Lívia Della Rovere
Lívia della Rovere (Pésaro, 16 de dezembro de 1585 – Castelleone di Suasa, 6 de julho de 1641)[1] foi uma nobre italiana. Ela foi a última duquesa de Urbino como a segunda esposa de seu primo, Francisco Maria II Della Rovere. O casamento foi infeliz para ambos, apesar de um período de melhora do relacionamento ter seguido após o nascimento do tão aguardo herdeiro, Frederico Ubaldo. Lívia, no entanto, foi mal quista pelo marido durante a maior parte de sua vida, que fez de tudo para mantê-la afastada do filho e de sua adorada neta, Vitória, e isolada em Urbino. Após a perda precoce do filho, continuou a ser mantida presa na corte, ao lado de um marido desesperado para ter outro herdeiro, apesar da impossibilidade devido a sua idade avançada; Francisco Maria não poupava esforços para atormentá-la, segundo relatos contemporâneos, e os da própria Lívia que mantinha correspondência com os parentes. Mesmo após a morte do marido, a duquesa viúva ainda se viu isolada por vezes, embora detivesse a riqueza e bens da família ducal (os quais foram herdados pela sua única neta) e domínios que lhe foram permitidos administrar após a anexação do ducado de Urbino pelo Papa. Ela morreu em 1641, aos 55 anos de idade. FamíliaLívia era a filha primogênita de Hipólito Della Rovere, Marquês de San Lorenzo in Campo e Senhor de Castelleone e Montalfoglio, e de Isabel Vitelli, Marquesa dell'Amatrice. O pai de Lívia era o filho ilegítimo do cardeal Giulio della Rovere e de Leonor de Ferrara, que depois foi legitimado pelo Papa Pio V.[2] Já os seus avós maternos eram Jacó Vitelli, Senhor dell'Amatrice e Lívia Orsini. Ela teve cinco irmãos mais novos: Isabel, que morreu quando criança, uma irmã também chamada Lívia, que foi freira, Lucrécia, esposa de Marco Antônio Lante, mais tarde marquês de San Lorenzo in Campo, Leonor, uma freira, e Júlio, marquês de San Lorenzo in Campo, marido de Catarina Cesi de Acquasparta. BiografiaApós a morte de Isabel, mãe de Lívia, durante o nascimento do irmão, Júlio, em julho de 1598, Lívia e as irmãs foram colocadas no convento de Santa Madalena em Pésaro.[2] Duquesa de UrbinoO duque Francisco Maria II Della Rovere estava casado, desde 1570, com Lucrécia d'Este, filha de Hércules II d'Este e da princesa Renata de França, além de neta de Lucrécia Bórgia. O casamento era infeliz e não produziu descendência, devido a grande diferença de idade entre o casal, e também pelos casos amorosos de Lucrécia. A duquesa faleceu em 1598. Como um viúvo mais velho, Francisco Maria se resignou à extinção da Casa de Della Rovere, e à anexação do Ducado de Urbino aos Estados Papais. Essa incerteza preocupava os seus súditos, que, sob a família Della Rovere, tinham experimentado prosperidade. As propriedades da família pagavam poucos impostos, se comparadas com territórios sob o controle direto da Igreja, enquanto que suas cidades, mesmo as menores, possuíam monumentos e fortificações. A corte de Urbino tinha se tornado uma das mais prestigiosas na Europa com artistas renomados tais como Rafael, Piero della Francesca e Ticiano, graças ao mecenato dos Della Rovere.[3] Foi nesse clima de temor pelo futuro do ducado que os conselheiros e o povo convenceu o duque a se casar novamente, e ele, com relutância, concordou. ![]() Assim, Lívia, que nessa época ainda estava no convento, saiu de lá para se casar com o Francisco Maria, seu primo de segundo grau (pois era filho do irmão de seu avô, Guidobaldo II Della Rovere). Após obter a dispensa papal necessária do Papa Clemente VIII, o casamento entre os parentes ocorreu no dia 26 de abril de 1599 na cidade de Casteldurante (hoje Urbania), numa cerimônia bem modesta. A noiva tinha apenas 13 anos de idade, e o noivo tinha 50.