Loris Francesco Capovilla
Loris Francesco Capovilla (Pontelongo, 14 de outubro de 1915 - Bérgamo, 26 de maio de 2016)[1] foi um cardeal-presbítero italiano, foi arcebispo-prelado emérito de Loreto. Biografia e formaçãoDom Loris nasceu na comuna de Pontelongo, na província italiana de Pádua. Seus pais foram Rodolfo Capovilla e Letizia Callegaro e tinha uma irmã, chamada Lia. Seu pai faleceu em 1922, fazendo com que sua mãe e as duas crianças passassem por um período de muitas dificuldades e andanças até se instalarem finalmente na cidade veneziana de Mestre, em 1929, quando Loris ingressou no Patriarchal Seminary of Venice.[1] SacerdócioFoi ordenado padre em 23 de maio de 1940, pelo Cardeal Adeodato Giovanni Piazza, Patriarca de Veneza entre 1936 e 1948. Incardinado[2] no patriarcado de Veneza, exerceu diversas atividades na Paróquia de San Zaccaria e na cúria patriarcal, onde foi mestre do cerimonial na Basílica de São Marcos. Também foi catequista em escolas de ensino médio, capelão no Seminário Olarmo[3] e exerceu ministério como capelão em uma casa de detenção de menores. Foi ainda capelão em um hospital de doenças contagiosas e capelão militar durante a Segunda Guerra Mundial. Entre 1945 e 1953, apresentou um programa religioso dominical na Rádio Veneza. Em 1949, foi nomeado diretor do semanário diocesano La Voce di San Marco e redator da página veneziana de Avvenire d'Italia, um jornal dos bispos italianos.[1] Teve sua habilitação como jornalista registrada em 1950.[4] Entre 15 de março de 1953 e 3 de junho de 1958, foi secretário do então Patriarca de Veneza, cardeal Angelo Giuseppe Roncalli, que seria eleito Papa João XXIII em outubro de 1958. Após a eleição de Roncalli, Capovilla continuou como Prelado Doméstico de Sua Santidade em Roma, até a morte do pontífice, em 3 de junho de 1963, tendo participando também do Concílio Vaticano II.[1] EpiscopadoO sucessor de João XXIII, o Papa Paulo VI o elevou à dignidade arquiepiscopal, com sé na arquidiocese de Chieti[5] em 26 de junho de 1967, consagrando-o em 16 de julho.[6] A sua consagração foi assistida por Augusto Gianfranceschi, bispo da Diocese de Cesena-Sarsina,[7] por Jacques-Paul Martin, bispo-titular da sé de Neápolis na Palestina,[8] pelo Secretário de estado do Vaticano, Amleto Giovanni Cicognani e pelo Colégio de Cardeais da Basílica patriarcal do Vaticano. O lema episcopal escolhido por Dom Loris foi Oboedientia et Pax (Obediência e Paz), mesmo lema do Papa João XXIII. Em 25 de setembro de 1971, foi transferido para a Prelazia de Loreto,[9] recebendo a Sé Titular de Mesembria (a mesma do arcebispo Roncalli em 1934).[10] Renunciou aos cargos em 10 de dezembro de 1988, fixando residência em Sotto il Monte, Bérgamo, a cidade natal do Papa João XXIII.[1] CardinalatoEm 12 de janeiro de 2014, foi anunciada a nomeação de Dom Loris Capovilla como cardeal-presbítero, investidura que foi formalizada simbolicamente (já que ele não estava presente na cerimônia) no primeiro consistório ordinário do Papa Francisco, em 22 de fevereiro de 2014.[11][1] Foi-lhe atribuído o título de cardeal-presbítero de Santa Maria além do Tibre. Dom Loris não esteve presente no consistório, devido à idade avançada e condições de saúde. Em 1 de março de 2014, o cardeal decano do Colégio dos cardeais, Angelo Sodano foi enviado pelo Papa a Sotto il Monte, para a cerimônia de posse de Dom Loris como cardeal. Na cerimônia era presente também Dom Francesco Beschi, bispo de Bérgamo. Dom Loris leu o discurso sem o uso de óculos, apesar de seus 98 anos. Em seguida o Cardeal Sodano colocou o barrete e o anel cardinalícios, entregando o pergaminho com a nomeação, assinado pelo Papa.[12] Foi o membro mais idoso do colégio dos cardeais, com cem anos completados em 14 de outubro de 2015.[13] Capovilla faleceu no dia 26 de maio de 2016 em uma clínica em Bérgamo.[14] Referências
Ligações externas
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