Obteve seu mestrado em História no ano de 1984, pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com trabalho intitulado Sem fé, sem lei, sem rei: liberalismo e experiência anarquista na República sendo orientada por Edgar Salvadori De Decca.[5] No ano de 1990, recebeu seu doutoramento pela Unicamp e também orientado por De Decca, intitulado Os prazeres da noite: prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo (1890-1930).[6]
Possui dois pós-doutorados, o primeiro em 1999 e o segundo em 2003, ambos sendo conquistados pela UNICAMP.[7]
Já em 1986 seu trabalho Do Cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar recebeu do crítico Sérgio Amad Costa, de O Estado de S.Paulo uma análise onde reporta a originalidade e abrangência da pesquisa, em que conclui: "trata-se de perquirição que merece ser lida".[19] Já o periódico feminista Mulherio registrou que "a historiadora aponta para uma vasta empresa moralizadora, tendente a domesticar o operariado" e revela a "redefinição da família" com a construção de "um novo modelo de mulher".[20]
O texto Trabalho feminino e sexualidade de Margareth Rago foi incluído em História das Mulheres no Brasil,[21] organizado pela professora Mary Del Priore. O livro foi premiado com o Prêmio Jabuti em 1998 na categoria Ciências Humanas.[22]
Em 2002 Rago, junto a Luiz B. Lacerda Orlandi e Alfredo Veiga Neto, organizou o Imagens de Foucault e Deleuze - ressonâncias nietzschianas, uma obra que reúne os textos produzidos no final do ano 2000 em colóquio realizado na Unicamp.[26] No mesmo ano mediou no Rio de Janeiro o ciclo de debates A política da palavra com a participação de personalidades como Tom Zé, Carlos Heitor Cony, Ferreira Gullar e outros.[27]
Em 2006, junto a Alfredo Veiga Neto, organizou a coletânea Figuras de Foucault sobre Michel Foucault, ano em que o pensador completaria oitenta anos.[28]
Participação em programas televisivos
Margareth Rago participou do programa Roda Viva sendo uma das entrevistadoras da bancada no programa de Gabriela Leite no ano de 2009.[29][30]
No ano de 2016, participou do programa Café Filosófico da TV Cultura, que teve como tema Da insubmissão feminista na atualidade.[31]
Obras
Escreveu livros e artigos como Epistemologia Feminista, Gênero e História e Adeus ao Feminismo.[32][33]
Dentre os livros da autora estão:
Do Cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar – Brasil, 1890-1930 (Paz e Terra, 1985);[34]
Os Prazeres da Noite: prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo, 1890-1930 (Paz e Terra, 1991);[35]
Narrar o passado, repensar a história (Em conjunto com Renato Aloizio de Oliveira Gimenes) (Editora da Unicamp, 2000);[36]
Foucault, a história e o anarquismo (Achiamé, 2004);[37]
↑ ab Rago, Margareth (1998) Epistemologia Feminista, Gênero e História. In. Pedro, Joana; Grossi, Miriam (orgs.)- Masculino, Feminino, Plural. Florianópolis: Ed.Mulheres. p.3
↑Sérgio Amad Costa (23 de fevereiro de 1986). «Anarquistas no Brasil». O Estado de S. Paulo (297): 7. Consultado em 21 de fevereiro de 2021. Disponível no acervo digital da Biblioteca Nacional (Brasil)
↑«Livros e Revistas». Mulherio (23): 22. Consultado em 21 de fevereiro de 2021. Disponível no acervo digital da Biblioteca Nacional (Brasil)
↑Constância Lima Duarte; Dilma Castelo Branco Diniz (27 de maio de 2000). «"O patriarcado ainda não acabou"». Jornal do Brasil (49): 41 (3). Consultado em 21 de fevereiro de 2021. Disponível no acervo digital da Biblioteca Nacional (Brasil)
↑Cristiane Costa; Leneide Duarte (5 de agosto de 2000). «Mais Nietzsche in: Informe Ideias». Jornal do Brasil (119): 40 (2 do Caderno B). Consultado em 21 de fevereiro de 2021. Disponível no acervo digital da Biblioteca Nacional (Brasil)
↑K. Z. L. (17 de dezembro de 2002). «Livro mostra discussões sobre a identidade». Tribuna da Imprensa (16161): 2 (caderno Bis). Consultado em 21 de fevereiro de 2021. Disponível no acervo digital da Biblioteca Nacional (Brasil)
↑«A palavra no centro do debate». Jornal do Brasil (155): 34 (2 do Caderno B). 10 de setembro de 2002. Consultado em 21 de fevereiro de 2021. Disponível no acervo digital da Biblioteca Nacional (Brasil)
↑Wilson Martins (16 de dezembro de 2006). «Lançamentos». Jornal do Brasil (252): 69 (7). Consultado em 21 de fevereiro de 2021. Disponível no acervo digital da Biblioteca Nacional (Brasil)
↑Roda Viva - Gabriela Leite (em portuguẽs). Roda Viva. 25 de fevereiro de 2021. Em cena em 1:19.53. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)
↑ abRoberta Baessa Estimado; Thomáz Fortunato; João Filipe Araujo Cruz; Marcelo Caio Nussenzweig Hotimsky; Alexandre Duarte Bassani. «Entrevista: Margareth Rago». Revista Humanidades em Diálogo, vol. 7. Consultado em 12 de fevereiro de 2021