[2] Desde o início, a união foi totalmente infeliz: Lívia ressentia o fato de ter se casado tão jovem com um homem que tinha idade para ser seu pai, enquanto que Francisco contraiu o casamento com o único propósito de salvar sua família da extinção, e preservar a independência de Urbino. Como consequência das circunstâncias, o duque nunca demonstrou afeto com a esposa, que também não tinha atração alguma pelo marido.[2] Além disso, logo em seguida, Francisco e o sogro, Hipólito, tiveram um desentendimento, e o marquês foi obrigado a deixar a corte. Apesar das várias tentativas da nova duquesa de Urbino de reconciliá-los, eles permaneceram distanciados.[3] A desgraça do pai e de seu tio, o cardeal Giuliano, isolou a duquesa. Além disso, no início do século XVII, um sinal cheio de ameaça foi a súbita prisão, na fortaleza de Pésaro, do engenheiro ducal Muzio Oddi (futuro autor de um tratado sobre os relógios de sol e a praça) quem ela teria apresentado ao marido. Outro motivo de temor para Lívia foi a morte de sua sogra, Vitória Farnésio (quem havia convencido o filho a se casar com Lívia), em dezembro de 1302, pois ela perdeu seu único apoio. Agora, à mercê do marido, ela temia o pior. No entanto, a atitude de Francisco em relação a ela mudou, quando, em novembro de 1604, Lívia descobriu, finalmente, estar grávida, e, em janeiro de 1605, notícia foi oficialmente anunciada à corte.[2] Nascimento do herdeiroNo dia 16 de maio de 1605, nasceu, no Palácio Ducal de Pésaro, o herdeiro tão esperado, Frederico Ubaldo Della Rovere. Francisco Maria anotou com alegria, no dia 16 de maio de 1605, no seu diário, que "aprouve a Deus" dar à luz, em Pésaro, "um filho ad hore 13 ¼", precisamente "no dia de Santo Ubaldo, protetor da casa Della Rovere. "A duquesa", especifica o duque uma vez de forma menos concisa do que o habitual, "esteve em trabalho de parto durante três horas e meia e libertou-se imediatamente”, auxiliada no parto pelo médico Giovan Battista Bettini. O júbilo das celebrações é seguido, no dia 8 de junho, pelo zeloso agradecimento do duque à Providência, em Loreto, para onde também vai Lívia, de 21 a 25 do mesmo mês. No dia 29 de junho, Lívia foi recebida com alegria pela cidade de Urbino.[2] ![]() O nascimento do filho remendou o relacionamento entre o casal por um tempo, porém, o velho duque não se interessava muito pelo filho, se mantendo ocupado com seus assuntos, e o deixou sob os cuidados de sua mãe afetuosa por algum tempo; contudo, eventualmente, ele tirou Frederico Ubaldo da custódia da mãe, o enviando para Florença para continuar sua educação, enquanto Lívia era, essencialmente, uma prisioneira no Palácio de Casteldurante.[3] Separada do filho, ela escreveu várias cartas para ele. Numa delas, datada de 19 de junho de 1616, ela se intitulou como "Sua mãe mais amorosa, que o ama como sua própria alma" (Amorevolissima madre, che vi ama quanto l'anima). A criação longe dos pais transformou Frederico Ubaldo numa criança problemática, e mais tarde, num adolescente imprudente e arrogante.[2] Harmonia familiarO casamento de Frederico Ubaldo com Cláudia de Médici, filha de Fernando I, Grão-Duque da Toscana e da princesa Cristina da Lorena, em 1621, marcou não apenas o início do laço entre o ducado de Urbino com a Casa de Médici, mas também o governo pessoal de Frederico Ubaldo como duque, após a abdicação do pai. "A duquesa", como dizia o secretário de Cláudia, Giorgio Brunetti, na corte dos Médici, "detida anteriormente diante de tantas dificuldades, se alegra com a liberdade atual de que desfruta pela oportunidade de fazer companhia à nora. Há um entendimento entre ela e Lívia: a "princesa", garante Brunetti, "ama a duquesa", sendo, por sua vez, “muito amada” por Lívia.