Museu Nacional Soares dos Reis

Museu Nacional de Soares dos Reis
Museu Nacional Soares dos Reis
Fachada do museu.
Tipo museu de arte, museu nacional
Inauguração 1833 (191 anos)
Visitantes 44 166
Administração
Diretor(a) António Ponte
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 8°37'_N_8_37_0_W 41° 9' N, 8°37'" N 8° 37' O{{#coordinates:}}: latitude inválida
Mapa
Localidade Rua de Dom Manuel II n.º 44, Miragaia
Localização Porto - Portugal

O Museu Nacional Soares dos Reis está instalado no Palácio dos Carrancas, que foi residência de Manuel Mendes de Morais e Castro, na freguesia de Miragaia, na cidade e Distrito do Porto, em Portugal. Trata-se de um museu de belas artes, artes decorativas e arqueologia.

Historial

O palácio dos "Carrancas" foi propriedade de Manuel Mendes de Morais e Castro, cristão-novo, embora tenha sido contestada esta condição de convertido ao cristianismo, que tinha o privilégio real da fabricação de galões de ouro e desenvolvia a sua actividade comercial para o Reino de Portugal.

O Museu Portuense, também conhecido por Ateneu D. Pedro IV, foi mandado organizar oficialmente entre 9 e 11 de abril de 1833 por iniciativa do regente D. Pedro, Duque de Bragança[1]. Constitui-se, assim, como o mais antigo museu público de arte de Portugal[1]. O museu foi primeiramente instalado no edifício do Convento de Santo António da Cidade, actual edifício da Biblioteca Pública Municipal do Porto , em Santo Ildefonso. A galeria de exposição permanente do museu ocupava o antigo refeitório dos monges capuchos, situado no rés-do-chão do edifício. No andar superior situava-se uma sala destinada ao estudo e exposições temporárias[1].

Em 1911, o museu passou a designar-se Museu de Soares dos Reis em homenagem àquele escultor portuense. Grande parte do espólio do escultor pertence à coleção do Museu, sendo talvez a obra mais emblemática a escultura em mármore O desterrado.

Sala com esculturas no interior do Museu

O Palácio dos Carrancas, alcunha dada pelo povo a Manuel Mendes de Moraes e Castro, foi vendido à Santa Casa da Misericordiosa. Em 1940, o Estado adquiriu à Santa Casa de Misericórdia o Palácio dos Carrancas para o qual muito contribuiu o empenho do seu então diretor, Vasco Valente.

Concluídas as obras de adaptação do novo edifício, com projeto do engenheiro Fernandes de Sá, o museu foi inaugurado em 1942. À época, as alterações mais notáveis consistiram na transformação das oficinas da antiga fábrica em galeria com iluminação zenital, destinada à pintura. Assim como a criação de outra galeria de escultura, para alojar a obra de Soares dos Reis.

Em 1940-42, o Museu foi enriquecido com o depósito das coleções do Museu Municipal do Porto. De museu clássico, destinado às belas-artes, passou a museu misto incorporando as chamadas artes decorativas, que assentavam bem a um Porto industrial.

Sob a direção do escultor Salvador Barata Feyo, na década de 1950, o Museu adquiriu obras de pintura e escultura a jovens artistas.

Cecilia, de Henrique Pousão (1882).

Em 1992, na sequência da criação do Instituto Português de Museus, o Museu Nacional Soares dos Reis iniciou um projeto de remodelação e expansão, da autoria do arquiteto Fernando Távora, concluido em 2001.

Ver também

Palácio dos Carrancas

Colecções

O acervo do museu contabiliza mais de 13000 peças, das quais cerca de 3000 correspondem a desenho e pintura[2]. As restantes distribuem-se por coleções de escultura, gravura, artes decorativas (mobiliário, faiança, porcelana, vidros, ourivesaria, joalharia, têxteis) e coleções arqueológicas [1].

Entre os artistas representados no museu incluem-se os pintores Domingos Sequeira, Vieira Portuense, Augusto Roquemont, Miguel Ângelo Lupi, António Carvalho de Silva Porto, Marques de Oliveira, Henrique Pousão, Aurélia de Souza, Sofia Martins de Souza, Dórdio Gomes e Júlio Resende, e os escultores Soares do Reis, António Teixeira Lopes, Rodolfo Pinto do Couto, entre outros.

Exposições temporárias

O museu tem vindo a fazer várias exposições temporárias, por vezes em parceria com outras instituições. Por exemplo, as exposições Depositorium foram criadas em processos colaborativos com os colaboradores do MNSR [1], Reitoria da Universidade do Porto e direção das Faculdades de Medicina e Medicina Dentária e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar [2], e alunos da Universidade do Porto [3]. A exposição Azul no Azul foi feita em colaboração com o Museu Nacional de Arte Contemporânea, levando obras que o artista Nelson Ferreira criou durante a sua residência artística e que marcaram os 150 anos de O Desterrado.

Academia de Inverno

Esta academia foi criada no museu, para promover o ensino da arte académica a partir dos métodos clássicos utilizados no século XIX pelos artistas representados na coleção. Alguns dos cursos dados: Curso de Desenho Bargue, Método de Desenho Trois Crayons, desenho e pintura a partir de esculturas e de moldes de gesso, etc.[3][4][5][6]

Referências

  1. a b c d VVAA, (2001). Museu Nacional de Soares dos Reis. Roteiro da Colecção. Instituto Português de Museus. p. 13.
  2. Santos, Paula Maria Mesquita Leite, (2011). ‘MARCAS DO TEMPO’ - ENSAIOS SOBRE PINTURA DE MESTRES DA ANTUÉRPIA NOS MUSEUS DO PORTO. Tese de Doutoramento. Departamento de História de Arte da Universidade de Santiago de Compostela.
  3. «Academia de Inverno». Museu Nacional Soares dos Reis. Consultado em 13 de dezembro de 2024 
  4. «Desenho e Pintura na estreia da Academia de Inverno do Museu Nacional Soares dos Reis». Museus e Monumentos de Portugal 
  5. «Academia de Inverno do Museu Nacional Soares dos Reis | Curso de Desenho e Pintura». PPortoDosMuseus 
  6. Ramos, Felicidade (27 de agosto de 2024). «Desenho e Pintura na estreia da Academia de Inverno do MNSR». Museu Nacional Soares dos Reis. Consultado em 13 de dezembro de 2024 

Ligações externas

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