Mary Douglas
Mary Douglas (Sanremo, 25 de Março de 1921 – Londres, 16 de Maio de 2007) foi uma antropóloga britânica, especialista em antropologia social. Suas áreas de estudo são bastante amplas, mas, de modo geral, dizem respeito a processos simbólicos, à teoria do risco e à religião comparada. VidaMary Douglas é filha de Gilbert Tew, funcionário do serviço colonial Britânico, e de Phyllis Tew. O nome de solteira de Douglas era Margaret Mary Tew. Passou a infância em Totnes, sul da Inglaterra. A área de pesquisa é a de antropologia social. Foi considerada uma seguidora de Émile Durkheim e uma proponente da análise estruturalista, com um grande interesse por religião comparada. Quando Douglas tinha 12 anos, sua mãe morreu. Desse modo, a antropóloga e sua irmã tiveram que ficar aos cuidados dos avós.[1] Margaret e a irmã foram educadas no colégio católico "Sagrado Coração de Roehampton", distrito a sudoeste de Londres. Entre 1939 e 1943 estudou Filosofia, Ciências Políticas e Economia em Oxford onde foi aluna do antropólogo Evans-Pritchard que exerceu uma grande influência intelectual sobre ela[2]. Durante a Segunda Guerra trabalhou em um serviço colonial mas retornando a Oxford em 1947, terminou os estudos em 1949 realizando um trabalho antropológico com os Lele, uma tribo africana que vivia na época no Congo Belga; isso a levou à vida da aldeia na região entre o rio Kasai e o rio Loange, onde os Lele viviam à beira do que anteriormente era o Reino Kuba. Por fim, uma guerra civil a impediu de continuar seu trabalho de campo, mas, no entanto, isso levou à primeira publicação de Douglas, The Lele of the Kasai, publicada em 1963.[3][4] No início dos anos 50, se casou com James Douglas e tiveram três filhos. Durante 25 anos, foi professora universitária do Colégio de Londres e depois lecionou nos Estados Unidos por mais 11 anos. Na obra aparecem os temas: análise de risco, economia, economia do consumo e bem-estar, comida e ritual. Muitos dos trabalhos foram tornados populares fora dos círculos antropológicos; o livro Pureza e Perigo se tornou célebre dentro da área. Nele, a antropóloga investiga as palavras e o significado da sujeira em diferentes contextos culturais, demonstrando que o que é considerado sujeira em uma dada sociedade é qualquer questão considerada fora de lugar. Por meio de uma leitura complexa e sofisticada de ritual, religião e estilo de vida, Douglas desafiou as ideias ocidentais de poluição, deixando claro como o contexto e a história social são essenciais. Após quatro anos de trabalho (1977-1981) como professora de Estudos Culturais no Instituto Russel Sage de Nova York; mudou para a Universidade Northwestern como professora de Humanidades, produzindo os vínculos entre Teologia e Antropologia. Nesta época, com ajuda do economista Baron Isherwood, publica O mundo dos bens que foi uma obra pioneira na antropologia econômica[5]. Logo em seguida, em 1982, em coautoria com Aaron Wildasvky, escreveu Risco e Cultura, livro no qual os autores utilizam a teoria do risco para explorar como e por quais motivos os grupos sociais ignoram alguns perigos, ao passo que identificam outros riscos que consideram necessitar algum tipo de mitigação[6]. Em 1989, foi eleita Fellow da British Academy. Em 1992, se tornou Comendadora da Ordem do Império Britânico (CBE). Em 2006, foi considerada, pela Lista de Homenagens da Rainha, Dama-Comendadora da Ordem do Império Britânico (DBE).[7] Em 2004, perde o marido e em 16 de maio de 2007 falece em Londres aos 86 anos, por complicações associadas a um câncer. EscritosEm inglês
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Referências
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