Luís Archer
Luís Jorge Peixoto Archer, S.J. GCSE (Porto, Nevogilde, 5 de maio de 1926 — Lisboa, 8 de outubro de 2011) foi um padre jesuíta e cientista português.[1][2][3] FamíliaFilho de Luís Jorge Peixoto Archer e de sua mulher Cândida Fernandes Jorge Guimarães (Coimbra, Figueira da Foz, baptizada a 22 de agosto de 1891). BiografiaLuís Archer concluiu os estudos liceais no "Liceu Rodrigues de Freitas" e estudou piano no Conservatório de Música do Porto entre 1936 e 1945.[3] Terminou a licenciatura em Ciências Biológicas na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto no ano de 1947 com a média final de 18 valores, pelo que ganhou o prémio, atribuído pelo Rotary Club, de melhor estudante dessa Faculdade.[3][4] No dia 7 de Dezembro de 1947, e depois de já ter sido contratado como Assistente Extraordinário por Américo Pires de Lima, entrou no Noviciado da Companhia de Jesus, em Guimarães (onde estudou humanidades durante dois anos).[5] Nos anos seguintes estudou filosofia (1951-1954) na Faculdade Pontifícia de Braga (atualmente Universidade Católica Portuguesa) e teologia (1956-1959) na Alemanha, em Frankfurt am Main,[4] onde foi ordenado sacerdote no dia 31 de Julho de 1959. No ano de 1964 começou a estudar bioquímica e genética na Universidade de Georgetown nos Estados Unidos, onde fez o doutoramento em genética molecular em 1967.[3][2] A partir de 1968 Archer introduziu em Portugal a investigação em genética molecular, tendo fundado os laboratórios de Genética Molecular do Instituto Gulbenkian de Ciência e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Durante vinte anos trabalhou no Instituto Gulbenkian de Ciência[3] e foi professor catedrático de Genética Molecular na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa de 1979 a 1996.[4] Foi director da série de Ciências Naturais da revista Brotéria entre 1962 e 1979. Entre 1980 e 2002 dirigiu a Brotéria-Genética, instituída em 1980 como órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Genética, de que foi presidente entre 1978 e 1981. No final dos anos setenta, e sem que abandonasse a sua actividade científica, Luís Archer começou a dirigir os seus interesses intelectuais para a Bioética, área em que desempenharia um papel pioneiro em Portugal. A sua obra concentrou-se em três grandes áreas: a reprodução humana artificial; a terapia génica; e o conhecimento do genoma humano e suas implicações éticas. A 26 de Abril de 1991 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[6] Em homenagem a Luís Archer, a Sociedade Portuguesa de Genética criou o Prémio Prof. Doutor Luís Archer. Morreu aos 85 anos, após ter sido transportado para o Hospital de Santa Maria em Lisboa, devido a uma indisposição.[7] Cargos
Prémios e distinções
Obras
Ver também
Referências
Ligações externas
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