Língua falisca
![]() O falisco é a língua extinta falada pelos faliscos, povo que habitou a península Itálica durante o início da Antiguidade. Juntamente com o latim, forma o grupo das línguas latino-faliscas. Foi preservada até os dias de hoje na forma de 100 inscrições curtas, que datam dos séculos III e II a.C., e foram escritas numa variante do alfabeto itálico antigo, derivado do etrusco e escrito da direita para a esquerda, que já apresentava alguns traços da influência exercida pelo alfabeto latino.[1] Um exemplo do idioma aparece escrito em torno das bordas de uma pintura sobre uma pátera: "foied vino pipafo, cra carefo"; em latim: hodie vinum bibam, cras carebo, 'hoje beberei vinho; amanhã não terei'.[2] Nele podem ser vistas algumas das características fonéticas do falisco, como:
Outras características indicadas em outras inscrições são:
Parece provável que o dialeto perdurou pelo menos até 150 a.C., embora tenha sido gradualmente influenciado pelo latim. Além dos restos que foram descobertos em sepulturas, e que pertencem principalmente ao período da dominação etrusca, e que dão amplas evidências de refinamento e prosperidade material, os estratos anteriores produziram descobertas ainda mais primitivas do período itálico. Diversas inscrições que consistem apenas de nomes próprios podem ser vistos como etruscos, e não faliscos, e por este motivo foram desconsiderados no que diz respeito ao estudo do próprio falisco. É digno de menção a existência da cidade chamada Feronia na Sardenha, que provavelmente recebeu este nome em homenagem à deusa nativa dos colonos faliscos, dos quais encontrou-se uma inscrição votiva da igreja de Santa Maria di Falleri.[5] O Museu Nacional Etrusco, de Roma, contém diversos artefatos faliscos. Referências
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