[2] Cláudia adorava festas e recepções, e assim, Lívia tinha a oportunidade de socializar-se. Ainda não completamente desvanecida, partilha a vida social da jovem nora, cuja vinda anima a corte e revive a própria Lívia, quem Francisco Maria gostaria de forçar a definhar no tédio de Casteldurante. Entretanto, a harmonia familiar durou pouco, pois, Francisco Maria, ouvindo os seus conselheiros que lhe alertaram para o comportamento da esposa, ordenou que ela retornasse para casa e ficasse longe do filho. Ela foi obrigada a retornar para Casteldurante, e o filho e a nora foram para Colbordolo, conforme o Francisco Maria registra em seu diário, no dia 11 de outubro de 1621.[2] ![]() A volta da nora à corte, e o nascimento da neta, Vitória Della Rovere, em fevereiro de 1622, foram uma fonte de grande alegria para a duquesa, que começou a passar algum tempo com o filho e sua família, entre as cidades de Urbino e Pésaro. Entretanto, a conduta do príncipe é cada vez mais escandalosa, e o seu pai o despreza cada vez mais, e, assim cabe a Lívia tentar restabelecer as relações entre os dois. Por isso, a pretexto de assistir a um espetáculo em Urbino, lá esteve de 24 a 26 de fevereiro de 1623, onde encontrou-se com o filho, a quem convenceu a visitar o pai. E é graças aos esforços temerosos da antiga duquesa que a visita de Federico Ubaldo a Casteldurante, de 7 a 10 de março, não se reduz a um confronto tempestuoso e furioso entre eles. A viagem de Pésaro a Casteldurante parece produzir bons efeitos. "Recebido e tratado com ternura e carinho paternal", o príncipe apressou-se a escrever a Luigi Vettori em Florença, garantindo que "Sua Alteza" regressou de Pésaro "muito alegre e satisfeito" com a intenção de ir "frequentemente" visitar o pai.[2] Esta foi a última vez que Frederico Ubaldo viu os pais, pois veio a falecer na data 28 de junho de 1623, após um ataque de epilepsia, com apenas 18 anos de idade, embora circulassem rumores de um assassinato, como o de um possível envenenamento[4]. O duque fica trancado no silêncio mais impenetrável, enquanto Lívia, chocada, quase enlouquece. Segundo Cosme II de Médici, irmão de Cláudia, o duque parecia: "Quieto de alma, como se estivesse fraco de corpo"; ele tinha se apressado em ir confortar sua irmã, que ficou viúva repentinamente. É Lívia, na opinião de Cosme, quem não consegue descansar: "o sentimento extraordinário de uma perda tão grande" era insuportável para ela. Como a própria Lívia tenta escrever à sua sogra, a grã-duquesa da Toscana, Cristina:[2]
Isolamento na corteÉ derramando toda a sua capacidade de cuidado e carinho na neta, Vitória, que ele consegue amenizar a dor. Porém, logo em outubro daquele ano, a jovem parte com a mãe para a Florença, onde se casará com Fernando II de Médici. A sua partida gera o desgosto de Lívia, que dá à menina, para que ela se lembre da avó, "uma caixa com dois vestidos", um de tecido roxo, e, o outro, "branco e florido".[2] Devastado pelas tragédias em sua vida, Lívia fica novamente sozinha com seu marido, que agora contava com mais de 70 anos de idade, e quase paralisado, que, após a morte do herdeiro, assumiu novamente o título de duque.[5] Apesar da idade avançada, ele continua com esperançoso em ter outro herdeiro, e portanto, recorre a vários remédios, confiando em fomentos revigorantes. Isso vira motivo de fofoca e piada na corte dos Médici, conforme noticiado em 23 de dezembro de 1623, pelo veneziano residente em Florença, Valerio Antelmi. Segundo ele, era evidente que o velho, na sua obstinação em recuperar uma virilidade há muito perdida e já debilitada na altura do seu segundo casamento, em vez de atingir o "fim", acelera-o, apressa a "consumação", e falha no esforço.