Meat Is Murder

Meat Is Murder
Álbum de estúdio de The Smiths
Lançamento 11 de fevereiro de 1985 (1985-02-11)
Gravação 1984
Estúdio(s) Amazon, Liverpool
Ridge Farm, Surrey
Gênero(s)
Duração 39:46
Idioma(s) Inglês
Formato(s) Vinil, cassete, CD
Gravadora(s) Rough Trade, Sire
Produção The Smiths
Cronologia de The Smiths
Hatful of Hollow
(1984)
The Queen Is Dead
(1986)
Singles de Meat Is Murder
  1. "Barbarism Begins at Home"
    Lançamento: Abril de 1985
  2. "That Joke Isn't Funny Anymore"
    Lançamento: 1 de julho de 1985

Meat Is Murder é o segundo álbum de estúdio da banda britânica de rock The Smiths, lançado em 11 de fevereiro de 1985 pela gravadora Rough Trade. Tornou-se o único álbum de estúdio da banda a alcançar o 1º lugar na parada de álbuns do Reino Unido, onde permaneceu por treze semanas. O álbum foi um sucesso internacional, passou onze semanas na parada europeia dos 100 melhores álbuns,[1] chegando ao 29º lugar.[2] Também alcançou o 110º lugar da Billboard 200.

Produção

Após o álbum de estreia da banda em 1984, Morrissey e Johnny Marr produziriam o novo álbum, auxiliados apenas pelo engenheiro de som Stephen Street, o qual conheceram na sessão de gravação do single "Heaven Knows I'm Miserable Now".[3] Oficialmente, a produção é creditada à banda.

Para construir a paisagem sonora do álbum, Morrissey forneceu a Marr e Street suas cópias pessoais de gravações de efeitos sonoros da BBC.[4] Morrissey continuaria essa prática em trabalhos futuros.

Capa

A capa do álbum apresenta uma fotografia do fuzileiro naval americano Michael Wynn, no Vietnã, embora a frase em seu capacete tenha sido mudada de "Make War Not Love" (Faça guerra, não amor) para "Meat Is Murder" (Carne é assassinato). A imagem original foi usada para o documentário In the Year of the Pig de Emile de Antonio.[5][6][7] Wynn afirmou mais tarde que nunca foi solicitada sua permissão para o uso da foto e que "não estava muito feliz" que a frase no capacete foi alterada.[8]

Composição

Meat Is Murder foi mais estridente e político do que seu antecessor, incluindo a faixa-título pró-vegetarianismo[9] e a crítica à punição corporal no ambiente escolar em "The Headmaster Ritual". Musicalmente, a banda se tornou mais aventureira, com Marr e Andy Rourke canalizando influências do rockabilly e do funk em "Rusholme Ruffians" e "Barbarism Begins at Home". "Rusholme Ruffians" interpola a música "Fourteen Again" de Victoria Wood. O autor John King sugeriu que a faixa-título foi inspirada na canção de 1983 "Meat Means Murder" da banda anarcopunk Conflict, que trata do mesmo tema e também abre em um ritmo lento.[10]

Morrissey também trouxe uma postura política para muitas de suas entrevistas. Era comum suas críticas ao governo de Margaret Thatcher, à monarquia e ao seus contemporâneos musicais. Quando perguntado sobre o Live Aid, que estava sendo fortemente promovido na mídia do Reino Unido na época, ele brincou: "Pode-se ter grande preocupação com o povo da Etiópia, mas outra coisa é infligir tortura diária ao povo da Inglaterra".[11] Da mesma forma, ele começou a promover o vegetarianismo em programas ao vivo e entrevistas, em uma ocasião convencendo um programa de TV escocês a transmitir imagens de abatedouros durante a hora do jantar.[12]

Legado

Em 2003, Meat Is Murder foi classificado em 295° na lista dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos" da revista Rolling Stone,[13] e 296° em uma revisão de 2012.[14] O álbum também foi incluído no livro 1001 Albums You Must Hear Before You Die.[15]

Faixas

Versão inglesa

Lado A

Todas as letras escritas por Morrissey, todas as músicas compostas por Johnny Marr.

N.º Título Duração
1. "The Headmaster Ritual"   4:52
2. "Rusholme Ruffians"   4:20
3. "I Want the One I Can't Have"   3:14
4. "What She Said"   2:42
5. "That Joke Isn't Funny Anymore"   4:59

Lado B

N.º Título Duração
1. "Nowhere Fast"   2:37
2. "Well I Wonder"   4:00
3. "Barbarism Begins at Home"   6:57
4. "Meat Is Murder"   6:06

Versão norte-americana

Lado A

N.º Título Duração
1. "The Headmaster Ritual"   4:52
2. "Rusholme Ruffians"   4:20
3. "I Want the One I Can't Have"   3:14
4. "What She Said"   2:42
5. "That Joke Isn't Funny Anymore"   4:59

