Menometrorragia
Menometrorragia (Do grego antigo, meno-, mês; mētra, útero, + -rrhagia, fluxo excessivo) é um transtorno ginecológico caracterizado por frequentes sangramentos uterinos prolongados (mais de 8 dias) ou excessivos (mais de 80ml) em períodos irregulares. [1]Logo, uma metrorragia(sangramento uterino excessivo fora do período menstrual) e menorragia (sangramento excessivo durante a menstruaçao) simultaneamente. Afeta até 24% das mulheres entre 40 e 55 anos (perimenopausa).[2] CausasExistem diversas possíveis causas[3]:
As causas sao as mesmas das menorragia e de metrorragia, frequentemente indicando casos mais graves. Sinais e sintomasUm ciclo menstrual normal é de 21-35 dias de duração, com sangramento com duração média de 5 dias e fluxo sanguíneo total entre 25 e 80 mL. Na menometrorragia o fluxo menstrual total é mais de 80ml por ciclo, suficiente para enxarcar um tampão em menos de 2 horas ou dura mais de 8 dias. Ocorre tanto durante a menstração quanto fora do período do menstrual.[5] Dor cólica abdominal fora do período menstrual indica tumor uterino ou ovárico. Aumento da quantidade de pelos e acne indicam problemas endócrinos. Sintomas prémenstruais indicam que é ovulatório.[6] Podem complicar com anemia ferropênica, dismenorreia dolorosa e infertilidade.[3] DiagnósticoO diagnóstico começa com exames para investigar uma possível gravidez ou câncer de útero, enquanto que as investigações envolvem analisar o útero com ultrassom com instilação de solução salina, histeroscopia, biópsia ou/e ressonância magnética para detectar problemas estruturais e hormonais. Exames do tempo de coagulação, como tempo de protrombina, também são recomendados.[3] TratamentoNo útero menometrorrágico, inibidores de tromboxano (prostaciclinas) são produzidos em grandes quantidades. Os Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como diclofenaco e buspirona impedem a formação adicional de prostaciclinas promovendo assim a função dos tromboxanos e diminuindo o fluxo de sangrado menstrual. Também servem como analgésicos.[7] Moduladores Seletivos dos Receptores de Progesterona (SPRM) atuam nos vasos sanguíneos do útero diminuindo o fluxo sanguíneo menstrual sem afetar os fatores angiogênicos e composição da matriz extracelular. [8] Terapia hormonal podem ser feitos com contraceptivos orais ou intravenosos de estrógeno ou progesterona. Essa opção é contraindicada em caso de alto risco de câncer, trombose ou em caso de insuficiência hepática. Em alguns casos é recomendado cirurgia para remover tumores, fazer dilatação e curetagem ou ablação do endometrio. Esses tratamentos são temporários e com risco considerável de reincidência. Em mulheres que não querem ter mais filhos ou com alto risco de câncer pode-se optar por remover parte ou todo o útero (histerectomia).[9] Referências
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