Manuel Villaverde Cabral
Manuel Villaverde Cabral GCL (Ponta Delgada, 1940) é um investigador e professor universitário português. BiografiaFilho de António Joaquim de Andrade Cabral (Lisboa, São Vicente de Fora, 10 de Junho de 1908 - ?), Engenheiro Agrónomo, e de sua mulher Teresa Villaverde Rovirosa (Tarragona, 6 de Janeiro de 1920 - ?), Espanhola. Vindo dos Açores para o Continente, matriculou-se em Arquitectura, na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1957, desistindo no ano seguinte. Iniciou a sua vida profissional como funcionário público, passando depois a exercer funções em editoras. Foi militante clandestino do Partido Comunista Português (PCP) e partiu para França em 1963, como exilado político. Em Paris foi empregado de livraria, tradutor, consultor e revisor de provas, à medida que retomou os estudos. Em 1968 licenciou-se em Letras Modernas, pela Universidade de Paris. Em França desvinculou-se do PCP, participou activamente no Maio de 68, publicou os Cadernos de Circunstância junto com outros exilados políticos e aproximou-se à extrema esquerda Italiana do grupo Potere Operaio. Após a Revolução dos Cravos, regressou a Portugal e iniciou uma carreira académica como Assistente do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. Em 1979 doutorou-se em História, na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales , com uma tese intitulada Le Portugal de 1890 à 1914: forces sociales, croissance économique et pouvoir politique. Terminou a sua carreira docente como Professor Associado do ISCTE-IUL, funções que acumulou com as de investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, a partir de 1982. Também no estrangeiro foi Investigador Visitante da Universidade de Oxford (Calouste Gulbenkian Portuguese Research Fellow, St. Antony’s College) (1976-1979); Professor Visitante da Universidade de Wisconsin (Madison, USA) (1986); Professor Visitante da École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris) (1981); Titular da Cátedra de História de Portugal da Universidade de Londres (King’s College) (1982-1995). Foi director da Biblioteca Nacional e, depois, Vice-Reitor da Universidade de Lisboa (1998-2002). Com João Carlos Espada e José Pacheco Pereira fundou o Clube da Esquerda Liberal, em 1984. Colabora regularmente com a imprensa, desde que se iniciou em Setembro de 1957 na página de cinema do Diário de Lisboa, tendo publicado em jornais como o Diário de Noticias, o Comércio do Porto e o Público, bem como revistas culturais tais como a Imagem, Gazeta Musical e de todas as Artes, Távola Redonda, Bandarra, Jornal de Letras, entre outros. Fundou a revista política Cadernos de Circunstância, publicada no exílio, colaborando ainda com a Risco e a Finisterra. Possui a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (2 de Outubro de 1998)[1] e as Palmes Académiques (França). Desde 2011, é sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa (7.ª Secção - Ciências Sociais e Políticas).[2] Casou primeira vez com Maria José Saraiva Palla e Carmo, filha de Victor Palla e de sua primeira mulher Zulcides Saraiva, da qual teve uma filha, Bárbara Palla Cabral (Paris, 13 de Agosto de 1965), solteira e sem geração. Casou segunda vez com Sylvine Bernadette Schmitt, de ascendência Alemã, da qual teve dois filhos, Nicolau Schmitt Cabral (Lisboa, 21 de Abril de 1976) e Tomás Schmitt Cabral (Lisboa, 12 de Fevereiro de 1980). Casou terceira vez com Filomena Maria de Carvalho Serra, filha de José João de Oliveira Serra (7 de Março de 1923 - ?) e de sua mulher Maria Ângela Fróis de Carvalho, sem geração. Livros (como autor)
Outras Publicações
Referências
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