Marta de Astorga
Santa Marta de Astorga foi uma mártir cristã que viveu na cidade espanhola de Astorga, onde morreu c. 251. Desde 1741 que é a padroeira sua cidade natal, situada na província de Leão. Biografia e cultoSegundo a tradição, Marta nasceu na então cidade [Império Romano|romana] de Asturica Augusta, atualmente Astorga, e tinha laços familiares com os grupos cristãos que surgiram entre os legionários convertidos provenientes do Norte de África. O seu irmão era o legionário São Vidal, pai dos santos Justo e Pastor. Segundo as atas do seu martítio, durante o reinado do imperador romano Décio, foi denunciada como seguidora de Cristo e foi forçada a renegá-lo, o que se negou a fazer. O governador mandou então torturá-la, sendo açoitada com correstes e ganchos que lhe rasgaram a carne. Depois puseram-lhe sal nas feridas e encerraram-na num calabouço. O governador voltou depois a tentar convencê-la, prometendo casá-la com o seu filho, mas sem sucesso, pelo que foi executada com uma espada. O corpo foi arrastado para um local imundo, do qual foi recolhido por uma nobre matrona astorgana, que a colocou numa sepultura honrosa.[1] O culto a Santa Marta é atestado não só em Astorga, mas também noutros locais da diocese daquela cidade, como Camarzana de Tera ou Santa Marta de Tera, onde houve mosteiros a ela dedicados.[2] A sua festa é celebrada a 23 de fevereiro, dia em que a os membros do governo municipal de Astorga se reúnem à sua igreja paroquial para fazerem um oferenda e agradecer a sua proteção, mas os festejos populares têm lugar em finais de agosto, quando o tempo é mais favorável.[1] A iconografia da santa reduz-se praticamente a Astorga e mostra-a como uma rapariga segurando um livro e com a palma da mão de mártir. Por vezes mostra um livro aberto a duas crianças de tenra idade, que seriam os seus sobrinhos Justo e Pastor. A imagem que preside a sua igreja paroquial é da autoria de Lucas Gutiérrez e data do século XVII. Também se convervam duas pinturas do século XVI, de Gaspar de Palencia, em que são representados momentos da vida da santa.[2] Em 1685 chegou-se a um acordo sobre a declaração da santa como padroeira de Astorga, que foi ratificado em 1693, mas a formalização não se concretizou. Finalmente, por iniciativa do cónego Bartolomé de Loredo, que também promoveu a reconstrução da igreja paroquial, a declaração foi feita em 1 de julho de 1741.[1] Notas e referências
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