José dos Santos Ferreira
José Inocêncio dos Santos Ferreira CvIH (Macau, 28 de Julho de 1919 - Hong Kong, 24 de Março de 1993),[1] mais conhecido por Adé, foi um poeta de Macau e grande defensor do patuá macaense, língua crioula da região.[2] BiografiaNasceu em 28 de Julho de 1919 e viveu em Macau durante grande parte da sua vida. O seu pai, Francisco dos Santos Ferreira, era um português oriundo de Portugal e a sua mãe, Florentina Maria dos Passos, era uma macaense.[1] Além de poeta e defensor do patuá, José dos Santos Ferreira foi um funcionário público, tendo desempenhado nessa qualidade as funções de chefe da secretaria do Liceu Nacional Infante D. Henrique.[3] Depois de aposentado, foi secretário-geral da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) e professor de português a alunos chineses. Foi também um colaborador assíduo do "China Mail" de Hong Kong, da agência de notícias norte-americana "Associated Press" e ainda de muitos jornais portugueses editados em Macau, como o semanário "O Clarim".[2] Sendo um grande amante do desporto, foi também fundador e dirigente de várias associações, organismos e clubes desportivos de Macau, como a Associação de Futebol de Macau, o Hóquei Clube de Macau e o Conselho Provincial de Educação Física, a que presidiu. Na sua qualidade de dirigente desportivo, ele organizou e dirigiu vários campeonatos e torneios de diferentes modalidades.[2] Além do desporto, ele dedicou-se também ao associativismo e à filantropia, sendo presidente do Rotary Club e membro da Mesa Directora da Santa Casa da Misericórdia e da Direcção do Clube de Macau.[2] Em grande parte da sua vida, Adé dedicou-se à divulgação do patuá macaense, sendo o último poeta popular macaense que deixou uma vasta obra composta de poemas, recitas, peças de teatro, livros, programas radiofónicos e operetas em patuá macaense.[2] Foi também o fundador da Tuna Macaense.[4] A 3 de Setembro de 1979, ele foi agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique.[5] O Governador de Macau atribuiu-lhe, em 1984, a Medalha de Mérito Cultural.[2] O Governo de Macau prestou-lhe também homenagem ao mandar erguer uma estátua no Jardim das Artes.[3] Morreu em Hong Kong, no dia 24 de Março de 1993, com 73 anos de idade, deixando para trás a sua mulher Alba Bárbara Boyol (casados desde 1943) e os seus filhos Rita Boyol dos Santos Ferreira e José Boyol dos Santos Ferreira.[1] Obras
Referências
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