Língua dothraki
O dothraki (AFI: [doθ'raki]) é uma língua artificial criada para os dothraki, Povo Nômade do Mar de Dothraki uma grande região no interior do continente de Essos, na série A Song of Ice and Fire (As Crônicas de Gelo e Fogo), escrita por George R. R. Martin. Foi criada por David J. Peterson, membro da Sociedade de Criação de Língua, especialmente para a série de televisão Game of Thrones, da HBO. O dothraki foi projetado para se adaptar à concepção original do idioma de George R. R. Martin, com base nas poucas frases e palavras presentes nos livros originais do autor. Em 26 de outubro de 2010 existiam mais de 2500 palavras no léxico da língua, porém apenas seu criador conhece toda a sua gramática.[1] Com o sucesso da série, no entanto, existe uma crescente comunidade de adeptos do idioma dothraki, com sites como o "Learn Dothraki",[2] que oferecem informações sobre a língua e seu desenvolvimento. DesenvolvimentoO vocabulário dothraki foi criado por Peterson bem antes de sua adaptação. A HBO contratou a Sociedade de Criação de Língua (Language Creation Society, em inglês) para criar a língua e, aplicando um processo de seleção que envolveu mais de trinta ideolinguistas, David Peterson foi escolhido para desenvolver a língua. Logo no início ele já apresentou mais de 1700 palavras à HBO. Sua inspiração veio da descrição feita por George R. R. Martin para língua, bem como a partir de línguas como russo, turco, estoniano, inuktitut e suaíle.«Press-release oficial da HBO» (em inglês). 12 de abril de 2010 David J. Peterson e sua criação foram apresentadas no episódio de 8 de abril de 2012 da CNN, "The Next List".[3] ExigênciasA língua dothraki foi desenvolvida visando atender duas exigências: a língua deveria se adaptar aos usos já presentes no livro. Deveria ser facilmente pronunciável e aprendida pelos atores. Esses limites definiram a gramática e a fonologia da língua. Exemplo: como em inglês, as consoantes oculsivas podem ou não ser aspiradas. EscritaCom relação à ortografia, a língua dothraki não tem um sistema de escrita, assim como alguns dos outros povos de “As Crônicas de Gelo e Fogo “ (ex. Lhazar). Se existisse alguma amostra de escrita dothraki nessa obra, seria um alfabeto desenvolvido nas Cidades Livres e adaptado ao dothraki, ou em algum local como Ghis ou Qarth, que já tivessem sua escrita.[4] Há especialistas que defendem que a escrita árabe se adaptaria bem a essa língua[5] Recentemente foi criado um alfabeto fictício para a língua.[6] FonologiaDavid Peterson disse: "vocês sabem, a maior parte das pessoas não sabem realmente como são os sons da língua árabe, portanto para os ouvidos sem esse treinamento, a língua (dothraki) pode soar como árabe. Para quem conhece o árabe, isso não ocorre. Eu tendo a considerar que os sons são uma mistura do árabe (exceto as distinções de faringais) e espanhol, devido às consoantes dentais."[7] ConsoantesHá vinte e três fonemas consoantes no idioma dothraki. São aqui apresentados na forma romanizada à esquerda e no alfabeto fonético internacional entre colchetes.
Os dígrafos kh, sh, th, zh são todos fricativos, enquanto ch e j são africados. As letras c e x nunca aparecem nas transliterações do dothraki, embora o c apareça na forma do dígrafo ch, pronunciado como 'tch'. O b e o p parecem aparecer somente em nomes próprios, como Bharbo e Pono. As plosivas surdas podem (ou não) ser aspiradas, sem mudar o sentido da palavra. VogaisO dothraki tem um sistema de quatro vogais.
Nos livros de As Crônicas de Gelo e Fogo, a vogal u nunca aparece nessa função, mas somente depois do q, e somente em nomes como Jhiqui e Quaro. Numa sequência de muitas vogais, cada uma representa um sílaba separada. Exemplos: shierak [ʃi.e.ˈɾak], "estrela", rhaesh [ɾha.ˈeʃ], "país", khaleesi [ˈxa.l̪e.e.si], "esposa do Khal". GramáticaA ordem das palavras nas frase é Sujeito-Verbo-Objeto (SVO). Numa frase nominal, os demonstrativos vêm em primeiro lugar, mas em sentenças com adjetivos, possessivos e preposicionais, tudo isso segue o substantivo. Embora sejam usadas por vezes preposições, a língua é bastante marcada por inflexões, sufixos, infixos e prefixos sendo muito usados. Os verbos têm conjugações nas formas de infinitivo, presente, passado, future, duas formas imperativas e um arcaico particípio; apresentam concordância como pessoa gramatical, número e polaridade. Os substantivos apresentam duas classes, seres vivos (só esses declinam em número) e inanimados. Há declinações em cinco casos gramaticais: nominativo, acusativo, genitivo, ablativo e alativo. Suas partículas marcadoras antecedem o verbo.[8][9] Exemplos
Nas frases nominais há uma outra ordem específica: demonstrativo – substantivo – advérbio - adjetivo - genitivo (subst.) – frase c/ preposição. As preposições ficam sempre antes do substantivo. Os advérbios podem também vir no fim da frase.
Ou :Esse meu pai muito violento com um chicote Amostras
Referências
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