Margarida da Borgonha
Margarida da Borgonha (em francês: Marguerite de Bourgogne; 1290 – Château-Gaillard, 30 de abril de 1315) foi rainha consorte de Navarra desde 1305, e de França, desde 1314 e até à sua morte, através do seu casamento com o rei Luís X de França.[1][2] BiografiaMargarida nasceu no seio da família ducal da Borgonha, filha do duque Roberto II e da princesa Inês de França, filha do rei São Luís IX da França. Casou-se com o primo Luís, rei de Navarra e herdeiro da coroa francesa a 23 de setembro de 1305 em Vernon, na Alta Normandia. Desta união nasceu uma filha, Joana, a 28 de janeiro de 1312,[3] que herdaria o reino de Navarra apenas em 1328, aquando do acordo do seu esposo Filipe d'Évreux com o rei Filipe VI de França. Em 1314, no último ano do reinado do seu sogro Filipe o Belo, foi acusada de adultério com Filipe de Aunay, juntamente com a cunhada Branca (com Gautério de Aunay), no chamado caso da Torre de Nesle. Julgados e condenados por crime de lesa-majestade, a 19 de abril os irmãos Aunay foram supliciados e executados em praça pública em Pontoise. As duas princesas tiveram os seus cabelos rapados, um humilhante desfiguramento e marca física do seu crime de adultério. Vestidas de preto, foram conduzidas em uma carruagem coberta de panos negros a Château-Gaillard, em Les Andelys, onde Branca ficou aprisionada durante sete anos, numa cave da fortaleza. Com a morte de Filipe IV ainda no mesmo ano, e a subida do seu esposo Luís X ao trono da França, Margarida, ocupando um quarto aberto aos ventos no topo da torre, foi encontrada morta a 30 de abril de 1315. Segundo algumas versões terá sido estrangulada a ordens do seu marido, que pretendia voltar a casar-se e a produzir um herdeiro varão, mas as condições do seu encarceramento já eram propícias a uma morte prematura. Uma outra história, que atualmente é vista como uma lenda ou apenas uma teoria não provada, apesar de haver registros escritos que a apoiem, conta que Margarida não morreu em Château-Gaillard mas teria sido escondida no castelo de Couches, na Borgonha. É de se levar em conta que a princesa fazia parte de uma família poderosa e que, para bem das relações da monarquia francesa, talvez fosse possível ter ocorrido um acordo. Deste modo teria morrido em 1333 e não em 1315. Representações na cultura
Referências
Ligações externas
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