L'Interdiction

L'Interdiction
Autor(es) Honoré de Balzac
Idioma Francês
País  França
Série Scènes de la vie privée
Ilustrador Édouard Toudouze
Editora Charpentier
Lançamento 1839
Cronologia
La Messe de l'athée
Autre étude de femme

L’Interdiction (em português, A interdição)[1] é uma novela de Honoré de Balzac publicada inicialmente em 1836 na revista literária La Chronique de Paris, depois revista e corrigida para uma publicação em 1839 nas edições Charpentier. Em 1844, será integrada à edição Furne da Comédia Humana na seção Cenas da vida parisiense.

L'Interdiction é uma obra fundamental da Comédia Humana, curta e densa, em que Balzac retrata um mundo ao mesmo tempo mundano e litigioso, onde os homens da toga lutam com problemas de consciência, como em O Coronel Chabert. "Apesar de sua extensão reduzida, contém por assim dizer todas as características da arte de Balzac".[2] Encontram-se aqui personagens importantes já conhecidas em Le Père Goriot: o médico Horace Bianchon, o banqueiro Nucingen, mestre Desroches, a sedutora Diane de Maufrigneuse, o ambicioso juiz Camusot, dândis ambiciosos (como Eugène de Rastignac, o conde Henri de Marsay e o conde Maxime de Trailles), os impertinentes como o barão de Roquenrolles, a dama de salão (a condessa Hugret de Sérizy) e o usurário Gobseck.

Segundo Paulo Rónai no Prefácio

Enredo

O juiz Jean-Jules Popinot, que reaparece em Esplendores e misérias das cortesãs e cuja primeira aparição é esta, dá o exemplo de um magistrado íntegro. Juiz de instrução no tribunal de primeira instância do Tribunal do Sena, ele precisa entender melhor a atitude da marquesa d'Espard, que quer impor uma interdição a seu marido através do tribunal. Ela acusa o marquês, de quem vive separada há longo tempo, de lhe impedir de ver seus dois filhos, e de desperdiçar sua fortuna em benefício de uma família modesta, os Jeanrenaud. Descobrir-se-á, no decorrer da investigação, que o ancestral dos Jeanrenaud, um protestante, foi enforcado e teve seus bens confiscados pelo bisavô do marquês d'Espard, que busca reparar essa falta.

A marquesa sustenta que seu marido está louco, mas o juiz Popinot percebe, nesta mulher aparentemente chorosa, uma calculista sem escrúpulos e pronta a tudo. Ela será vista em ação em Ilusões Perdidas e Esplendores e misérias das cortesãs. Seu processo judicial, tornado célebre em toda a Paris, lhe dará um prestígio de que ela usa e abusa.

Depois de haver pesquisado com cuidado, Popinot se prepara para fazer um relatório que não é favorável à litigante, quando a marquesa faz com que seja afastado do caso, que é assumido pelo juiz Camusot.

Adaptação para a tela

L'Interdiction foi adaptada como telefilme pelo diretor francês Jean-Daniel Verhaeghe, lançado em 1993. Com Caroline Sihol (a marquesa d'Espard), Jean-Louis Trintignant, (o marquês d'Espard), Bernard Fresson (o juiz Popinot), Jean-Michel Dupuis (Horace Bianchon), Yves Lambrecht (Eugène de Rastignac), Jean de Coninck (o cavalheiro d'Espard).

Referências

  1. Honoré de Balzac. A comédia humana. Org. Paulo Rónai. Porto Alegre: Editora Globo, 1954. Volume IV
  2. Paulo Rónai, Prefácio de A Interdição.

Bibliografia

  • (fr) Anne-Marie Baron, « Balzac à la télévision », L'Année balzacienne, 1994, no 15, p. 510-12.
  • (fr) Régine Borderie, « Dialogue et manipulation dans L’Interdiction de Balzac », 'Dialoganalyse, III: Referate der 3. Arbeitstagung Bologna 1990, I & II, Tübingen, Niemeyer, 1991, p. II: 13-27.
  • (fr) Régine Borderie, « Portrait de corps : questions de ressemblances et de références (Balzac, L’Interdiction) », Poétique, fév. 1994, no 25 (97), p. 65-79.
  • (fr) Raymond Mahieu, « Genèse et engendrements : Une double famille, L’Interdiction », Genèses du roman : Balzac et Sand, Amsterdam, Rodopi, 2004, p. 131-45.
  • (fr) Brigitte Leguen, « Les Objets en tant que signes dans un roman de Balzac : L’Interdiction », L’Homme et ses signes, I-III. Berlin, Mouton de Gruyter, 1992, p. 743-49.
  • (fr) Michel Lichtlé, « Sur L’Interdiction », L’Année balzacienne, 1988, no 9, p. 141-61.

Ligações externas