Maria João Abreu
Maria João Gonçalves de Abreu Soares (Lisboa, 14 de abril de 1964 – Almada, 13 de maio de 2021) foi uma atriz portuguesa.[1] BiografiaEra filha de João António de Almeida de Abreu, que faleceu de cancro do pulmão e de COVID-19 a 23 de novembro de 2020, e de sua mulher, Maria Cândida Enes Gonçalves.[3] Maria João Abreu era casada com o músico João Soares desde setembro de 2012.[4] Entre 1985 e 2008 foi casada com o ator José Raposo, com quem teve dois filhos, Miguel Raposo e Ricardo Raposo.[5] No dia 30 de abril de 2021, foi hospitalizada de urgência no Hospital Garcia de Orta, em Almada, na sequência da rutura de um aneurisma cerebral, tendo desmaiado durante as gravações da novela A Serra, depois de apresentar falhas no raciocínio e mal-estar.[6] Veio a falecer a 13 de maio de 2021, aos 57 anos de idade.[7][8] As cerimónias fúnebres da atriz realizaram-se a 15 de maio, na Igreja de São João de Deus, em Lisboa, sendo cremada no Cemitério do Alto de São João.[9] A atriz é considerada uma das mais talentosas e acarinhadas do país. Reações à sua morteNuma nota publicada no site da Presidência da República, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa disse:[10]
Além do Presidente da República Portuguesa, várias figuras públicas e o público em geral, homenagearam a atriz, enaltecendo a sua importância para a cultura portuguesa. CarreiraEstreou-se como atriz profissional em 1983, no musical Annie de Thomas Meehan, dirigida por Armando Cortez, no Teatro Maria Matos. Seguiram-se vários espetáculos de revista no Parque Mayer, até participar, na Casa da Comédia, em O Último dos Marialvas, de Neil Simon, peça que a reconhece como atriz de comédia. Depois de várias revistas no Teatro Maria Matos, passa pelo Teatro Aberto, colaborando com João Lourenço (As Presidentes, de Werner Schawb) e José Carretas (Coelho Coelho, de Celine Serreau) no Teatro Aberto. Participa ainda em Bolero, um espetáculo de Manuel Cintra e José Carretas para o CCB. Em 1998, funda, com José Raposo, a produtora Toca dos Raposos, que empresariou sucessos como a revista Ó Troilaré, Ó Troilará ou o musical Mulheres ao Poder, uma adaptação de Lisíastra, de Aristófanes. Em 2004, coprotagonizou A Rainha do Ferro Velho, de Garson Kanin, encenado por Filipe La Féria, no Teatro Politeama. Em 2012, protagonizou a peça O Libertino, encenada por José Fonseca e Costa, no Teatro da Trindade, em Lisboa, contracenando com José Raposo, Custódia Gallego e Filomena Cautela. No programa Quem É Que Tu Pensas Que És?, emitido pela RTP1 em 5 de fevereiro de 2013, ficou apurado que, pelo ramo da sua avó paterna, era descendente de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, por via de um filho destes, o Infante D. João. Lá No cinema, participou em filmes como A Falha, de João Mário Grilo (2001), António, Um Rapaz de Lisboa, de Jorge Silva Melo (1999), e Telefona-me!, de Frederico Corado (2000), sendo Lá Fora, de Fernando Lopes (2004), Call Girl, de António-Pedro Vasconcelos (2007), e Florbela, de Vicente Alves do Ó (2012), Cartas da Guerra (2016). Em televisão participou em diversas novelas e séries como, Médico de Família, Feitiço de Amor, Morangos com Açúcar, Os Nossos Dias, Mar Salgado, Amor Maior, Paixão, Golpe de Sorte ou A Serra (último projeto da atriz em televisão). Em 2019, protagonizou a série da SIC, líder absoluta de audiências Golpe de Sorte, interpretando Maria do Céu Garcia, uma vendedora de fruta que de um momento para o outro ganha o Euromilhões.[11] No mesmo canal, fez o seu último trabalho, a novela A Serra, onde se sentiu mal durante as gravações, devido ao aneurisma cerebral que causou a sua morte.[12] A atriz estava continuamente no canal desde 2014, mas antes fez outros projetos de grande destaque na estação, como é o caso de Médico de família (1997). Televisão
Teatro
Ligações externasReferências
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