Lírio Parisotto
Lirio Albino Parisotto (Nova Bassano, 18 de dezembro de 1953) é um empresário brasileiro e um dos bilionários mais ricos do Brasil e do mundo (1577º). Foi também segundo suplente do Senador Eduardo Braga (PMDB). Segundo a revista Forbes, tem uma fortuna superior a US$1,5 bilhão. Tem um fundo de investimentos superior a R$1 bilhão na corretora Geração Futuro. É controlador da petroquímica Innova.[2][3][4] BiografiaLirio Parisotto criou a empresa Videolar em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, introduzindo no Brasil o conceito da fita de vídeo cassete gravada sob medida, na mesma duração do filme. Até então, os distribuidores de vídeos domésticos compravam fitas virgens prontas, em tempos pré-determinados, e as enviavam à duplicação das cópias.[5] Um filme de 100 minutos era gravado em fitas VHS padrão de 120 minutos. O novo processo unificou as duas atividades (exemplo: fabricar, para um filme de 100 minutos, fitas na sua exata medida, usando assim na duplicação produto magnético apenas suficiente, sem sobras de matéria-prima, obtendo-se economia de escala).[6] Parisotto observou o conceito da fita VHS sob medida quando em viagem ao Japão para conhecer a matriz da Sony, como prêmio pelo destaque em vendas de sua loja de eletroeletrônicos Audiolar, em Caxias do Sul (RS). O convite foi feito por Akio Morita, co-fundador da Sony.[7] Em 2002, Lirio Parisotto recebeu o Prêmio Empreendedor do Ano,[8] concedido pela consultoria Ernst & Young.[9] No mesmo ano, constrói a primeira petroquímica da Região Norte para produzir o poliestireno,[10] resina plástica usada como matéria-prima na fabricação dos estojos de compact discs (CDs) e videocassetes produzidos pela Videolar,[11] além de atender à demanda de diversos fabricantes instalados no Polo Industrial de Manaus, de eletroeletrônicos, eletrodomésticos (gabinetes em geral, como os de aparelhos de ar condicionado, refrigeradores e TVs), materiais de escritório e escolar além da indústria de embalagens alimentícias.[6] Participou do projeto de compra das operações do Grupo RBS no estado de Santa Catarina em que incluía a compra da emissora gaúcha que operava no estado, a RBS TV Santa Catarina, mas acabou saindo do projeto por problemas pessoais e optou para tocar outros negócios. Lírio possuía 25% das operações e o Grupo NC possuía os outros 75%, agora a família Sanchez possui todas as ações das operações do Grupo no estado.[12] Em 2014, Lirio Parisotto e a Videolar adquiriram em conjunto a petroquímica Innova (Triunfo, Rio Grande do Sul), comprada da Petrobras, formando a Videolar-Innova, produtora de etilbenzeno, tolueno, monômero de estireno e poliestireno.[13] Dois anos depois, a nova empresa lançou o poliestireno expansível com a marca Newcell, resina utilizada em embalagens para alimentos, bebidas e remédios, bem como para estabilizar solos de encostas e estradas, atuando também como isolante térmico em paredes e preenchimento de lajes.[14] A estratégia declarada por Parisotto visa a substituição de importações, levando em conta o dado de que metade do que o Brasil consome em poliestireno expansível é importado.[3] Listado em 2016 entre os 70 maiores bilionários do Brasil pela revista Forbes.[15] Parisotto foi Vice-Presidente[16] e segue como Conselheiro Honorário da Fundação Amazonas Sustentável[17] organização brasileira não governamental, sem fins lucrativos, criada em 20 de dezembro de 2007, engajada no desenvolvimento sustentável, conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas do Estado do Amazonas.[18] Em abril de 2017, Lirio Parisotto anunciou a decisão de duplicar sua fábrica de monômero de estireno na petroquímica de Triunfo (RS), com investimento de R$ 500 milhões, para alcançar a capacidade produtiva de 420 mil toneladas/ano a partir de abril de 2019. O contrato de fornecimento de matérias-primas assinado com a petroquímica Braskem[19] assegurou as substâncias benzeno e eteno, componentes do etilbenzeno que, por sua vez, dá origem ao monômero de estireno fabricado pela Innova em Triunfo.[20] O monômero de estireno é matéria-prima estratégica para itens como asfalto, pneus, tintas, borrachas e resinas. Está presente em aplicações como tratores, botões de camisa, tecidos, tanques de postos de gasolina, piscinas e assentos de ônibus. É também insumo essencial das resinas fabricadas pela petroquímica controlada por Parisotto[21]: os poliestirenos de uso geral (GPPS), alto impacto (HIPS) e o poliestireno expansível (EPS) Newcell, cuja fabricação foi iniciada em 2014.[3] Em paralelo à decisão de duplicar sua fábrica de monômero de estireno, Parisotto anunciou também que a companhia passaria a adotar exclusivamente a marca Innova,[22] eliminando a expressão Videolar, associada ao mercado do entretenimento, predecessora da atual atividade petroquímica e de transformação de plásticos. A companhia manteve Videolar-Innova S/A para a razão social.[23] Vida pessoalNatural de Nova Bassano no Rio Grande do Sul. Passou infância e adolescência na área rural da Serra Gaúcha, Rio Grande do Sul.[6] Cursou o seminário para tornar-se padre e formou-se em medicina[24] pela Universidade de Caxias do Sul.[25] Denúncia de Agressão a Luiza BrunetLírio Parisotto namorou Luíza Brunet. Foi denunciado por agredi-la em 2016. Segundo Luíza, Lírio lhe dera um soco no olho e uma sequência de chutes que lhe teriam quebrado quatro costelas.[26][27][28] Devido à denuncia, o Ministério Público de São Paulo proibiu Lírio de se aproximar e de manter contato com Luíza.[29] Lírio afirma também que Luíza já o havia agredido em 2015, quando precisou tomar 10 pontos.[30] PoliticaEm 2010, foi convidado pelo então candidato a senador pelo Amazonas, Eduardo Braga, para participar de sua chapa eleitoral.[31] Com a vitória de Braga ao senado, Lirio tornou-se segundo suplente do senador.[32] Referências
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