Margarida Kendall
Margarida Kendall é uma pintora portuguesa [1] Frequentou, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o Curso de História e Filosofia. Em 1974 diplomou-se na Corcoran School of Art e em 1982, na Universidade Católica da América. Saiu de Portugal em 1959. Tem como símbolos recorrentes, nas suas obras, as aves, os barcos, as pontes, que "podem ser considerados como veículos de transformação ou de transporte, do conhecido para o desconhecido, de um estádio da realidade para outro"[2]. A repetida personificação de seres zoomórficos, "representa uma sátira à vida contemporânea"[3] O seu trabalho conta com um toque de ocultismo, alegorias, mitologia, metafísica, religião, filosofia, surrealismo e o irracional.
Certos aspetos da Freira Portuguesa lembram o verdadeiro surrealismo do anos 20: uma mulher com feições de pássaro, caminha sobre as águas, balançando a cabeça de um pássaro real que segura na ponta de um pau. Tal como no encontro fortuito de uma máquina de costura com um chapéu de chuva na mesa de operações dos Cantos de Maldoror de Isadora Ducasse (Conde de Lautréamont), a estranha justaposição de objetos incongruentes, transforma o nível da realidade em suprarrealidade ou surrealidade. O estranho equilíbrio entre o real e o irreal é porém conseguido através do barco distante que ao longe mal se vislumbra.
- Reiner, Anita; Fundação Calouste-Gulbenkian, 1984 - Margarida Kendall, Lisboa: Novotipo 750ex.
Em 1986 foi professora assistente na Studio Art, em Towson State University. Nesse mesmo ano foi seleccionada para o painel em ‘Words in Painting Colloquium”, com o escritor Michel Butor e o artista Mendi Qotbi, George Mason University. Mais tarde, em 1993 foi professora assistente na Studio Art, na George Mason University, Studio Art, passando depois a ser professora na George Mason University, Studio Art, entre 1994 (ano em que foi selecionada, em março, também para o painel "Finding your Voice", em National Museum of Women in the Arts, em Washington, D.C.) a 2000. Em 2003 foi seleccionada para o Juri do “Tarwick Prize: Bethesda Comtemporary Art Awards”. Exposições
Prémios
Coleções Públicas e ParticularesThe Tullman Collection, Chicago, Ill Museum of Contemporary Art, Lisbon, Portugal Fundação Callouste Gulbenkian, Centro de Arte Moderna, Lisboa, Portugal Foi cedido à Galeria de São Mamede, em Lisboa, uma pintura de Margarida Kendall, “Óleos Recentes de Margarida Kendall”[1] Referências PublicadasPaul Feinberg, “The Me I See”, Washingtonian Magazine, Janeiro, p.62 (2000) Antonio Oliveira, ‘Margarida Kendall”, Mimdo Portugues, Janeiro, (2000) Lisa Brotman. “Margarida Kendall: Recent Works”, Washington Review Janeiro, p.19 (1999) Ferdinand Protzman, “Body Language”, The Washington Post. 12 Fevereiro, p.E7 (1998) S.A. Jones, “Topos”, at Emerson Gallery, McLean Project for the Arts”, KOAN, Outubro (1996) Barahona Possolo, "Uma Pintura do Estranhamento”, (lisboa, Portugal), Novembro, pp. 23-28 (1995) Lee Fleming, “Gallery K’s Familiar New Faces”,The Washington Post, 9 Abril, p.B2 (1994) Lee Fleming, “Margarida Kendall’s Deep Friezes”, The Washington Post.5 Fevereiro, p. G2 (1994) Lee Fleming, “Hero”, Fondo del Sol Gallery, The Washington Post, 10 Abril p.C2 (1993) Jo Ann Lewis “Open Studio Abloom with An”, The Washington Post, 20 Setembro, p.H2 (1986) “Fantasy Portraits”, The Washington Post Magazine.(cover article) illus., Dezembro (1985) Benjamin Forgey, Portrait of D.C.’s Art Scene”, The Washington Post, 22 Junho, p.C2 (1985) Fernando de Azevedo, “Margarida Kendall”, Colóquio (Lisboa, Portugal), Setembro, Vol., 62, p.68, illus. (1984) Mário de Oliveira, “Margarida Kendall”, 0 Pais, (Lisbon, Portugal), 24 Maio, p.11,ilius. (1984) Jo Ann Lewis, “Margarida Kendall at Osuna”. The Washington Post, 27 Janeiro (1983) Jo Ann Lewis, “Carving Their Niche”, The Washington Post, 7 Junho, p. B3 (1981) Lee Fleming, “Metarealities”, The New Art Examiner, Abril (1981) Paul Richard, “Metarealities:Pretty Perversion and Bureaucrat Brush Work”, The Washington Post 13 Março, p. D12 (1981) Benjamin Forgey, ‘Two Fine Ideas Govern Show of District Artists”, The Washington Star, 30 Setembro, p. G2 (1979) Meryle Secrest, “Galleries”, The Washington Post, July 5 (1975) Jo Ann Lewis, ‘The Women Get It Together”, Washington Star News. May, p. B1 (1974) BibliografiaMargarida Kendall, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa: Novotipo, 1984 http://www.saomamede.com/artista.php?id_artista=117 http://www.artnet.com/artists/margarida-kendall/biography http://www.thefrasergallery.com/1999.html http://exhibitions.globalfundforwomen.org/exhibitions/women-world#slide24 http://www.lisabrotman.com/2012/04/30/the-constant-artist/
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