Moisés Alves de Pinho
Moisés Alves de Pinho, C.S.Sp. • GCC (Fiães, 17 de julho de 1883 — São Domingos de Rana, 26 de junho de 1980) foi um arcebispo da Igreja Católica português. Foi provincial da Congregação do Espírito Santo em Portugal, arcebispo de Luanda e bispo in persona episcopi de São Tomé e Príncipe. BiografiaEm 1899 deu entrada no antigo Seminário Missionário da Formiga (Ermesinde), onde concluiu os estudos preparatórios para, em seguida, ir para a França, para fazer o noviciado, em Chevilly, de 1904 a 1905, realizando a sua profissão na Congregação do Espírito Santo em 2 de outubro de 1905.[1][2][3] Neste mesmo ano foi enviado para Roma, a fim de cursar a Pontifícia Universidade Gregoriana, onde se formou em filosofia e em teologia.[1] Foi ordenado padre em 19 de dezembro de 1908,[4] na Basílica de São João de Latrão, em Roma, pelo cardeal-vigário Pietro Respighi.[1] Após a aprovação da Lei da Separação do Estado das Igrejas, durante a Primeira República Portuguesa, os bens das ordens religiosas foram expropriados.[2] Assim, em 1919, quando Sidónio Pais restabelece as relações portuguesas com a Santa Sé, as ordens religiosas puderam retomar suas atividades. Dessa forma, Moisés Alves de Pinho retorna da França e é feito provincial dos Espiritanos em Portugal.[2] Seu trabalho passa pela criação de comunidades de formação e seminários, como a Quinta do Charqueiro, a Quinta do Fraião e o Seminário Maior de Viana do Castelo.[3] Em 1930 foram ordenados em Viana do Castelo os primeiros sacerdotes desta nova fase da Congregação em Portugal.[3] Em 1931, criou a ordem das "Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus".[5] Após essa retomada das atividades dos Espiritanos, em 7 de abril de 1932 foi nomeado pelo Papa Pio XI como bispo de Angola e Congo, deixando o cargo de provincial. Em 17 de julho do mesmo ano, foi sagrado em Viana do Castelo pelo bispo Louis Le Hunsec, C.S.Sp., superior-geral dos Espiritanos, tendo como co-sagrantes Dom João Evangelista de Lima Vidal, arcebispo-bispo de Vila Real e Dom José Alves Correia da Silva, bispo de Leiria.[4] Partiu para Angola em 8 de outubro de 1932 e chegou a Luanda em 23 de outubro, tomando posse no dia seguinte. Na recepção compareceu o Governador Geral da Colônia Eduardo Ferreira Viana, as restantes autoridades civis e militares, todo o clero da cidade e muitos missionários do interior.[1] Em agosto de 1938, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, pelo presidente Óscar Carmona, em Luanda.[1] Com a elevação da Diocese de Angola e Congo para arquidiocese metropolitana, com o novo nome de Arquidiocese de Luanda, pela bula Sollemnibus Conventionibus do Papa Pio XII,[6] Dom Moisés Alves de Pinho torna-se arcebispo, em 4 de setembro de 1940.[4] Em 18 de janeiro de 1941, foi nomeado bispo in persona episcopi de São Tomé e Príncipe[4][7], exercendo sua prelazia em Luanda. Durante seu período na África, fundou o período católico "O Apostolado". Acabou por resignar-se de ambas dioceses em 17 de novembro de 1966, com 83 anos de idade, ao passo que foi nomeado arcebispo titular de Perdices[4] e retornou para Portugal.[1] Em 29 de janeiro de 1971, decide retornar a Luanda,[5] resignando de seu título arquiepiscopal.[4] Estando de férias em Portugal, faleceu em São Domingos de Rana, na Torre d'Aguilha, em 26 de junho de 1980[2], sendo enterrado em Fiães.[5] Em 20 de outubro de 1999, cumprindo o seu desejo, seus restos foram transladados para a Catedral de Luanda.[5] Referências
Bibliografia
Ligações externas
|