Miss Universo 1975
Miss Universo 1975 foi a 24.ª edição do concurso Miss Universo, realizada em 19 de julho de 1975 no Gimnasio Nacional José Adolfo Pineda, em San Salvador, em El Salvador. Candidatas de 71 países e territórios competiram pelo título. No final do evento, a Miss Universo 1972, Kerry Anne Wells, da Austrália, coroou a finlandesa Anne Marie Pohtamo como sua sucessora, já que a Miss Universo 1974, Amparo Muñoz, da Espanha, abdicou do título. Tal como as edições anteriores,esta edição foi politicamente conturbada, por causa das tensões diplomáticas então existentes entre El Salvador e Honduras, ainda relacionadas à Guerra do Futebol,o país vizinho boicotou o concurso. De acordo com o New York Times, enquanto milhões de pessoas através do mundo assistiam pela televisão a um documentário sobre a beleza das praias ensolaradas do país antes do início da transmissão, tropas fortemente armadas reprimiam estudantes ao lado do ginásio, que protestavam pelo governo ter gasto mais de US$1 milhão com a produção e divulgação do evento,quanto a maioria da população do país enfrentava condições sanitárias precárias.Protestos ocorreram não só na capital mas também em Santa Ana. A versão do governo foi de que os protestos faziam parte de um "movimento comunista" e que nele foi morta uma pessoa, cinco foram feridas e onze presas. De acordo com os estudantes, porém, doze pessoas foram mortas, 20 feridas e 40 presas.[1] EventoQuatro Misses Universo anteriores estiveram presentes como convidadas especiais: Kerry Anne Wells, que coroou a vencedora, Corinna Tsopei, Gladys Zender e Norma Nolan. A Miss Universo 1958, Luz Marina Zuluaga, fez parte do júri, ao lado de atores como Ernest Borgnine e Peter Lawford, da cantora Sarah Vaughan e do escritor Leon Uris. A grande favorita do público e da imprensa desde a chegada das candidatas foi a Miss Venezuela, Maritza Montoya. Além dela, também estavam cotadas as Miss Finlândia, Miss Suécia, Miss EUA, Miss México, Miss Inglaterra e Miss Colômbia. El Salvador escolheu cuidadosamente a sua representante. Carmen Figueroa era uma anfitriã graciosa, extremamente educada, que vinha de uma das famílias mais importante do país e falava inglês fluentemente. Não foi surpresa nenhuma a ver entre as 12 semifinalistas.[2] Esta edição foi a primeira e única em que duas candidatas dividiram o prêmio de Miss Fotogenia, Martha Trujillo, da Colômbia e Summer Bartholomew, dos Estados Unidos.[3] Depois da retirada do manto de veludo alguns anos antes, essa foi a última edição em que o cetro foi usado. A partir dali seria substituído por flores.[4] Entre as Top 12, ficaram a Miss Brasil Ingrid Budag, ao lado da Finlândia, Suécia, Israel, EUA, Filipinas, Colômbia e, para surpresa geral, Miss Haiti, Gerthie David. A eliminação da favorita venezuelana causou revolta entre o público. As cinco finalistas foram Finlândia, Haiti, Filipinas, EUA e Suécia. O discurso de David, uma miss negra muito charmosa e elegante, sobre as superstições e seu país, recebeu uma chuva de aplausos do público presente, o que a colocou em alta conta pelos jurados. Ao final, Anne-Marie Pohtamo foi eleita nova Miss Universo, a segunda coroa para seu país desde a pioneira Armi Kuusela, em 1952. Gerthie David fez história sendo a segunda negra a conseguir o segundo lugar no concurso. Antes uma modelo desconhecida em Porto Príncipe e uma das mais exóticas concorrentes na história do MU, ela se tornou um modelo e ídolo para a juventude haitiana.[2] Pohtamo foi uma duas vencedoras que não foram coroadas por sua antecessora, já que a Miss Universo 1974, Amparo Muñoz, da Espanha, renunciou durante seu reinado.[5] Ironicamente, ela foi coroada pela Miss Universo 1972 Kerry Anne Wells, da Austrália, que foi a primeira a também não ser coroada pela antecessora, Georgina Rizk, do Líbano, por questões políticas ocorridas no ano de sua eleição.[6] Resultados
Prêmios especiaisMiss Simpatia
Miss Fotogenia
Melhor Traje Típico
CandidatasEm negrito, a candidata eleita Miss Universo 1975. Em itálico, as semifinalistas.[3]
Referências
Ligações externas
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