MnemofobiaNa psicologia, mnemofobia é a aversão ou o medo mórbido, irracional, desproporcional, persistente e repugnante das memórias e lembranças passadas.[1][2] Pessoas que sofrem desse distúrbio psicológico podem temer recordações em geral ou apenas as más recordações. Valendo-se ressaltar que o conceito de uma "recordação má" fica relativizado e distorcido na mente do mnemofóbico, já que, para ele, tudo o que ele não quer recordar é mau. EtimologiaMnemofobia é composta a partir de dois vocábulos do Grego antigo:
SintomasQuando as pessoas que sofrem de mnemofobia são confrontadas com as lembranças que rejeitam, elas podem apresentar ansiedade intensa, e até sentimentos de pânico. A autora americana Carrie Jones, em um de seus livros da série Need, dedica um capítulo a este fenômeno. No volume[3] traduzido para o português, a sua personagem Zara White, a bordo de um avião, pensa consigo mesma:
Os sintomas físicos mais comuns[5] desta fobia são:
Dentre os sintomas psíquicos e comportamentais, encontra-se:[carece de fontes]
CausasAssim como as outras fobias, a mnemofobia pode surgir subitamente após um ou mais eventos traumáticos ou pode desenvolver-se mais lentamente com o tempo. Um adulto que teve uma infância muito traumática, de extrema pobreza ou violência familiar, por exemplo, pode chegar a rejeitar ambientes e temáticas infantis (como jogos, brinquedos, brincadeiras e festas) ou o convívio direto com crianças, para evitar a possibilidade de ser remetido às lembranças do seu próprio passado. Mas em muitos casos esse transtorno ainda se desenvolve lentamente, se auto-alimentando, encontrando mais e mais motivos para associar consequências negativas ao ato de recordar. Nesses casos, os psicólogos muitas vezes não conseguem definir uma razão particular para o seu aparecimento. TratamentoOs psicólogos tratam essa e outras fobias promovendo a reestruturação cognitiva[6] através da terapia de resposta à exposição, também conhecida como terapia de dessensibilização ou dessensibilização sistemática, em que os pacientes são estimulados gentilmente a enfrentarem os objetos de seu medo. Isso o ensina a controlar o medo e as suas reações, até que ele compreenda que as lembranças não são tão perigosas como ele poderia crer. Doenças relacionadasA rejeição crônica das lembranças pode, em algumas pessoas com pré-disposições genéticas, evoluir para o Alzheimer. Enquanto que indivíduos que têm apenas a tendência hereditária do Alzheimer, podem sofrer de um medo contrário, a amnesifobia, que é o medo de perder a memória ou esquecer completamente de alguns acontecimentos específicos do passado. Referências
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