Luís Vicente
Luís Vicente (Setúbal, 1953) é um actor e encenador português. Ficou conhecido do grande público na década de 1980 ao interpretar a personagem Átila na série televisiva Duarte e Companhia. Em 1997, Luís Vicente, actor com reconhecidos créditos artísticos e também com experiência nos domínios da formação, da produção e da gestão teatral, integra a estrutura da ACTA. BiografiaTendo abandonado os estudos em Engenharia Mecânica e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian frequenta seminários e workshops de Expressão Dramática, nomeadamente com Carlos Wallenstein, Luís de Lima, Eva Winkler, Águeda Sena e Jorge Reys. Estagia com Catherine Dasté e colabora com a Cooperativa Luso-Brasileira de Teatro, dirigida por Augusto Boal, e com o Colectivo Teatral Os Faz-Tudo, dirigido por Fernando Loureiro. Com este actor e pedagogo, e a instâncias da UNESCO, será co-autor de um programa de formação de animadores sócio-teatrais para a República de Angola. Ingressou na Companhia de Teatro de Almada onde permaneceu vários anos trabalhando, entre outros, com os encenadores Fernando Gusmão, Joaquim Benite, Rogério de Carvalho e Marie Pierre Fernandes, exercendo além de funções de actor, também funções de director de produção, director de cena e de formador nas áreas da Interpretação e da Produção e Gestão Teatral[1]. Com esta Companhia realizou digressões por Espanha, França e Polónia. Animou ainda vários grupos teatrais e exerceu docência no ensino privado e público. Foi produtor-executivo do Festival de Almada entre a I e a VII edições, e responsável pelo Gabinete de Imprensa do mesmo Festival da XI à XIII edições. Ingressou no Teatro Experimental de Cascais, onde trabalhou sob a direcção de Carlos Avilez. Também sob a direcção deste encenador trabalhará no ACARTE; sob a direcção de Bibi Ferreira no Teatro do Casino Estoril e sob a direcção de Águeda Sena no Teatro da Trindade. Em 1992 retorna à Companhia de Almada onde permanecerá até 1996, integrando elencos de espectáculos dirigidos por Joaquim Benite, Victor Gonçalves e Jorge Listopad. No teatro participou, até à data, em mais de 50 peças de grandes autores da dramaturgia mundial, como Brecht, Strindberg, Jean Genet, Shakespeare, Albert Camus, Marguerite Duras, Gombrowikz, Edward Albee, Bulgakov, Feydeau, Molière, e também de incontornáveis autores nacionais como Romeu Correia, Virgílio Martinho, Natália Correia, Norberto Ávila, José Saramago, na maioria das quais como actor-protagonista e nalguns casos também como encenador. Tem uma longa carreira como actor de cinema[2] e televisão, tendo ficado particularmente conhecido pela sua participação na série "Duarte & Companhia" no final dos anos 80. Em 1997, a convite do professor e pedagogo José Louro[3], integrou o núcleo fundador da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, da qual é director de produção desde o início de actividade da Companhia e director artístico desde finais de 1999. No ano de 2009 foié protagonista de uma peça de Teatro para televisão, A Farsa do Doutor Finório, onde interpreta o advogado Finório, numa encenação de José Martins, integrada no ciclo da RTP 1 - Teatro em Casa.
- "O Tio Simplício" , de Almeida Garrett - "A Ilha dos Amores" de Marivaux - "Bocage" de Romeu Correia - "Nascimento, Ascenção e Glória …" , texto colectivo - "Parto , Pari , Parti" , de Luis Vicente - "Queda d’um Anjo", de Camilo Castelo Branco - "A Excepção e a Regra", de Bertolt Brecht - "1383", de Virgílio Martinho - "Tempos Difíceis", de Romeu Correia - "Anastas", de Joan Benet - "Réus e Juizes", de Gil Vicente / António José da Silva - "Os Retratos", de Júlio Maurício - "Zoo Story", de Edward Albee - "O Capote", de N. Gogol / George Sonier - "Menina Júlia", de A. Strindberg - "Afonso VI", de Fonseca Lobo 1988 - "O Balcão", de Jean Genet 1988 - "Opereta", de Gombroswikz 1988 - "D. João", de Norberto Ávila 1988 - "O Pato", de Feydau 1988 - "Erros Meus…", de Natália Correia 1988/89 - "Piaf", de Pam Gens 1989 - "Marco Milhão", de Eugene O’Neill 1989/90 - "Auto da Índia", de Gil Vicente 1990 - "Marido Ausente", de Norberto Ávila / Real. T.V. H. Peyroteu 1991 - "As Suplicantes", de Fonseca Lobo 1991 - "Mozart e Salieri", de Pushkin 1991 - "Dias Inteiros na Árvores", de Marguerite Duras 1992 - "La Musica II", de Marguerite Duras 1993 - "Othelo", de W. Shakespeare 1993 - "Degraus", de Prista Monteiro 1993 - O Valente Soldado Schewaik", de Hasek 1993 - "Moliére", de M. Bulgakov 1994 - "Filopopolus", de Virgílio Martinho 1995 - "Razões e Corações", de Gil Vicente 1996 - "Calígula", de Albert Camus 1997 - "Jeremias", de Luis Vicente 1998 - "Palatravi Malac Mic", de P. A Grisolli 1998 - "Rapsódia Vicentina", textos de Gil Vicente 1999 - "As Tranquilas Aventuras do Diálogo", de Teresa Rita Lopes 1999 - "Não Está ! Ou a Saga do Director Geral", de Tchekov, R. Brandão, Almada, Luís Vicente 2000 - "Linda Inês", de Armando Martins Janeira
1985 - Prémio Revelação da Crítica 1995 - Leão de Bronze (Cannes) 1995 - Medalha de Ouro do Festival de Nova York 1995 - Troféu Eurobest 1999 - Jack Petchey Inovação — Cultura 2000 - Primus Inter Pares — (Linda Inês)
1983 - Parto, Pari, Parti - Poesia E.A. (esgotado) 1985 - Lugares Comuns - Poesia E.A. (esgotado) 1997 - O Filme de Bren - Romance Pub. Europa-América Actualmente é Director Artístico e de Produção da ACTA - Companhia de Teatro do Algarve. Referências
Bibliografia
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