foi recombinada para Gastrophryne microps em 1910 e para Microhyla microps em 1954. Em 1954, foi então recombinada em um gênero próprio, o Myersiella.[5] Distribuição e HabitatEssa espécie está distribuída em habitats de Mata Atlântica, na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, na região sudeste do Brasil. Mais especificamente em São Paulo, sudeste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo. Normalmente, é encontrada em matas úmidas até 1100 m, vivendo no folhiço e serrapilheira.[6] EcologiaAssim como outros representantes da família Microhylidae, o M. microps tem hábito fossorial, utilizando seu focinho para cavar e enterrar-se no folhiço. É um animal noturno, porém na época de chuvas (de agosto a março) pode apresentar atividade diurna.[7] Indivíduos já foram observados enterrados no solo, escondendo-se no folhiço úmido e caminhando acima do solo em noites chuvosas. Sua dieta consiste majoritariamente de formigas.[8] M. microps apresenta reprodução explosiva. Os machos vocalizam para as fêmeas longe de corpos d'água. Os ovos são grandes, cerca de 7 mm, e costumam ser depositados em buracos no solo ou nas árvores. O desenvolvimento dura em média 19 dias.[9] ConservaçãoAssim como outras espécies de anfíbios anuros, o M.microps também está suscetível a impactos antrópicos. Dentre eles, podemos destacar a perda e fragmentação de habitat devido ao desmatamento para estabelecer plantios, expansão de cidades e construção de estradas. Contudo, a área de ocorrência da espécie coincide com diversas áreas de conservação e proteção ambiental. Isso dá certa segurança para a espécie, porém pode ocasionar quebra no fluxo gênico entre populações.[2] Referências
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