José Joaquim Viegas de Meneses![]() José Joaquim Viegas de Meneses, conhecido simplesmente como Padre Viegas (Vila Rica, 1778 - Vila Rica, 1 de julho de 1841), foi um padre católico, pintor, ceramista e jornalista brasileiro, considerado o "pai da imprensa mineira".[1] BiografiaPadre Viegas nasceu em Vila Rica, em 1778. Foi abandonado pelos seus pais sanguineos, sendo adotado por Ana Teixeira Menezes. Passou a morar no arraial do Sumidouro, atual distrito de Padre Viegas, em sua homenagem.[2] Estudou gramática latina no Colégio Osório, do arraial, e posteriormente completou seus estudos em humanidades no Seminário de Mariana.[3] Mudou-se para Lisboa, em 1797, para concluir a sua ordenação sacerdotal e estudar prática e teoria da gravura na Régia Oficina Tipográfica, Calcográfica, Tipoplástica e Literária portuguesa. Foi ordenado padre em 1801, e formou-se na Oficina Tipográfica em 1802. No mesmo ano trabalhou na fábrica de louças portuguesas da Benfica, onde aprendeu pintura e a confecção de ceramicas.[4] De volta a Minas Gerais passou a residir em Vila Rica. Dedicou-se a pintura, tendo retocado os painéis da sacristia da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco. Provavelmente entre 1809 e 1820, realiza os prospectos existentes no Museu Arquidiocesano, antiga Casa Capitular de Mariana. Paralelamente ajudou na fundação da indústria de cerâmica existente na chácara do Saramenha.[5] Entre 1817 e 1825, foi capelão militar no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul,[4] acompanhando as tropas que iam combater a Revolução Pernambucana de 1817.[6] Em 1824, fundou a primeira oficina tipográfica mineira, tendo imprimido os dois primeiros periodicos da capitania: O Compilador Mineiro e A Abelha do Itacolomi.[3] Por esses jornais é considerado o pai da imprensa mineira.[4] Já realizava impressões desde de 1807, utilizando a técnica de calcografia, mesmo com as proibições da época. A técnica consistia na utilização de chapas de metal fixas.[7] A primeira impressão foi um poema de Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, dedicado ao governador.[8][9] Só foi descobrir a sua mãe biologica com a morte da mesma em 1830. Dona Caetana Josefá Viegas reconheceu-o como filho somente em seu testamento.Teve um filho, Joaquim Mariano Augusto de Menezes, responsável por escrever em 1859 a primeira biografia de Padre Viegas. A biografia paterna foi publicada no Correio Oficial de Minas.[7] Morreu em 1 de julho de 1841. Sendo enterrado na Igreja de São Francisco de Assis, de Ouro Preto.[6] Referências
|
Portal di Ensiklopedia Dunia