Macaco Tião
Macaco Tião (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1963 — Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 1996) foi um chimpanzé do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro que era bastante querido pelas crianças e outros frequentadores do zoo.[1][2][3] Seu nome "Tião" era uma homenagem ao padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, São Sebastião.[1] Biografia
Já desde a década de 1980, era famoso por seu temperamento, considerado "mal-humorado", e pelo costume de atirar excrementos e lama em visitantes, especialmente em políticos, como por exemplo Marcello Alencar,[2] e também mostrar o pênis para as moças.[4] Júlio Coutinho, na época prefeito, teve terra lançada em seu rosto pelo Macaco Tião, e o vídeo, transmitido em rede nacional pelo Fantástico, teve a manchete "O prefeito do Rio, Júlio Coutinho, foi agredido hoje à tarde durante uma solenidade de inauguração" narrada por Sérgio Chapelin; o prefeito, ao ser indagado o motivo da agressão, respondeu à repórter Fernanda Esteves que talvez Tião não tenha gostado da reforma da jaula que o próprio prefeito tinha ido inaugurar no zoológico.[4] O Macaco Tião sempre foi motivo de grande atenção. Ele ocupava um recinto nobre no zoo, especialmente construído para ele.[1] Candidato a prefeitoO Macaco Tião tornou-se uma celebridade no Brasil, quando em 1988 foi lançada sua candidatura à Prefeitura do Rio de Janeiro pela revista humorística Casseta Popular, com apoio do deputado Fernando Gabeira (PV), como forma de voto de protesto.[1][5] O resultado foram 400 mil votos, o que colocaria Tião como o 3º mais bem-colocado nos resultados, caso sua candidatura fosse validada pelo Tribunal Regional Eleitoral.[5] Tal fato colocou-o no Guinness World Records como o chimpanzé a receber mais votos no mundo.[6][7] Isso foi possível, pois na época ainda não se usava urna eletrônica, e então os votantes podiam escrever qualquer coisa na cédula de papel.[1] Porém, a partir do pleito de 1996, a urna eletrônica passou a impedir que as pessoas votassem em Tião, pois ele não estava previamente cadastrado no sistema.[1] Um documentário sobre Tião foi lançado em 2017, abordando os bastidores da campanha política de 1988 no Rio.[8] MorteFamoso nacionalmente, vários jornais brasileiros e também o francês Le Monde registraram a notícia do falecimento do macaco,[1] em 23 de dezembro de 1996. Tião morreu de diabetes, aos 33 anos, tendo sido decretado luto oficial de 3 dias no município do Rio, bem como as bandeiras da Fundação RioZoo tendo sido hasteadas a meio-mastro.[1] Seus restos mortais foram levados para o Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro (CPRJ), que fica localizado na cidade de Guapimirim, onde seu esqueleto encontra-se preservado até os dias de hoje.[9] Ver tambémReferências
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