[2] A vítima da "esperança" insensata de Francisco Maria é a pobre Lívia: o seu marido, como escreveu o futuro cardeal Berlingero Gessi, em 15 de maio de 1625, que entretanto dominava o Ducado como governador, quer a esposa, embora "estrangeira", no sua apartamento próprio; e ela só pode adaptar-se "à vontade" dele; a situação é dolorosa e grotesca. As ambições do velho miserável fracassam na cama e são acompanhadas por um ressentimento vingativo para com a esposa, quase como se ela fosse responsável por isso, pois é atribuível ao mau cumprimento. Daí a vingança através do testamento: os 50.000 escudos com o acréscimo do subsídio anual de outros 4.000 previstos para a duquesa de Urbino nas disposições de 1625 são reduzidos no testamento de 6 de abril de 1626, e depois desapareceu no testamento subsequente de 1627, no qual Lívia é mencionada apenas para especificar que ela terá direito ao "relicário iluminado de prata" colocado "no guarda-roupa secreto". E, para sua maior humilhação, em 1629, foi-lhe tirada a cidade Gradara, que lhe tinha sido entregue em 1 de março de 1618.[2] Diariamente insultada, maltratada, e até perseguida, ela lamenta, em 30 de junho de 1629, numa carta a Cristina, a terrível vontade de seu esposo contra ela, dia após dia, a deixando "aterrorizada" e "golpeada" pelo "senhor duque". Ele a faz entender claramente que, para melhor atormentá-la, ele não a expulsa de casa, mas prefere mantê-la ali para se enfurecer, "de uma forma que me leva ao mero desespero".[2] Em carta datada de 29 de agosto de 1628 por um agente dos Médici, delineia-se um verdadeiro inferno doméstico, que vê Lívia "continuamente perseguida sem qualquer respeito", e pela “paciência” da sua resistência e pela "inocência" da sua conduta, a duquesa era até mesmo "uma senhora digna de ser comparada aos santos". É nesta situação que ela implora pela proteção benigna das "Altezas" Médici. Ao mesmo tempo, ela está totalmente disponível para se qualificar como "serva particular [...] de Sua Santidade" (o Papa), pronta a avisar Gessi do que se passa em Casteldurante, oportuna informante de qualquer "qualquer acidente com o Senhor Duque ". Os "nojos" que Lívia recebe dele são constantes e "contínuos", e ela teme ser "colocada na prisão" pela "suspeita" - evidentemente tudo menos infundada, visto que ela espiona o marido em nome da Santa Sé - "de que escrevi a Sua Santidade e o mantive informado sobre o estado do Senhor Duque e de outras coisas que se fizeram aqui", em Casteldurante.[2] Últimos anos como duquesa viúvaFinalmente, para o alívio da duquesa, Francisco Maria falece em 28 de abril de 1631, sem ter tido mais filhos, aos 82 anos. O Papa Urbano VIII, em 29 de abril, têm pena da viúva, porém, logo em 12 de maio, proclama a anexação do ducado aos Estados Papais. Lívia é reconhecida pelas palavras do pontífice com "piedade e observância", "diligência” nos “ofícios", bem como devoção aos interesses da Igreja; e lhe é prometido, nas petições de 1 e 6 de maio, proteção e reconhecimento decente. Mas, na verdade, os pedidos de Lívia não são satisfeitos: lhe é negado o governo de Pésaro e de Jesi, enquanto ela recusa o que lhe é oferecido por Todi. E, embora posteriormente aspirasse ao governo de Fabriano e Matelica, acabou por se contentar com o muito mais modesto de Rocca Contrada (hoje Arcevia) e Corinaldo, ao qual se somou, por outro lado, o de San Lorenzo in Campo, o antigo domínio de sua família; em 1639, Gradara foi-lhe devolvida. Entretanto, a viúva fixou residência na vila da família, no feudo paterno de Castelleone di Suasa, "um lugar - segundo o seu secretário, o cavalheiro de Pésaro, Fabrizio Ondedei, provavelmente parente de Giovanni Ondedei, autor da tragédia Asmondo, que esteve a serviço do marido - mais duro como eremita do que como cortesão". O próprio Ondedei se casa com Fillide Felici de Castelduranti, uma das damas de Lívia.