José Luís de Vasconcelos e Sousa
José Luís de Vasconcelos e Sousa (Rio de Janeiro, 9 de julho de 1740 - Rio de Janeiro, 16 de abril de 1812), fidalgo da Casa Real, conselheiro de Estado, capitão da companhia da Guarda Real; regedor das justiças, desembargador do Paço, e da Consciência e Ordens no Rio de Janeiro, procurador fiscal da Junta dos Três Estados, presidente da Junta do Novo Código, deputado da Junta do Tabaco, da Inspecção sobre a peste, e do exame das dívidas da Fazenda Real; director e inspector geral do Colégio dos Nobres, embaixador extraordinário em Londres por diferentes épocas, desembargador da Relação e Casa do Porto, e dos agravos da Casa da Suplicação, comendador de Santa Maria da Amêndoa, no bispado da Guarda,[1] da Ordem de São João de Jerusalém, e senhor de Faro do Alentejo.[2] Pelo casamento com a 6.ª condessa de Pombeiro, recebeu este título e a administração de todos os bens desta nobre casa, sendo mais tarde agraciado com o titulo de marquês de Belas em duas vidas, por decreto de 17 de dezembro de 1801 e carta de 13 de janeiro da 1802, no reinado de D. Maria I, regência do príncipe D. João.[1] BiografiaFormado em cânones, com o título de bacharel outorgado pela Universidade de Coimbra.[3][4] O marquês de Belas era muito dedicado à literatura, e entusiasta pela poesia. Escreveu: Henrique IV, poema épico, e Henriada, de Voltaire, traduzidos do original francês.[1] Era no seu palácio de Belas onde se reunia a Academia de Belas Artes (também denominada Nova Arcádia). Desta academia fazia parte um seu protegido, Domingos Caldas Barbosa, levando a amizade entre os dois a fazer correr o boato de que o marquês tinha efetuado a tradução de algumas obras, feita verdadeiramente por Barbosa.[3] Será no referido palácio que, em 1795, recebe a visita do príncipe regente e de sua esposa D. Carlota Joaquina, que é celebrada por um obelisco colocado no seu jardim, ostentando um grupo escultórico da autoria de Joaquim José de Barros.[5] Como o anterior, se trata de uma casa da província, mais perto da corte tinha outra, em Arroios (Lisboa), onde é hoje a Embaixada de Itália em Portugal, que é ainda conhecida por Palácio Pombeiro e que durante a sua vida terá lhe feito uma reedificação quase integral.[6] Obteve a grã-cruz das ordens de São Tiago, Torre e Espada e da Legião de Honra, de França.[1] Dados genealógicosEra filho segundo dos 1.os marqueses e 4.os condes de Castelo Melhor, José de Caminha Vasconcelos e Sousa Távora Faro e Veiga, e de sua mulher, D. Maria Rosa Quitéria de Noronha, filha dos 2.os marqueses de Angeja.[1] Casou em 29 de novembro de 1783 com D. Maria Rita de Castelo Branco Correia e Cunha, filha e herdeira de António Joaquim de Castelo Branco Correia e Cunha, 5.º conde de Pombeiro, e de D. Ana Vitória Xavier Teles, filha dos 5.os condes de Unhão. A 6.ª condessa de Pombeiro, por morte de seu pai, em 1784, ficou sendo a 17.ª senhora de Pombeiro, 14.ª senhora do morgado de Castelo Branco, em Santa Iria de Azóia, termo de Lisboa, 12.ª senhora de Belas, 12.ª senhora da Alcaidaria-mor de Vila Franca de Xira; senhora do ofício de capitão da Guarda Real dos Archeiros. Foi também dama de honor da rainha D. Maria I, e dama da Ordem de Santa Isabel. Nasceu a 5 de abril de 1769, e faleceu a 3 de maio de 1832, sobrevivendo a seu marido 20 anos.[1] Filhosː
Referências
Ligações externas
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