Lado B

N.º Título Duração
1. "How Soon Is Now?"   6:44
2. "Nowhere Fast"   2:37
3. "Well I Wonder"   4:00
4. "Barbarism Begins at Home"   6:57
5. "Meat Is Murder"   6:06

Ficha técnica

The Smiths

Produção

  • The Smiths – produção
  • Stephen Street – engenharia de áudio, efeitos sonoros (em "Rusholme Ruffians", "I Want the One I Can't Have" e "Meat Is Murder")
  • Tim Young – masterização

Paradas

Paradas (1985) Melhor posição
Austrália Austrália (Kent Music Report)[16] 58
União Europeia European Top 100 Albums[2] 29
Canadá Canadá (RPM)[17] 40
Países Baixos Países Baixos (MegaCharts)[18] 39
Alemanha Alemanha (GfK)[19] 45
Nova Zelândia Nova Zelândia (Recorded Music NZ)[20] 13
Suécia Suécia (STL)[21] 27
Reino Unido Reino Unido (OCC)[22] 1
Estados Unidos Estados Unidos (Billboard 200)[23] 110

Certificações

Região Certificações Vendas
Reino Unido Reino Unido (BPI)[24] Ouro 100,000
Estados Unidos Estados Unidos 245,385[25]

Ligações externas

Referências

  1. «European Hot 100 Albums Chart» (PDF). Music & Media. 6 de Maio de 1985. p. 26 
  2. a b «European Hot 100 Albums Chart» (PDF). Music & Media. 4 de Março de 1985. p. 26 
  3. «Interview With Stephen Street». HitQuarters. 27 de Setembro de 2005. Cópia arquivada em 3 de Junho de 2012 
  4. Goddard, S, 2013. Songs That Saved Your Life - The Art of The Smiths 1982–87. 2nd ed. U.K.: Titan Books. P. 151.
  5. «The artwork of the Smiths – in pictures». The Guardian (em inglês). 12 de agosto de 2013. ISSN 0261-3077. Consultado em 1 de março de 2022 
  6. «In The Year Of The Pig». Time Out 
  7. «The Smiths - The Stories Behind All 27 Of Their Provocative Album And Single Sleeves». NME (em inglês). 3 de agosto de 2015. Consultado em 1 de março de 2022 
  8. «The story behind the cover of Meat Is Murder by The Smiths». Radio X (em inglês) 
  9. «How Morrissey helped turn vegetarianism into a mainstream movement in the UK.». Vegan.com. Julho de 2014. Cópia arquivada em 27 de Dezembro de 2014 
  10. King, John (6 de Agosto de 2014). «Meat Means Murder». Rebellion Festivals Programme - 2014. Rebellion Festivals Ltd. pp. 34–35 
  11. Green, Jonathan (18 de Novembro de 2004). «Band Aid vs. Morrissey ...» (http). Overyourhead.co.uk 
  12. Tamarkin, Jeff; Rockmaker, Deirdre; Mathews, Dan (Novembro de 1985). «Greening of Rock». Vegetarian Times (99). Active Interest Media, Inc. pp. 32–36. ISSN 0164-8497 
  13. «Cópia arquivada». www.rollingstone.com. Cópia arquivada em 4 de Junho de 2012 
  14. «500 Greatest Albums of All Time Rolling Stone's definitive list of the 500 greatest albums of all time». Rolling Stone. 2012 
  15. Robert Dimery; Michael Lydon (23 de Março de 2010). 1001 Albums You Must Hear Before You Die: Revised and Updated Edition. [S.l.]: Universe. ISBN 978-0-7893-2074-2 
  16. Kent, David (1993). Australian Chart Book 1970–1992 illustrated ed. St Ives, N.S.W.: Australian Chart Book. p. 279. ISBN 0-646-11917-6 
  17. «RPM Chart Archives, 27 de Abril de 1985». Cópia arquivada em 10 de Fevereiro de 2015 
  18. Hung, Steffen. «The Smiths - Meat Is Murder». hitparade.ch. Consultado em 1 de março de 2022 
  19. «Offizielle Deutsche Charts - Offizielle Deutsche Charts». www.offiziellecharts.de. Consultado em 1 de março de 2022 
  20. «charts.org.nz - The Smiths - Meat Is Murder». charts.nz. Consultado em 1 de março de 2022 
  21. «swedishcharts.com - The Smiths - Meat Is Murder». swedishcharts.com. Consultado em 1 de março de 2022 
  22. «The Smiths | full Official Chart History | Official Charts Company». www.officialcharts.com. Consultado em 1 de março de 2022 
  23. «The Smiths - chart history». Billboard.com 
  24. "British album certifications – The Smiths – The Smiths"Selecione os álbuns no campo Formato. Selecione Ouro no campo Certificação. Digite The Smiths no campo "Search BPI Awards" e pressione Enter.
  25. «Morrissey/Smiths US album sales in 2007 and total sales since 1992 - Morrissey-solo». www.morrissey-solo.com. Consultado em 1 de março de 2022