Máximo Planudes
Máximo Planudes (1260-1330) (em grego: Μάξιμος Πλανούδης; Nicomédia, Bitínia, ca. 1260 - Constantinopla, ca. 1330), foi humanista, erudito, monge, gramático, filólogo, teólogo e tradutor bizantino. Floresceu durante o reinado dos imperadores Miguel VIII (r. 1259–1282) e Andrônico II Paleólogo (r. 1282–1328). Passou a maior parte da sua vida em Constantinopla, onde dedicou-se como monge, estudando e ensinando. Ao entrar para o mosteiro em tenra idade, mudou seu nome original que era Manuel para Máximo. É mais conhecido como compilador da Antologia Grega. BiografiaPlanudes possuía um notável conhecimento de Latim numa época em que Roma e Itália eram vistos com certa hostilidade pelos gregos do Império Romano do Oriente. Para conseguir isso ele provavelmente chegou a esse posto por ter sido nomeado um dos embaixadores enviados pelo imperador Andrônico II em 1327 para protestar juntos aos venezianos pelo ataque feito por eles à colônia genovesa de Pera, perto de Constantinopla. Conquistas mais importantes foram realizadas por Planudes, especialmente no campo da tradução, consolidando o caminho para o renascimento do estudo do idioma e da literatura gregos na Europa Ocidental. Durante o reinado de Miguel VIII, ele apoiou a política imperial para união das igrejas grega e latina, mas mudou de opinião depois com a ascensão de Andrônico II, de quem ele se tornou íntimo. Em 1296, ele participou das negociações para reunificação com os representantes da Igreja Armênia. Dentre seus discípulos encontra-se o professor e humanista Manuel Moscópulo (1265-1316)[1] e Demétrio Triclínio (1280-1340),[2] além de Jean Zaridès, a quem ele endereçou diversas cartas, e a princesa erudita Teodora Raulena,[3] parente próxima do imperador Andrônico II Paleólogo. Ele foi o autor de inúmeros trabalhos, incluindo uma gramática de grego na forma de perguntas e respostas, como a Erotemata de Manuel Moscópulo,[1] com um apêndice sobre o então chamado verso político;[4] um tratado sobre a sintaxe; uma biografia de Esopo além de uma versão em prosa das Fábulas; um escólio sobre certos autores gregos; dois poemas hexâmetros, uma eulógia de Cláudio Ptolomeu - cuja Geografia foi redescoberta por Planudes, que a traduziu para o Latim - sendo o outro um relato sobre a rápida transformação de um boi em um camundongo; um tratado sobre o método de calcular usado entre os indianos (editado por C. J. Gerhardt, Halle, 1865); e um escólio para os dois primeiros livros da Aritmética de Diofanto. Suas inúmeras traduções do latim incluem Somnium Scipionis (O Sonho de Cipião) de Cícero com comentários de Macróbio; as Guerras Gálicas de Júlio César; As Heroínas (Epistulae Heroidum) e Metamorfose de Ovídio; A Consolação da Filosofia (De consolatione philosophiae) de Boécio; e De trinitate de Santo Agostinho. Estas traduções foram úteis não apenas para os helenófonos,[5] mas eram também amplamente usadas tanto na Europa Ocidental como em compêndios para estudos do grego. É, no entanto, graças à edição da Antologia Grega que ele é mais conhecido. A edição da Antologia de Planudes é mais curta que os textos da Antologia Palatina de Heidelberg, e lhe é aritmeticamente superior, mas contém 380 epigramas que ela não traz, normalmente publicada com as outras, ou como décimo sexto livro ou como apêndice. John William Mackail (1859-1945),[6] em sua obra, Epigramas Selecionados da Antologia Grega, faz referência a Máximo Planudes:
Obras
Escritos gramaticais
Referências
Ver tambémLista de humanistas do Renascimento Notas
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