Lofepramina
A lofepramina é um fármaco antidepressivo tricíclico (TCA) da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina usado para tratar a depressão.[1][2][3] Os TCAs são nomeados assim pois compartilham a propriedade comum de ter três anéis em sua estrutura química. Como a maioria dos TCAs, acredita-se que a lofepramina trabalhe no alívio da depressão, aumentando as concentrações dos neurotransmissores noradrenalina e serotonina na sinapse, inibindo sua recaptação. É geralmente considerado um TCA de terceira geração, pois, diferentemente dos TCAs de primeira e segunda geração, é relativamente seguro em overdose e apresenta efeitos colaterais mais leves e menos frequentes.[4] A lofepramina não está disponível no Brasil, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, entre outros países embora esteja disponível na Irlanda, Japão, África do Sul e Reino Unido, além de outros países.[5] Usos médicosNo Reino Unido, a lofepramina tem seu uso licenciado para o tratamento de transtornos depressivos, que é seu principal uso na medicina.[6] Contra-indicaçõesA lofepramina não deve ser usada, ou, se usada, com extrema cautela por pessoas com as seguintes condições:[1]
Também não deve ser usada, ou, se usada, com extrema cautela naqueles que estão sendo tratados com amiodarona ou terfenadina.[1] Gravidez e lactaçãoO uso da lofepramina durante a gravidez não é aconselhado, a menos que os benefícios superem claramente os riscos.[1] Isso ocorre porque sua segurança durante a gravidez não foi estabelecida e estudos com animais mostraram algum potencial de dano se usados durante a gravidez. Se usado durante o terceiro trimestre da gravidez, pode causar respiração insuficiente para atender aos requisitos de oxigênio, agitação e sintomas de abstinência no bebê. Da mesma forma, seu uso por mulheres que amamentam é desaconselhado, exceto quando os benefícios superam claramente os riscos, devido ao fato de ser excretado no leite materno e, portanto, afetar adversamente o bebê. Embora a quantidade secretada no leite materno seja muito pequena para ser considerada prejudicial. Vale ressaltar que o uso de qualquer medicamento deve ser orientado por um médico ou cirurgião dentista.[8] Efeitos colateraisOs efeitos adversos mais comuns (que ocorrem em pelo menos 1% dos pacientes que fizeram uso da lofepramina) incluem agitação, ansiedade, confusão, tonturas, irritabilidade, sensações anormais, como alfinetadas e agulhadas, sem uma causa física, distúrbios do sono (por exemplo, insônia) e hipotensão ortostática (queda da pressão arterial ao levantar-se).[8] Os efeitos colaterais menos frequentes incluem distúrbios do movimento (como tremores), precipitação de glaucoma de ângulo fechado e efeitos colaterais potencialmente fatais como íleo paralítico e síndrome neuroléptica maligna. Os efeitos colaterais com frequência desconhecida incluem (mas não estão limitados a):[8]
DependênciaNão se sabe a respeito dos níveis de dependência causados pela lofepramina, porém, se parada abruptamente a sua administração após uso regular, pode causar efeitos de abstinência, como insônia, irritabilidade e transpiração excessiva.[1] OverdoseComparado a outros TCAs, a lofepramina é considerada menos tóxica em overdoses.[8] O tratamento da sobredosagem consiste em tentar reduzir a absorção do medicamento pelo corpo, se possível, usando lavagem gástrica e monitorando os efeitos adversos no coração.[1] Interações medicamentosasSabe-se que a lofepramina interage com:[8][1]
Referências
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