Leonardo Mota
Leonardo Ferreira Mota (Pedra Branca, 10 de maio de 1891 – Fortaleza, 2 de janeiro de 1948), filho de Leonardo Ferreira da Mota e de Maria Cristina da Silva Mota, foi um escritor, professor, advogado, promotor de justiça, secretário de governo, tabelião, jornalista e historiador. Fez os estudos preparatórios no Liceu do Ceará e formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro no ano de 1916.[1] BiografiaMuito cedo mudou-se de sua terra natal junto com sua família. O interesse de Leonardo Mota pela sabedoria sertaneja teve início quando foi morar na cidade de Ipu, Ceará, onde a convite de seu irmão, Cônego Aureliano Mota, dirigiu um Instituto Educacional. Sócio efetivo do Instituto do Ceará, tomou posse em 5 de janeiro de 1932. Membro da Academia Cearense de Letras, Leota (era assim que gostava de ser chamado; "Cresci nas banhas e encurtei no nome", dizia), era um nome requisitado para proferir palestras para plateias de estudiosos e interessados folcloristas. Era também um animador de rodas de amigos e intelectuais da antiga Praça do Ferreira (coração da cidade de Fortaleza). Para essa platéia declamava versos e contava histórias e pequenas anedotas. "Fui um intransigente na defesa do sertão esquecido, do sertão caluniado e só lembrado quando dele se quer o imposto nos tempos de paz ou o soldado nos tempos de guerra. E fui sobretudo, contra o labéu de cretinice do sertanejo nordestino que orientei a minha documentada contradita: em todo o meu "Cantadores" e nas conferências que proferi, de Norte a Sul, pus o melhor dos meus empenhos em fazer ressaltar a acuidade, a destreza de espírito, a vivacidade da desaproveitada inteligência sertaneja, de que os menestréis plebeus são a expressão bizarra e esquecida, apesar de digna de estudos." JornalismoFundou, no Ipu, a "Gazeta do Sertão". Em Fortaleza, foi redator do Correio do Ceará[1] e diretor da "Gazeta Official"[2], criado pelo Decreto Nº48 de 26 de Dezembro de 1916 e lançado em 4 de janeiro de 1917 pelo Diário do Estado. ObrasO "último boêmio do Ceará" ou "judeu errante do folclore nacional", como se intitulava, publicou:
Discursos
Artigos na Revista do Instituto do Ceará
Obra póstumaO ruge-ruge em sua casa decorrente de seu falecimento suscitou o furto dos originais de "Adagiário Brasileiro", obra a seguir reconstituída pacientemente por seus filhos Moacir e Orlando Mota a partir de anotações e rascunhos coletados em seu escritório. "Adagiário Brasileiro" foi publicado em 1980 pela editora José Olympio e republicado em 1991 com edição do Banco do Nordeste do Brasil.[9] HomenagensEm sua terra natal, Pedra Branca, existe a Biblioteca Municipal Leonardo Mota em sua homenagem e um monumento na praça que também leva seu nome, em frente ao local onde existiu a casa onde o "Príncipe dos folcloristas brasileiros" nasceu um dia. No dia 20 de fevereiro de 1952, por iniciativa do Instituto do Ceará, foi batizada com o nome do escritor uma rua de Fortaleza. Referências
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