Museu e Galeria de Arte de Derby
O Derby Museum and Art Gallery é um museu histórico e de belas-artes localizado na cidade de Derby, na Inglaterra, estabelecido em 1879. Tem importantes colecções de arqueologia pré-histórica e industrial, além de porcelanas Royal Crown Derby dos séculos XVIII e XIX e pinturas notáveis do artista Joseph Wright, nativo de Derby e considerado o "primeiro pintor profissional que expressou o espírito da Revolução Industrial".[1] O museu se localiza, junto com a biblioteca municipal, num edificio de estilo gótico do arquiteto Richard Knill Freeman, cuja construção foi finalizada em 1876.[2] História![]() A história do museu remete à formação da Sociedade de História Natural e do Museu do Condado e da Cidade de Derby em 10 de fevereiro de 1836. A sociedade era abrigada pelos Banheiros Públicos da Rua Full, mas era uma entidade privada financiada pelas assinaturas de seus membros. Suas coleções foram criadas a partir de doações feitas inicialmente pelo Dr. Forrester, que tinha sido presidente da Sociedade Filosófica de Derby. O patrono da Sociedade de História Natural e do Museu era William Cavendish, 6.º Duque de Devonshire, e o presidente era Sir George Harpur Crewe, um naturalista entusiástico.[3] O coronel George Gawler contribuiu com uma coleção de minerais e aves exóticas empalhadas que incluía um albatroz da época de seu mandato como governador do sul da Austrália.[4] Em 1839 houve uma grande exposição no Instituto de Mecânica contendo vários itens, incluindo parte da coleção de Joseph Strutt. Muitos destes acabaram fazendo parte da coleção do Derby Museum.[2] A sede da sociedade se mudou, em 1840, para o Atheneum, na Rua Victoria. A coleção da sociedade havia crescido significativamente até o ano de 1856, quando William Mundy, então presidente da entidade, a ofereceu ao governo municipal; a oferta foi rejeitada.[3] Em 1857, Llewellyn Jewitt tornou-se secretário da sociedade e o museu foi aberto ao público nas manhãs de sábado. Em 1858, a sede da Sociedade Filosófica de Derby mudou-se para uma casa em Wardwick, uma vez que havia se fundido com a Sociedade de História Natural e do Museu do Condado e da Cidade de Derby.[3] Esta mudança trouxe ao museu cerca de 4.000 volumes da biblioteca da sociedade, além de seu aparato matemático e científico e sua coleção de fósseis.[3] Em 1863, o botânico Alexander Croall foi nomeado o primeiro bibliotecário e curador e, no ano seguinte, o museu e a biblioteca se fundiram. Croall deixou o cargo em 1875[3] para tornar-se curador do Instituto Smith em Stirling.[5] A propriedade do Museu da Cidade e do Condado de Derby foi finalmente transferida para o governo municipal em 1870, mas houve dificuldade para encontrar um espaço para mostrar as coleções. Depois de armazenar todos os artefatos por três anos, o Derby Museum foi finalmente aberto ao público em 28 de junho de 1879.[3] A Galeria de Arte foi inaugurada em 1882 e, em 1883, o museu teve acesso a energia elétrica para fazer sua iluminação. Em 1936, o museu recebeu uma importante coleção de pinturas de Alfred E. Goodey, que havia colecionado obras de arte por 50 anos. Após sua morte, em 1945, ele deixou £ 13.000 para a construção de uma extensão do museu. A extensão, que agora abriga o museu, foi concluída em 1964.[2] Uma reforma de partes de ambos os edifícios do museu foi realizada em 2010-2011.[6] Derby e o Iluminismo![]() A cidade de Derby foi muito significativa no século XVIII por seu papel no Iluminismo, período no qual a ciência e a filosofia desafiaram o direito divino dos reis em governar. O Iluminismo teve muitas vertentes, incluindo principalmente o "Iluminismo filosófico escocês", centrado em torno de David Hume, e as mudanças políticas que culminariam na Revolução Francesa, mas o centro da Inglaterra foi a área na qual muitas figuras-chave da indústria e da ciência uniram forças. Um exemplo disso é a famosa Sociedade Lunar de Birmingham, formada por Erasmus Darwin, Matthew Boulton, Joseph Priestley e Josiah Wedgwood, com Benjamin Franklin trocando cartas com os membros da sociedade a partir dos Estados Unidos. Erasmus Darwin, avô de Charles Darwin, fundou a Sociedade Filosófica de Derby quando se mudou para a cidade em 1783. Foi esta sociedade que ajudou a fundar a primeira biblioteca de Derby. Algumas das pinturas de Joseph Wright, notáveis por seu uso do contraste entre sombra e luz, são de membros da Sociedade Lunar. O Derby Museum abriga mais de 300 desenhos de Wright, além de documentos e 34 de suas pinturas a óleo. Uma delas, intitulada The Alchymist in Search of the Philosopher's Stone (1771), retrata a descoberta do fósforo pelo alquimista alemão Henning Brand em 1669. Outra obra dele, A Philosopher Lecturing on the Orrery, mostra um mecanismo primitivo usado para demonstrar o órbita dos planetas em torno do sol; um planetário está em exibição no centro da galeria em frente à pintura. Em julho de 1762, o astrônomo e cientista escocês James Ferguson realizou uma série de palestras em Derby. Elas foram baseadas em seu livro Lectures on Select Subjects in Mechanics, Hydrostatics, Pneumatics, Optics &c, publicado em 1760. A fim de ilustrar suas palestras, ele utilizou várias máquinas, maquetes e instrumentos. Wright teria assistido à palestra (já que seu vizinho, o relojoeiro e cientista John Whitehurst tinha bilhetes para tal evento) para saber mais sobre o planetário e seu funcionamento. Wright of DerbyEm 2011, o Conselho Municipal de Derby anunciou que Joseph Wright seria usado para promover a cidade. Ao mesmo tempo, o Derby Museu anunciou que estava "unindo forças" com a Wikipédia para melhorar a qualidade de suas informações.[7][8] Em fevereiro de 2011 o Conselho de Museus, Bibliotecas e Arquivos (Museums, Libraries and Archives Council - MLA) anunciou que havia concedido o status de destaque para o Derby Museum and Art Gallery devido a sua significativa coleção de pinturas e desenhos de Joseph Wright.[9] Referências
Ligações externas
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