Marjorie Courtenay-Latimer
Marjorie Eileen Doris Courtenay-Latimer (24 de fevereiro de 1907 — 17 de maio de 2004) foi uma naturalista sul-africana que ficou conhecida pela descoberta do celacanto, em 1938, um peixe até então conhecido apenas por fósseis e que se pensava que tivesse sido extinto desde o Cretáceo, há 65 milhões anos.[3] BiografiaCourtenay-Latimer nasceu em East London, na África do Sul, filha de um chefe de estação da South African Railways. Nasceu prematura, de sete meses e passou por uma infância de doenças, quase morrendo por causa de uma difteria. Apesar da fragilidade, já desde pequena Marjorie gostava da vida ao ar livre.[4] Quando visitou a avó, no litoral, ficou fascinada pelo farol da Ilha Bird. Com 11 anos, expressou o desejo de se tornar uma especialista em pássaros.[2][1] Após a escola, ela foi treinada para ser enfermeira, em King William's Town, mas antes de terminar a formação, ficou sabendo de uma vaga recentemente aberta no Museu de East London. Sem ter recebido qualquer treinamento ou formação para a vaga, ela impressionou os entrevistadores com seu conhecimento sobre ciências naturais da África do Sul e foi contratada, aos 24 anos, em agosto de 1931.[2][1] Marjorie fez toda a sua carreira no museu, tendo se aposentado em 1973 para viver numa fazenda em Tsitsikamma, onde hoje fica o Parque Nacional Tsitsikamma, e escreveu um livro sobre flores, depois retornando para East London.[2][1] MorteNunca se casou devido à morte do amor de sua vida, por volta dos vinte anos.[4] Marjorie morreu em 17 de maio de 2004 de causa indeterminada, aos 97 anos, em East London.[3][2] A descoberta do celacantoEla ativamente trabalhou na coleta de rochas, penas, conchas e semelhantes, para seu museu, e expressou o desejo de ver espécimes incomuns conhecidos dos pescadores locais.[3][5] Em 22 de dezembro de 1938, ela recebeu um telefonema, dizendo que um peixe estranho tinha sido achado. Marjorie foi para as docas para inspecionar a captura do capitão Hendrik Goosen, da traineira Nerine.[2][1][6]
Marjorie então levou o peixe, de táxi, para o museu e passou a buscá-lo, sem sucesso, em vários livros.[5] Ansiosa para preservar o peixe e não tendo um laboratório no museu, ela se dirigiu ao necrotério da cidade, que se recusou a ajudá-la.[3] Então, ela contatou James Smith, ictiólogo amador e amigo que lecionava na Universidade Rhodes, em Grahamstown, para que a ajudasse a identificá-lo, mas ele estava viajando. Relutantemente, ela acabou enviando o peixe para um taxidermista para empalhá-lo.[2][1][6] Quando Smith, finalmente, chegou em 16 de fevereiro de 1939, ele instantaneamente reconheceu o celacanto. "Não havia sombra de dúvida", ele disse. "Era como se um dinossauro tivesse ganhando vida novamente na minha frente." Smith o nomeou como Latimeria chalumnae, em homenagem a Marjorie e ao Rio Chalumna, onde ele foi pescado.[2][6] Foram necessários mais 14 anos até que outro celacanto fosse encontrado.[1][2][3][6] Ver tambémReferências
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