Madalena de Saboia
Madalena de Saboia-Tende (em francês: Madeleine; 1510 – 1586)[1] foi uma nobre e cortesã francesa. Ela foi duquesa de Montmorency como esposa do duque Ana de Montmorency, Marechal e Condestável da França. Também foi dama de companhia das rainhas Catarina de Médici, Maria da Escócia e Isabel da Áustria. FamíliaMadalena foi a primeira filha e segunda criança nascida de Renato de Saboia, governador de Nice e Provença, e de Ana Láscaris, condessa de Tende e Ventimiglia. Os seus avós paternos eram Filipe II, Duque de Saboia e sua amante, Liberia Porteneria. Os seus avós maternos eram João Antônio II de Lascaris, Conde de Tende e Ventimiglia e Senhor de Menton, e Isabel d'Anglure. Ela teve um irmão mais velho, Cláudio, grande senescal da Provença, que foi casado duas vezes, e três irmãos mais novos: Honorato II de Saboia, almirante da França, marido de Joana de Foix, viscondessa de Castillon, Isabel, esposa de Renato de Batarnay, barão de Bouchage, e Margarida, esposa de Antônio de Luxemburgo, conde de Brienne. BiografiaSob a influência da tia paterna, Luísa de Saboia, Duquesa de Nemours, Madalena se casou com Ana de Montmorency, em Saint-Germain-en-Laye. no dia 10 de janeiro de 1527, quando ela tinha por volta de 17 anos, e ele já tinha quase 34. Ana era filho de Guilherme de Montmorency e de Ana Pot. O casal teve doze filhos, cinco meninos e sete meninas. Com a união, Madalena recebeu os títulos de baronesa de Fère e Momberon do rei Francisco I.[2] Este grande casamento garantiu o poder à Casa de Saboia-Tende, por um lado, e por outro lado, ampliou de forma útil a riqueza e a rede do “império Montmorency”. Ana era uma figura política importante da França, um grande amigo do rei Francisco I, que ocupava os cargos de governador do Languedoc, condestável e marechal da França, duque com mais de 600 feudos, além de general e negociador dos Tratados de Cateau-Cambrésis. A fortuna dele incluía o Castelo de Chantilly e o Castelo d'Écouen.[2] Madalena, católica rígida e austera, era conhecida pelo seu ódio aos huguenotes. Embora ela não tenha desempenhado um papel político essencial, ela continuou sendo o eixo da maioria das operações familiares de seus irmãos.[2] A morte do rei Henrique II de França, em 1559, levou a um claro declínio do poder da família Montmorency diante da ascensão ao poder da família Guise, e aos crescentes conflitos entre católicos e pessoas reformadas.[2] Ainda em 1559, ela deixou de servir a agora rainha viúva Catarina de Médici, para servir a nova rainha, Maria da Escócia, esposa de Francisco II e filha de Maria de Guise. No ano seguinte, após a morte precoce do rei, ela voltou a servir Catarina. Em 1560, ela agiu como conciliadora quando o seu marido foi destituído do cargo de grão-mestre (grand maître), em favor dos Guises.[3] Após a morte do marido em 12 de novembro de 1567, a duquesa viúva se tornou a Primeira dama de honra da rainha Isabel da Áustria,[4] esposa de Carlos IX de França, posição que ocupou de 1570 a 1574. Madalena faleceu em 1586, com cerca 76 de anos de idade, e foi enterrada na Igreja Colegiada de Saint-Martin de Montmorency, na comuna de Montmorency, ao lado do marido.[5] As esculturas reclinadas que formam parte dos túmulos foram feitas entre 1582 e 1589 por Barthélemy Prieur. Durante a Revolução Francesa, o arqueólogo Alexandre Lenoir mandou desmontar as esculturas do mausoléu para transferi-las para o Museu dos Monumentos Franceses, em Paris. Hoje as jacentes encontram-se no Museu do Louvre.[6] Descendência
Galeria
Ascendência
Referências
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