Juarez (1939)
Juarez (bra: Juarez; prt: Derrocada de um Império)[3][4] é um filme estadunidense de 1939, do gênero drama histórico, dirigido por William Dieterle, estrelado por Paul Muni e Bette Davis, e co-estrelado por Brian Aherne, Claude Rains e John Garfield. O roteiro de John Huston, Æneas MacKenzie e Wolfgang Reinhardt foi baseado na peça teatral "Juarez and Maximilian" (1925), de Franz Werfel; e no romance biográfico "The Phantom Crown" (1934), de Bertita Harding.[1] SinopseNo México da década de 1860, todos querem democracia, incentivados por Benito Juárez (Paul Muni). Ao chegar ao país, o recém-nomeado Imperador Maximiliano I (Brian Aherne) tenta reverter a situação, auxiliado por um grupo de monárquicos. Sua esposa, Carlota, viaja para a França para pedir ajuda a Napoleão III (Claude Rains), enquanto Abraham Lincoln continua a dar corda para Juarez. Maximiliano ainda enfrenta um drama particular: sua amada Carlota dá sinais de estar ficando louca. Elenco
ProduçãoApesar de pretender ser uma biografia do estadista mexicano Benito Juárez, o filme é composto por três enredos interligados: as intrigas de Napoleão III para levar o México para a órbita francesa; o romance entre o Imperador Maximiliano I, títere francês, e sua futura esposa Carlota; e os esforços de Juárez para levar a democracia ao seu país, longe de interferência externa.[5] O roteiro, apesar de baseado primariamente no romance "The Phantom Crown" (1934), de Bertita Harding, e na peça de teatro "Juarez und Maximilian" (1925), de Franz Werfel, utilizou 357 outras fontes de informação.[6] "Juarez" e "Confessions of a Nazi Spy" foram as únicas produções de Hollywood, em 1939, a mostrar o desprezo estadunidense pelos regimes fascistas, em ascensão na Europa. Daí o material publicitário de "Juarez" traçar um paralelo entre o México de 1863 e a Tchecoslováquia de 1939, ocupada pela Alemanha desde o início daquele ano.[7] O figurinista Orry-Kelly fez uso do que chamou de "psicologia visual", que consistia na criação de diversos vestidos que mostravam o progressivo enlouquecimento de Carlota, ao mudar da cor branca no início, para a vermelha no final, com diversos tons intermediários no meio.[6] Produção cuidadosa, o diretor de arte Anton Grot produziu 3.643 desenhos para os 34 sets de filmagem, o maior deles uma recriação da Cidade do México. Erich Wolfgang Korngold, por sua vez, compôs 3000 compassos de música.[6] "Juarez" foi indicado a duas categorias do Oscar: melhor ator coadjuvante (Brian Aherne)[8] e melhor fotografia em preto em branco (Tony Gaudio). O The New York Times situou-o entre os dez melhores filmes de 1939.[9] Para Ken Wlaschin, este é um dos melhores trabalhos de Paul Muni,[10] que já interpretou Louis Pasteur em "The Story of Louis Pasteur" e Emile Zola em "The Life of Emile Zola" (1937). Nada disso fez da produção um sucesso de bilheteria. A crítica especializada não foi unânime nos elogios: consensualmente, estabeleceu-se que o que sobrava em didatismo, faltava em diversão.[6] O ator e diretor mexicano Miguel Contreras Torres processou a Warner Bros. por plagiar "Juarez y Maximiliano", que ele produziu e dirigiu em 1934. A Warner perdeu a ação e foi condenada, entre outras coisas, a distribuir a produção mexicana. Para isso, ela elaborou uma versão em inglês, intitulada "The Mad Empress", lançada também em 1939.[11] Essa versão contava com Conrad Nagel e Medea de Novara no elenco principal. Prêmios e indicações
Referências
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