Manuel Nunes Gabriel
Manuel Nunes Gabriel (Fundada, 20 de dezembro de 1912 — Portalegre, 20 de outubro de 1996) foi um prelado católico português, arcebispo de Luanda. BiografiaNunes Gabriel frequentou o seminário de Cucujães, tendo chegado a Luanda em 1933, clérigo minorista, com o curso do seminário completo.[1] Foi ordenado padre na Sé Catedral de Luanda em 7 de julho de 1935.[1][2][3] Trabalhou na Cúria arquidiocesana e desempenhou o cargo de reitor do Seminário de Luanda até 5 de dezembro de 1957, data em que foi nomeado bispo da recém erigida Diocese de Malanje pelo Papa Pio XII.[1] O núncio apostólico de Portugal, Fernando Cento, concedeu-lhe a ordenação episcopal em 21 de dezembro de 1957 na Catedral de Luanda, tendo como co-sagrantes a Moisés Alves de Pinho, C.S.Sp., arcebispo de Luanda, e Daniel Gomes Junqueira, C.S.Sp., bispo de Nova Lisboa.[2][3] Em 13 de fevereiro de 1962, o Papa João XXIII o nomeou como arcebispo-coadjutor de Luanda, com a sé titular de Metímna.[2] Entre 1962 e 1965 participou da primeira e da última sessão do Concílio Vaticano II.[2] Após a renúncia por idade de Moisés Alves de Pinho, em 17 de novembro de 1966, Nunes Gabriel o sucedeu como arcebispo no mesmo dia.[2][3] Foi, também, administrador apostólico da Diocese de São Tomé desde 1966 até 1980. Durante a sua prelazia, alcançou-se o clímax dos esforços de independência de Angola contra o domínio colonial português.[4] A Igreja Católica se opôs ao movimento de independência comunista MPLA, que se tornaria o partido mais importante do país após a independência. Em 19 de dezembro de 1975, um mês após a independência de Angola, Manuel Nunes Gabriel renunciou ao cargo.[1][2][3] Após alguns anos de trabalho na Diocese de Portalegre e Castelo Branco, em que se dedicou também à elaboração e publicação de obras de índole histórica sobre a Igreja em Angola. Regressou como simples missionário, desembarcando em Luanda em 1986 e servindo como capelão num dos hospitais da cidade.[1] Após alguns anos de trabalho em Luanda, especialmente com os doentes do hospital central, regressou a Portugal muito doente. Passou os últimos anos no Seminário de Portalegre e faleceu, em Portalegre, em 20 de outubro de 1996.[1] Em 30 de novembro de 2013, seus restos transladados foram sepultados na Catedral de Malanje, com missa celebrada pelo Arcebispo do Saurimo, José Manuel Imbamba e contando com a presença popular e de diversas autoridades.[5] ObrasNunes Gabriel deixou várias obras escritas, dentre as quais:[6]
Referências
Ligações externas
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