[2] Ela ainda estava separada do irmão, Júlio, e foi impedida de se mudar para perto da neta em Florença, apesar de suas boas relações com a corte dos Médici, e os convites repetitivos para que ela fosse morar lá. Seu coração se expande a cada carta de sua neta Vitória (agora a herdeira de todas as propriedades dos Della Rovere, as quais incluíam arte e recursos do ducado), que gosta dela e insiste que ela se mude para Florença, quase como se estivesse ocupando o lugar de sua distante mãe, certa, porém, de que seu avó paterna a ama mais do que ela mesma. A duquesa viúva visitou a neta em maio de 1632, e depois no natal de 1633.[6] Lívia e Vitória trocavam retratos nas cartas que mandavam uma para a outra. Em 1636, Lívia escreveu para a corte dos Médici agradecendo o retrato de sua neta de quatorze anos que lhe foi enviado. Tal retrato fora encaminhado em resposta ao que a duquesa viúva havia enviado para a princesa. Numa carta, do dia 15 de outubro de 1636, Lívia escreveu para a neta:[6]
Esse retrato, ainda não identificado, talvez seja semelhante ao retrato oval de Vitória pintado por Justus Sustermans, que agora faz parte da coleção Corsini, em Florença, ou então, trata-se duma pintura presente numa coleção privada em Roma.[6] Em 2 de julho de 1637, quando, uma vez autorizada a se mudar para um palacete papal, ela chegou a Florença, Lívia pôde abraçar novamente sua neta ainda jovem, cruelmente afastada de seu afeto quando criança. Lívia esteve presente na cerimônia de casamento de Vitória com Fernando II, ocorrida em 6 de abril daquele ano. Infelizmente, sua estada em Florença foi curta, mas o suficiente para consolá-la pelos poucos anos que ainda lhe restavam de vida. [2] Lívia se retirou para o Palácio Compiano-Della Rovere, em Castelleone di Suasa, construído por seu pai, Hipólito. Ali passou o resto de suas dias, onde veio a morrer em 6 de julho de 1341, aos 55 anos de idade. Ela foi enterrada, segundo seus desejos expressos no testamento datado de 29 de maio de 1639,[6] no convento de Corpus Domini de Pésaro, onde suas irmãs, Lívia, era abadessa, e, Leonor, freira.[2] LegadoComo proprietária de uma grande quantidade de obras de arte e riqueza acumulada ao longo dos anos pela família ducal, ela nomeou sua neta, Vitória, como sua única herdeira. Em seguida, a maior parte das peças de arte foi retirada de Urbino (como o retrato duplo de Frederico de Montefeltro e de Batista Sforza – que eram ancestrais de Lívia – do artista Piero della Francesca)[7] e transferidas para a cidade de Florença, e passaram, então, a fazer parte das coleções dos Médici, ou mesmo, foram levadas para Roma, e passaram a adornar os Palácios Papais. A dedicação da autora Moderata Fonte, em sua obra, Il merito delle donne, na sua primeira edição póstuma, em 1600, se referia a uma mulher que, diziam, era a melhor pessoa que exemplificava o argumento de que as mulheres são muito mais dignas do que os homens. A dedicante era a filha da escritora, Cecilia Zorzi, e a pessoa homenageada era a jovem Lívia na época em que tinha, recentemente, se casado com o duque de Urbino.[8] A praça central do castelo em frente ao Palazzo Della Rovere, em Roma, é dedicada a ela.[9] Descendência
Ascendência
Referências
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